O MAL DA DEPRESSÃO
Psicólogo fala sobre a doença e dá dicas de como lidar com idosos depressivos
Tristeza, perda de sono, motivação e apetite. Esses são alguns dos sintomas de uma doença que, segundo dados do site da Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge cerca de 121 milhões de pessoas no mundo: a depressão. O mal atinge a todas as idades, incluindo os idosos, e deve ser tratado logo para não evoluir e gerar um caráter crônico. O apoio da família nesses casos também é fundamental para o tratamento, afirmam os especialistas.
Segundo o psicólogo, especialista em Geriatria e Gerontologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Wallace Hetmanek, a depressão é uma alteração no estado de humor e costuma interferir no sono, na motivação e na alimentação. "No início da doença, as pessoas dessa faixa etária apresentam falta de ânimo, ficam em casa, perdendo a vontade de praticar suas atividades e, consequentemente, se isolam."
Ainda de acordo com o especialista, dois estudos, um realizado em São Paulo e outro no Rio de Janeiro, revelaram que 20% dos idosos, nessas duas cidades, sofrem de algum tipo de alteração de humor, tanto de forma leve, grave e moderada. Para o profissional, há um consenso em todo o Brasil sobre em quais casos a incidência da depressão é maior. Nos idosos em institucionalização, ou seja, aqueles que vivem em alguma instituição, a prevalência da doença é maior. Já com aqueles que praticam alguma atividade que interaja com outros grupos, os casos são menores além disso, a população dessa faixa etária consegue lidar melhor com as modificações no cotidiano.
Para quem não sabe, há alguns fatores que desencadeiam a depressão. O psicólogo explica que "a doença pode se desenvolver através de modificações na rotina da pessoa, como por exemplo, perda de um ente querido, a saída dos filhos de casa e a aposentadoria." Portanto, para ajudar na recuperação do idoso que sofre desse mal, o psicólogo listou três dicas importantes:
1- Ao identificar os sintomas, o primeiro passo é procurar um psicólogo e/ou um geriatra para avaliação formal do paciente.
2- A família é importante nessas horas. Assim, os parentes devem dar um suporte ao idoso que sofre de depressão.
3- A terceira dica é: estar atento às alterações de comportamento e convidar para que a pessoa conheça alguns espaços de convivência. Ou seja, o idoso deve receber visitas de amigos e parentes, ter contato telefônico. É fundamental que, nessas situações, o idoso interaja para evitar isolamento.
Fonte: Cuidar de idosos
Nenhum comentário:
Postar um comentário