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28 de set. de 2011


Abuso de tranquilizantes pode aumentar risco de Alzheimer

DA FRANCE PRESSE
O consumo crônico de benzodiazepinas (tranquilizantes, soníferos) aumenta o risco de uma pessoa sofrer de Alzheimer, segundo os primeiros resultados de um estudo francês, divulgados na revista "Sciences et Avenir" (Ciência e Futuro).
Anualmente entre 16 mil e 31 mil casos de Alzheimer seriam provocados na França por tratamentos com BZD (benzodiazepinas) ou similares e seus genéricos: Valium, Temesta, Xanax, Lexomil, Stilnox, Mogadon, Tranxène, etc., noticia a revista em sua edição de outubro.
Em torno de 120 milhões de caixas são vendidas por ano. Na França são consumidos de cinco a dez vezes mais soníferos e ansiolíticos do que em seus vizinhos europeus, acrescentou a "Sciences et Avenir".
O encarregado do estudo, professor Bernard Begaud (Inserm/Universidade de Bordeaux), se referiu às constatações como "uma verdadeira bomba".
"As autoridades precisam reagir", acrescentou, em declarações à revista. Devem agir muito mais, se levarem em conta que "de nove estudos, incluindo o nosso, a maioria (seis) vai neste sentido de uma relação entre o consumo de tranquilizantes e soníferos durante vários anos e o Alzheimer", afirmou.
"É um sinal de alerta muito forte", enfatizou.
O estudo foi realizado com 3.777 indivíduos de 65 anos ou mais que tomaram BZD entre dois e dez anos.
"Ao contrário das quedas e fraturas causadas por estes medicamentos, os efeitos cerebrais não são imediatamente perceptíveis, tendo que se aguardar alguns anos para que surjam", disse o pesquisador.
"Se em epidemiologia é difícil estabelecer uma relação direta de causa e efeito, quando há uma suspeita, parece normal agir e tentar limitar as prescrições inúteis, que são muitas", afirmou.
O aumento do risco, entre 20% e 50%, pode parecer pouco em escala individual, mas não na escala da população, por causa do consumo destes medicamentos por idosos, destacou a revista.
Segundo o professor Begaud, no total, 30% dos maiores de 65 anos consomem BZD, uma proporção enorme, e na maioria das vezes de forma crônica.
As prescrições são, regularmente, limitadas a duas semanas para os hipnóticos e doze semanas para os ansiolíticos.
A forma como os BZD atuam no cérebro para aumentar este risco de demência continua um mistério.
Mas o problema já tinha sido mencionado em 2006 em um relatório do Gabinete Parlamentar de Políticas de Saúde sobre Remédios Psicotrópicos.
"Depois não se fez nada", criticou o especialista.


21 de set. de 2011



'Diagnóstico precoce é fundamental no tratamento do Alzheimer'

Segundo o neurologista André Gustavo Lima, a doença não tem um diagnóstico definitivo. O especialista afirma que os idosos devem começar a fazer exames periódicos com 65 anos, como o de sangue e de imagem.



Esta quarta-feira (21) é o Dia Mundial da Doença de Alzheimer. A data internacional mostra o peso que a doença tem e a importância de combatê-la. De acordo com a ONU, 75% dos doentes desconhecem que sofrem do mal. De acordo com André Gustavo Lima, neurologista da Academia Brasileira de Neurologia, a família é envolvida e sempre é a última a perceber: “Por causa do contato diário, a família não percebe que o esquecimento é um sintoma. Atualmente, não há um diagnóstico definitivo, apenas um diagnóstico de exclusão. É preciso excluir todas as outras doenças que causam o sintoma para poder afirmar que é Alzheimer”, explica.
O neurologista afirma que o diagnóstico precoce é fundamental no tratamento e que os idosos devem começar a fazer exames com 65 anos para descobrir se é possuidor da doença ou não. O paciente deve fazer um acompanhamento anual, exames de sangue e imagem para ver se está com atrofia de cérebro ou alguma carência que possa ser revertida: “Um esquecimento pequeno deve ser investigado. É possível ter algumas indicações com exames de imagem, como a diminuição do cérebro, que indica que o órgão está inativo”, diz André Gustavo Lima.

13 de set. de 2011

ÁLCOOL E NICOTINA - GENE


13/09/2011 07h00

Cientistas encontram gene ligado à dependência do álcool e da nicotina

Um única medicamento poderia tratar ambos os casos.
Descoberta veio de testes com camundongos.

Do G1, em São Paulo

Cientistas encontraram uma enzima que, ao que parece, está envolvida na resposta do cérebro ao álcool e à nicotina. O achado gera a esperança de que a dependência das duas drogas possa vir a ser tratada com um único medicamento, no futuro.
Num estudo publicado pela revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)”, os pesquisadores conseguiram criar camundongos sem o gene da proteína quinase C épsilon. Comparados aos animais que tinham o gene, eles consumiram uma solução de nicotina em quantidade menor.
Além disso, mantiveram a quantidade consumida num nível estável, ao contrário do outro grupo. Isso indica que o gene está relacionado à dependência química da nicotina.
No passado, um procedimento semelhante mostrou que o mesmo gene está ligado ao alcoolismo.
“Isso pode significar que esses camundongos [os que não têm o gene] não têm o mesmo senso de recompensa da nicotina e do álcool”, afirmou Robert Messing, da Clínica e Centro de Pesquisa Ernest Gallo, ligado à Universidade da Califórnia, em São Francisco, nos EUA. O sistema de recompensa é um setor do cérebro relacionado ao vício.
Na visão do pesquisador, portanto, um medicamento que neutralizasse a ação desse gene poderia ser uma forma de tratar a dependência do álcool e do tabaco.

MÚSICA e DOPAMINA


10/01/2011 12h57

Ouvir música causa liberação de dopamina, diz pesquisa

Neurotransmissor é estimulado por prazeres específicos como melodias.
Estudo foi publicado na 'Nature Neuroscience'.

Da France Presse
O intenso prazer que se sente ao escutar música provoca no cérebro a liberação de dopamina, um neurotransmissor que serve para avaliar ou recompensar prazeres específicos associados à alimentação, drogas ou dinheiro, de acordo com um estudo publicado no domingo (9) na publicação científica "Nature Neuroscience".
A dopamina é uma substância química da molécula do "sistema de recompensa", que serve para reforçar alguns comportamentos essenciais à sobrevivência (alimentação), ou que desempenha um papel na motivação (recompensa secundária por meio do dinheiro).
Música dopamina 1Escutar música causa a secreção de dopamina em dois momentos. (Foto: Jeffrey Chen / stock.xchgn)
Então como pode estar envolvida em um prazer abstrato como o de ouvir música, que não parece ser diretamente indispensável para a sobrevivência da espécie?
Para entender isso, pesquisadores da Universidade McGill, em Montreal (Canadá), selecionaram dez voluntários de 19 a 24 anos entre os 217 que responderam a um anúncio solicitando pessoas que sentiram "estremecimentos", sinais de extremo prazer, ao escutar música.
Graças a vários aparelhos de diagnóstico por imagens, a equipe de Salimpoor Valorie e Robert Zatorre mediu a liberação de dopamina e a atividade do cérebro. Paralelamente, sensores informavam a freqüência cardíaca e respiratória dos voluntários, bem como sua temperatura ou sinais de estremecimento de prazer no nível da pele.

Os resultados publicados na "Nature Neuroscience" mostram que a dopamina é secretada antes do prazer associado à música ouvida, e durante o próprio "estremecimento" de prazer, ou seja, no auge emocional. Tratam-se de dois processos fisiológicos distintos que envolvem diferentes regiões no "coração" do cérebro.
Durante o auge do prazer, é ativado o núcleo "accumbens", envolvido na euforia produzida pela ingestão de psicoestimulantes, como a cocaína. Antes, no prazer por antecipação, a atividade da dopamina é observada em outra área do cérebro.
O nível de liberação da dopamina varia com a intensidade da emoção e do prazer, em comparação com as medições realizadas ao escutar uma música "neutra", isto é, indiferente aos voluntários.
"Nossos resultados ajudam a explicar porque a música tem esse valor em todas as sociedades humanas", concluem os pesquisadores. Permitem compreender "porque a música pode ser utilizada de forma eficaz em rituais, pelo marketing ou em filmes para induzir estados de humor".
Como um prazer abstrato, a música contribuiria, graças à dopamina, para um fortalecimento das emoções, ao estimular noções de espera (da próxima nota, de um ritmo preferido), de surpresa, de expectativa.

3 de set. de 2011

Características da Depressão Psicótica


Pesquisadores descobrem características da depressão psicótica
Alteração cerebral pode ser responsável pelo surgimento de alucinações e pela distorção da realidade

©Alexandra Thompson/Shutterstock

Pessoas com depressão muitas vezes apresentam manifestações psicóticas. Apesar de esses casos não serem raros, eles frequentemente são associados a sintomas de outros tipos de depressão, o que dificulta a adoção de tratamentos específicos. Agora, correlacionando dados de neuroimagem e testes clínicos, um grupo de pesquisadores do Departamento de Neurociência e Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP), coordenado pela médica Cristina Marta Del Bem, dá os primeiros passos para definir as diferenças clínicas e biológicas entre depressão psicótica e não psicótica.





Durante o estudo, feito com 23 voluntários com depressão psicótica, 25 com depressão não psicótica e 29 saudáveis, os participantes foram submetidos a exames de neuroimagem, a avaliação clínica e a testes de memória verbal e visual. Em um dos experimentos as pessoas tinham de memorizar 15 palavras com significado positivo, negativo ou neutro e, em seguida, identificar, em uma segunda lista, os vocábulos que constavam também na primeira. Outro teste envolvia a identificação de rostos humanos com diferentes expressões, que variavam entre “boas” ou “ruins”.



Os pesquisadores observaram que embora todos os participantes apresentassem o mesmo grau de depressão, os com manifestação psicótica prestaram mais atenção às imagens negativas ou às expressões de tristeza. “Eles não percebiam estímulos positivos que já haviam visto ou acreditavam se lembrar de imagens negativas que, na realidade, não tinham sido mostradas anteriormente. É como se eles apresentassem um viés para o que é ruim”, ressalta Cristina. Os exames físicos mostraram que os voluntários com depressão psicótica apresentaram, ainda, alterações no volume cerebral, notadas principalmente pela diminuição do istmo do giro do cíngulo, uma estrutura que faz parte do sistema límbico e é responsável pelas emoções. Segundo os estudiosos, essa redução diferencia claramente os dois casos de depressão estudados na pesquisa. Além disso, quanto mais grave o caso psicótico, menor era a região.



Os cientistas acreditam que o trabalho possa ajudar a descobrir até que ponto a depressão com psicose pode estar ligada à percepção distorcida de um estímulo externo. “É uma hipótese que estamos levantando. A possibilidade de uma distorção na forma de ver estímulos externos é, a princípio, coerente com a presença de delírios e alucinações”, reforça Cristina.
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