ONDE ENCONTRAR:

C O N T A T O : CLAUDIOCALDASFARIA@GMAIL.COM CLAUDIOKALDAS@GMAIL.COM

4 de ago. de 2014

10 Razões pelas quais os dispositivos móveis deveriam ser banidos das mãos de crianças com menos de 12 anos




A Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Canadiense de Pediatria recomenda que crianças com idade entre 0-2 anos não devem estar expostas a tecnologia, crianças dos 3-5 anos, devem restringir a utilização a uma hora por dia, e crianças dos 6-18 anos devem estar restritas a 2 horas por dia ( AAP 2001/13, o CPS 2010). Crianças e jovens usam 4 a 5 vezes mais a quantidade recomendada de tecnologia, com consequências graves e muitas vezes fatais (Fundação Kaiser 2010, o Active Healthy Kids Canada 2012). Os dispositivos portáteis (telemóveis, tablets, jogos eletrônicos) têm aumentado dramaticamente o acesso e uso da tecnologia, especialmente por crianças muito jovens (Common Sense Media, 2013). Como terapeuta ocupacional pediátrica, estou convidando os pais, os professores e os governos a proibir o uso de todos os dispositivos portáteis em crianças com menos de 12 anos. A seguir estão as 10 razões baseadas em pesquisas para essa proibição. Por favor, visite zonein.ca para ver o Fact Sheet Zone'in para pesquisa referenciada

1. Crescimento rápido do cérebro

Entre os 0 e os 2 anos, o cérebro da criança triplica de tamanho, e continua em estado de rápido desenvolvimento até aos 21 anos de idade (Christakis de 2011). O desenvolvimento inicial do cérebro é determinado por estímulos ambientais, ou pela a falta deles. A estímulação para o desenvolvimento cerebral causada pela exposição excessiva a tecnologias (telemóveis, internet, iPads, TV), está associada a funções executivas, déficit de atenção, atrasos cognitivos, a aprendizagem deficiente, aumento da impulsividade e diminuição da capacidade de auto-regulação, por exemplo, as birras (Small 2008, pagini 2010).

2. Atraso no desenvolvimento

O uso da tecnologia restringe o movimento, o que pode resultar em atraso de desenvolvimento. Uma em cada três crianças agora entram na escola com atraso de desenvolvimento, impactando negativamente a alfabetização e desempenho acadêmico (Ajuda EDI Mapas 2013). O movimento aumenta a atenção e capacidade de aprendizagem (Ratey 2008). Uso de tecnologia antes dos 12 anos é prejudicial para o desenvolvimento da criança e da aprendizagem (Rowan 2010).

3. Epidemia de obesidade

Uso de TV e video jogos está correlacionado com o aumento da obesidade (Tremblay, 2005). As crianças que tem um dispositivo electronico no seu quarto têm 30% de aumento na incidência de obesidade (Feng 2011). Um em cada quatro canadenses, e um em cada três crianças americanas são obesas (Tremblay 2011). 30% das crianças com obesidade irão desenvolver diabetes, e os indivíduos obesos têm maior risco de acidente vascular cerebral e ataque cardíaco precoce, encurtando a expectativa de vida (Centro de Controle e Prevenção de Doenças 2010). Em grande parte devido à obesidade, as crianças do século 21 podem ser a primeira geração em que muitos não vão sobreviver aos seus pais (Professor Andrew Prentice, BBC News, 2002).

4. Privação do sono

60% dos pais não supervisionam o uso de tecnologia dos seus filhos, e 75% das crianças estão autorizados a ter tecnologia nos seus quartos (Fundação Kaiser 2010). 75% das crianças com idade entre os 9 e os 10 anos, tem privação de sono e as suas notas escolares são negativamente impactadas (Boston College 2012).


5. Doença Mental 

O sobre uso da tecnologia está relacionado como um fator causal em taxas crescentes de depressão infantil, ansiedade, transtorno de apego, déficit de atenção, autismo, transtorno bipolar, psicose e comportamento problemática da criança(Bristol University 2010, Mentzoni 2011, Shin 2011, Liberatore 2011, Robinson 2008) . Uma em cada seis crianças canadienses têm uma doença mental diagnosticada, e muitas destas estão sob efeito de nedicação psicotrópica perigosa (Waddell 2007).


6.Agressividade

Conteúdo violento pode causar agressividade infantil (Anderson, 2007). As crianças estão cada vez mais expostos a crescente incidência de violência física e sexual nos mídia de hoje. "Grand Theft Auto V" retrata sexo explícito, assassinato, estupro, tortura e mutilação, como fazem muitos filmes e programas de TV. Os EUA classificou a violência na mídia como um risco à saúde pública devido ao impacto causal sobre a agressividade infantil (Huesmann 2007). A comunicação social reportou o aumento do uso de restrições e uso quartos de isolamento em crianças que apresentam agressividade descontrolada.

7. Demência Digital

Conteúdo de mídia de alta velocidade podem contribuir para o déficit de atenção, bem como a diminuição da concentração e memória, devido as conexões neuronais no córtex frontal (Christakis 2004 Pequeno 2008). As crianças que não conseguem estar atentas não podem aprender.

8. Vícios

Como os pais atribuem cada vez mais tempo à tecnologia, acabam por se distanciar mais dos seus filhos. Na ausência de apego dos pais, as crianças acabam por se conectar mais a dispositivos eletrônicos, o que pode resultar em dependência (Rowan 2010). Uma em cada 11 crianças com idades entre 8-18 anos são viciados em tecnologia (Gentile 2009).

9. Emissão de radiação

Em maio de 2011, a Organização Mundial de Saúde classificou os telemóveis (e outros dispositivos sem fio) como um risco categoria 2B (possível carcinogênico), devido à emissão de radiação (WHO 2011). James McNamee com a Health Canada, em outubro de 2011, emitiu um aviso de advertência dizendo: "As crianças são mais sensíveis a uma variedade de agentes do que os adultos pois o seu cérebro e sistema imunológico ainda estão em desenvolvimento, portanto não se pode dizer que o risco é igual para um adulto ou para uma criança ". (Globe and Mail de 2011). 
Em dezembro de 2013 o Dr. Anthony Miller, da Universidade da Escola de Saúde Pública de Toronto recomenda que, com base em novas pesquisas, a exposição à radiofrequência deve ser reclassificado como 2A (provável carcinógeno), e não um 2B (possível carcinogênico). Academia Americana de Pediatria pediu revisão das emissões de radiação electromagnéticas de dispositivos de tecnologia, citando três razões quanto ao impacto sobre as crianças (AAP 2013).

10. Insustentabilidade

A forma como as crianças são criadas e educadas com tecnologia já não são sustentáveis (Rowan 2010). As crianças são o nosso futuro, mas não há futuro para as crianças que abusam da tecnologia. Uma abordagem em equipe é necessário e urgente, a fim de reduzir o uso da tecnologia por crianças. 

As diretrizes a seguir relativamente à utilização de tecnologia por crianças e jovens foram desenvolvidas por Cris Rowan, terapeuta ocupacional pediátrica e autor de ""Criança Virtual; Dr. Andrew Doan, neurocientista e autor de "Hooked on Jogos" e Dr. Hilarie Caixa, Diretor de Restart Programa de Recuperação de Dependência à Internet e autor de "Videojogos e os seus filhos", contou também com a contribuição da Academia Americana de Pediatria e da Sociedade Canadiense de Pediatria, num esforço para garantir um futuro sustentável para todas as crianças.

25 de jul. de 2014

Agorafobia e Síndrome do Pânico

                       Praça  do Japão em Curitiba - Arte  de Cesar  Lobo


AGORAFOBIA

Ágora em grego significa “praça”. A psicologia absorveu esse termo para representar lugares abertos - situações comuns onde as pessoas que sofrem de agorafobia se sentem desprotegidas, vulneráveis e desamparadas.

Agorafobia é um transtorno de ansiedade muito comum nos quadros de se síndrome do pânico e refere-se ao medo de andar nas ruas, dificuldade de sair sozinho de casa, dificuldade de ir a certos lugares como mercados ou cinema pois sente forte apreensão dificil de compreender e muitas vezes surge a necessidade de ter alguém ao lado para lhe dar segurança.

O agorafóbico sente ansiedade de estar em locais ou situações em que a saída seja difícil, como por exemplo, multidões, um supermercado muito grande ou um local onde o auxilio possa não estar disponível - mesmo que não haja previsão de necessitar este auxilio.

Os medos da Agorafobia mais comuns são:

- Estar longe de casa ou de pessoas que dêem segurança

- Andar de carro, ônibus, trem, metrô ou avião

- Locais fechados e lotados como cinema, supermercados,         restaurantes, etc.

- Situações nas quais a saída seja difícil como congestionamentos, estádios, ocupar o banco de trás de um carro, etc.

- Fila de banco

- Túneis, passarelas, pontes

- Elevadores

- Viajar

- Ruas cheias

- Feiras. Etc.

MEDO DE TER MEDO

Na agorafobia e na síndrome de pânico, a pessoa sente “medo de ter medo”. A ansiedade de sair de casa e ter uma crise a impede de se expor a situações fora de casa, por isso o comportamento mais comum na agorafobia é a evitação, a esquiva, a fuga de situações fora de sua zona de conforto – normalmente sua casa.

Durante a crise a pessoa pode chegar a ter a sensação de que está enlouquecendo, o que a faz evitar certos lugares, por exemplo, não vai mais ao cinema pois tem medo de passar mal, não sai de carro, não entra em supermercado, não entra em banco. Tudo isso devido a agorafobia sofrida em uma situação anterior e associada ao pânico.

Cada um tem sua lista de lugares que a faz passar mal. Tive um paciente que não entrava em túneis, outro não andava de metrô. O que define qual será o local, ou os locais que serão evitados são as experiências anteriores ou idéias pré-concebidas no que se refere a estes lugares.

DESAMPARO

O desamparo é a sensação de que precisará de ajuda mas não conseguirá. A pessoa sente que vai precisar de algum apoio, algum recurso mas esse apoio não vai aparecer. Isso dá pavor. Tem gente que sente que precisa ter alguém por perto, por isso muitas pessoas não saem mais sozinhas, ou até nem saem mais de casa. Outros precisam saber que terão atendimento médico por perto, precisa de se certificar que tem algum hospital por perto. Já atendi um caso onde o rapaz precisava identificar o hospital mais próximo a cada quilometro por onde ele dirigia, sabia até que não iria precisar usar o tal hospital, mas fazia isso, e fazia escondido, pois tinha vergonha de sentir assim pois tinha medo de que os outros pudessem achar que estava ficando louco, então arranja desculpas esfarrapadas para evitar essas situações. Não vai pra praia porque (mente que...) tem que trabalhar, não vai para o cinema porque não está a fim de ver aquele filme. Tudo mentira. Ele está apavorado. Tem outras pessoas que não procuram hospital, mas a casa de pessoas conhecidas. Só andam em locais onde sabe que podem pedir ajuda para alguém, não saem dessa rota. Tem outros que não se afastam da sua própria casa, andam só no quarteirão, e quanto mais se afastam, mais passam mal.

Avalie a possibilidade de ser portador de Agorafobia

Situações comuns de desconforto na agorafobia:

.....Sair de casa sozinho 

.....Ficar em casa sozinho 

.....Usar transporte coletivo ou automóvel 

.....Locais cheios ou multidões 

.....Congestionamentos 

.....Filas 

.....Elevadores 

.....Túneis, passarelas ou pontes 

.....Espaços abertos 

.....Viajar

A agorafobia está diretamente relacionada com a Síndrome do pânico, segue algumas informações específicas:

PÂNICO - SÍNDROME DO PÂNICO

Pânico é o ponto mais forte da ansiedade. É um medo tão intenso que dificulta a capacidade de raciocínio. A pessoa com síndrome do pânico pode sentir vontade de sair correndo, procurar um lugar seguro. Para alguns o pronto socorro é esse local, pois tem a sensação de que está muito doente, que vai ter um ataque do coração, mas quando ela é atendida, o médico nunca identifica um problema físico, pressão boa, respiração normal, enfim, corpo saudável. “Mas doutor? E esse taquicardia que eu senti? E essa falta de ar que parece que estou sufocando?” São essas as perguntas que os médicos que atendem as pessoas com crises de pânico ouvem e nem sempre sabem responder.

A síndrome do pânico é um mal estar repentino sem ter nada aparente provocando, com sintomas físicos intenso, em geral falta de ar, tontura, mal estar, dor de barriga e suor frio.

O diagnóstico correto só pode ser feito por um psicólogo experiente.

Os sintomas geralmente começam de forma branda, chegam a um pico mais forte em alguns minutos e depois de um tempo a coisa toda passa do mesmo jeito que chegou, sem explicação.

DESPERSONALIZAÇÃO

Outro sintoma comum é a despersonalização, e se refere à sensação esquisita de você não ser você, de saber que está ali, mas ainda assim se sente distante.

A característica principal da síndrome do pânico é o medo de ter medo. Por medo de passar mal em certas situações, a pessoa passa a evitar as tais situações. O que ela não sabe é que evitar só faz o medo aumentar ainda mais.

QUANDO PROCURAR TERAPIA?

Quando sua vida começa a ter prejuízos, quando há sofrimento psíquico ou quando você deixa de fazer coisas que deveria fazer, ou faz coisas que não deveria fazer. Esta é a hora de procurar ajuda.

TERAPIA DO PÂNICO

A melhor noticia que eu podia dar a essas pessoas é que isso pode ter solução, existe terapia para pânico. Vale muito à pena procurar ajuda pois ter a sua vida limitada pelo pânico, deixar de sair de casa não é viver. Alguns chegam até a largar o emprego porque o pânico impede até de manter sua rotina normal. A TCC - Terapia Cognitiva Comportamental -tem um protocolo específico para o pânico e agorafobia. É possível superar esse sofrimento. 

PÂNICO E ANSIEDADE

Síndrome do pânico é um transtorno de ansiedade. As pessoas costumam identificar a depressão e a ansiedade, mas tanto a depressão está dividida em vários tipos, você pode ler na página sobre depressão, que são o bipolar, distimia, etc, como a ansiedade também não é única. Existem vários quadros ansiosos, vários tipos de ansiedade.

A ansiedade é necessária para a preservação do individuo. Medo é um instinto de preservação. Se você tiver não tiver medo nenhum de nada, você vai acabar se colocando em situações de risco exagerado, vai atravessar a Avenida 23 de Maio sem olhar para os lados, mas com medo exagerado você não vai atravessar rua nenhuma, fica paralisado. E aí é que entra o transtorno, é quando o medo pára de te proteger e começa a te prejudicar.

SINTOMAS

Todo sintoma é um mensageiro, ele te dá uma noticia, te conta uma estória, mas essa estória é cifrada, temos que entender o que significa cada sintoma. Os sintomas da síndrome do pânico são dicas de que algo não está funcionando, algo não está bem. O que é? Precisamos de interpretar, analisar seu sintoma, entender essa mensagem.

Quando se fala em superar um sintoma logo de cara entende-se que superar é deixar de ter o tal sintoma certo? Certo! Mas deixar de ter o sintoma tendo realmente resolvido a questão, não colocando o lixo pra debaixo do tapete. Precisamos encarar de frente aquelas coisas que costumamos esconder de nós mesmos. Muitas vezes não dá pra fazer isso sozinho, nessas horas você pode contar com o psicólogo.

Resignificar o sintoma

Existe um termo que eu gosto muito, o termo é “resignificar”. E precisamos resignificar muita coisa se queremos nos transformar.

A gente passa por tanta coisa e cada episódio da vida deixa uma marca, algumas boas, outras muito doloridas. Um pai que abandonou o próprio filho, mesmo que não seja um abandono físico, o corpo está lá, mas emocionalmente não está, ou são coisas que você ouviu e teve que engolir. Por vivenciar situações doloridas como estas as pessoas acabam se considerando menos importantes, menos interessantes, sem direitos. E, não tem jeito, em algum momento a coisa tem que extravasar e, nestes momentos aparece o tal sintoma. O sintoma mensageiro de que algo deve ser mudado, algo está atrapalhando o equilíbrio. Algo que precisa ser resignificado.

Um bom psicólogo irá ler esses sintomas e te ajudará no processo de mudar a sua carga, de carga negativa para positiva. Não vamos mudar as coisas que te aconteceram nem a sua história de vida, mas vamos te ajudar no processo de mudar o resultado, o efeito negativo será resignificado.

Psicóloga Marisa Graziela M Morais

( Clínica de Psicologia)
OBRIGADO PELA SUA VISITA E VOLTE SEMPRE

Pesquisar este blog