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30 de ago. de 2012

FÉRIAS ( e feriados) COM ALZHEIMER




NAS FÉRIAS ( e feriados) COM ALZHEIMER




Sabemos que o cuidador familiar, principalmente aquele que assume sozinho a tarefa de cuidar de um idoso, é uma pessoa que trabalha vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, sem direito a de
scanso semanal ou férias. Por outro lado, sempre ressaltamos a importância do cuidador dividir suas tarefas com outras pessoas e, principalmente, dele ter um tempo livre para ele mesmo.

Final de ano nos remete, além da lembrança das festas e confraternizações, às férias, um descanso merecido para aquele trabalhador ou estudante que se dedicou às suas atividades durante todo o ano que termina, porém, como o cuidador de um familiar portador da Doença de Alzheimer pode usufruir de suas férias? É impossível fornecer uma “receita de bolo” relatando, passo a passo, o que fazer, o que dará certo com todos os portadores da doença, visto que cada caso é um caso, portanto, uma dica que pode dar certo com uma pessoa pode dar errado com outra. Seguem a seguir algumas dicas e cuidados que os familiares portadores de Doença de Alzheimer devem se atentar antes de pegar a estrada.

A primeira questão a se fazer é: em que fase da doença meu familiar se encontra? Qual seu nível de dependência? Um idoso na fase inicial da doença (e seu cuidador) podem se beneficiar com uma viagem, mas à medida que a doença avança, os benefícios vão dando lugar a uma série de inconvenientes, principalmente se o idoso for agressivo ou se estiver acamado. 

De qualquer forma, não faça viagens longas, pois depois o processo de readaptação à casa pode ser pior. O cuidador nunca deve viajar sozinho com o idoso, precisa sempre da ajuda de outros cuidadores (seja membros da família ou cuidadores profissionais). Tendo a ajuda de outras pessoas, além do cuidador poder contar com alguém para auxiliar no cuidado do idoso, em especial nos momentos de crise, o cuidador pode aproveitar alguns momentos da viagem para descansar um pouco.

Dê bastante atenção ao escolher o tipo de transporte no qual ocorrerá a viagem (contornar uma situação de crise num avião pode gerar grandes problemas, por a tripulação poder enxergar as reações do idoso como ameaça à segurança do navio). Escolher um bom lugar para ficar hospedado também é importante, dê preferência a hotéis tranqüilos, sem programação recreativa (músicas, agitação, muitas crianças), o que pode deixar o idoso mais impaciente. Caso optem por ficar em casa (alugada para temporada ou de parentes), reservem um quarto para o idoso e para o cuidador que irá acompanhar o idoso, deixá-lo em ambientes muito lotados pode deixá-lo mais agitado.

Portadores da doença de Alzheimer que apresentam sintomas como intensa inquietação, agressividade, desorientação (em especial aqueles que pedem para “ir embora” diariamente) podem não se sentir bem em viagens. A mudança de ambiente pode aumentar a desorientação, deixando-os mais confusos, mais agressivos, o que pode transformar a viagem num verdadeiro caos para o idoso e para o cuidador.

Mesmo no estágio inicial da doença, em caso de viagem deve-se ter atenção redobrada com possíveis fugas, pois num ambiente diferente, o idoso pode se perder, caso saia desacompanhado. Nestes casos, não permitir que o idoso saia sozinho, mesmo em pequenos deslocamentos. Além disso, sempre deixar em seus pertences (bolsa, carteira) um papel contendo seus dados de identificação. Caso o idoso se incomode com este papel, uma alternativa é colocar nele uma pulseira com estas informações gravadas.

Idosos acamados não devem viajar. Nestes casos, para o cuidador viajar tranqüilo ele deve deixar o idoso na companhia de alguém de total confiança, seja familiar ou profissional, indispensável que seja alguém já conhecido do idoso, contratar alguém de imediato pode deixá-lo mais assustado, agressivo e desorientado. No caso de deixá-lo com alguém de confiança, não se esqueça de deixar com a pessoa o nome e o telefone do médico responsável, um telefone para que o cuidador possa ser contatado durante a viagem. Importante destacar que, caso decidam deixar um idoso em casa com outro cuidador e viajar, o familiar não deve ficar se sentindo culpado com isso, senão ele não conseguirá aproveitar sua viagem.

Uma última alternativa é deixar o idoso numa instituição de longa permanência para idosos durante a viagem, tomando os devidos cuidados de verificar se a instituição atende aos pressupostos de higiene e segurança, se possui alvará de funcionamento e se os profissionais que lá trabalham são confiáveis. Mesmo assim, deve-se tomar todos os cuidados elucidados no parágrafo anterior. Caso o idoso não participe da viagem, o cuidador deve viajar ciente de que, caso aconteça qualquer intercorrência com o mesmo, ele deverá se deslocar o mais breve possível para a companhia do idoso. 

Fonte: Cuidar de Idoso

PREVENÇÃO DO IMOBILISMO

O QUE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO PARA PREVENIR O IMOBILISMO?


Como muito bem colocado pelo Geriatra Márcio Borges, “Quem gosta de cama é colchão!”, 

a Síndrome do Imobilismo atinge muitos idosos que, por condições adversas de saúde e de condiç
ão social, ficaram acamados por longos períodos de tempo e hoje encontram dificuldade para sair desta situação.

Para tanto, aí vão algumas dicas bem práticas de como podemos agir para evitar essa condição, que pode trazer diversos malefícios a saúde do nosso idoso:

1) Atentar para a quantidade e qualidade dos móveis, deixar o espaço o mais livre possível;

2) Avaliar a necessidade de ter alguma ajuda humana (familiar, cuidador) para manter a realização das tarefas diárias deste idoso por ele mesmo, nem que seja necessário alguém somente para a supervisão delas;

3) Avaliar a quantidade e qualidade de iluminação disponível, deixar o ambiente bem iluminado para facilitar a realização de suas atividades;

4) É importante também incentivar este idoso a realizar suas atividades básicas de vida diária através de tarefas que ele gostava de fazer antigamente, por exemplo, após tomarmos banho vamos cultivar sua horta ou mesmo planejar sua terapia (para a equipe de reabilitação) de acordo com as tarefas que este idoso gosta de fazer.


28 de ago. de 2012

Internações hospitalares



Internações hospitalares afetam saúde mental de idosos

Estudo diz que nível de declínio cognitivo de pacientes mais velhos aumenta após estada no hospital




Internações em hospitais podem trazer mais riscos de problemas cognitivos em idosos
como confusão mental, desorientação e alucinação. O motivo pode estar associado à doença que os levou ao hospital ou aos tratamentos recebidos durante o período de internação.
Essa foi a conclusão de um estudo publicado na revista Neurology e em artigo no New York Times realizado pelo professor de ciências neurológicas e comportamentais do Centro Médico Universitário Rusy, em Chicago, EUA.
Foram avaliadas 1.355 pessoas, com 65 anos ou mais, participantes do Projeto Saúde e Envelhecimento. O estudo, realizado sobre doenças crônicas foi desenvolvido em três áreas de Chicago com população bastante distinta. Todos os pacientes foram hospitalizados em algum momento entre janeiro de 1993 e dezembro de 2007.
Entrevistas e testes de avaliação do estado mental desses pacientes foram realizados a cada três anos, sendo que uma entrevista ocorria antes de uma hospitalização e duas depois, para permitir a comparação. Foi constatado que o nível de declínio cognitivo de muitos dos pacientes mais velhos aumentou após uma estada no hospital, afetando seu raciocínio e memória.
Pacientes portadores de doenças mais graves, que necessitaram de longos períodos de internação, começaram a apresentar problemas de memória e raciocínio já antes de serem internados. E a temporada no hospital ajudou a revelar ou intensificar esses problemas que podem ser prevenidos e requerem maior paciência e cuidado dos familiares.


R7 NOTÍCIAS

Cães ajudam idosos

Cães ajudam idosos em tratamento contra mal de Alzheimer





Uma clínica na Espanha iniciou um projeto com cachorros para ajudar idosos que estão em tratamento contra o mal de Alzheimer . Os animais auxiliam em exercícios de memória e mobilida
de melhorando assim o funcionamento físico, social, emocional e cognitivo dos pacientes. 


A terapia com os animais reduz a agressividade, eleva a motivação, aumenta a interação social e facilita a conexão do médico com os idosos.

Assista abaixo ao vídeo da matéria:


http://mais.uol.com.br/view/13198471




27 de ago. de 2012

"ESTAMOS MEDICANDO OS IDOSOS DE MANEIRA ERRADA"



"ESTAMOS MEDICANDO OS IDOSOS DE MANEIRA ERRADA"


Figura controversa nos Estados Unidos, Armon Neel Jr. faz um alerta, no livro 'Are your prescriptions killing you?', para os perigos da supermedicação em idosos

Há um risco adicional no coquetel de remédios que os idosos, muitas vezes, precisam tomar. Geralmente em número elevado, as drogas podem interagir de maneira perigosa entre si e provocar resultados inesperados e nocivos. Uma pessoa que ingere 10 remédios diferentes tem 44 interações medicamentosas (quando os remédios, combinados, anulam a ação um do outro ou produzem efeitos colaterais inesperados), que precisam ser analisadas. No caso de 15 remédios, essas interações sobem para 104, diz o farmacêutico americano Armon Neel Jr., ele próprio um senhor de 74 anos. Neel é autor do livro Are your prescriptions killing you? (Suas prescrições estão te matando?), sem lançamento previsto no Brasil.

Com 40 anos de carreira, Neel é um ferrenho crítico da maneira como a medicina vem tratando pessoas acima dos 50 anos. Segundo ele, a maioria dos médicos prescreve drogas que causam mais prejuízos do que benefícios aos idosos. E isso aconteceria por dois motivos. O primeiro é a formação médica. "Eles não têm aulas aprofundadas sobre a química dos medicamentos e como eles interagem com o organismo", diz. A segunda é fruto de uma falha científica: existem poucos testes clínicos em voluntários acima dos 60 anos. Assim, a medicina precisa lidar com uma literatura falha sobre a ação dos medicamentos nessa faixa etária.

Neel não defende terapias alternativas ou que os idosos abandonem tratamentos com medicamentos. Em entrevista ao site de VEJA, ele reconhece a importância dos medicamentos, mas diz que remédios consagrados, como a estatina, podem ser letais a idosos. E defende a tese de que o farmacêutico deveria ser o profissional responsável pela medicação. "A maioria dos idosos está, infelizmente, tomando remédios que não deveria."


Estamos medicando os idosos de maneira errada?

A formulação química das drogas está muito mais sofisticada do que há algumas décadas. Isso, mesclado ao fato de que os médicos não compreendem claramente as mudanças químicas que acontecem no organismo das pessoas acima dos 50 anos, pode ser muito perigoso. Depois dos 30 anos, perdemos anualmente 1% das funções renais e do fígado. Aos 80 anos, um idoso tem 50% das funções desses dois órgãos. Os médicos não conseguem entender, por exemplo, que um remédio conhecido, famoso ou eficaz, que era benéfico à saúde daquele paciente aos 30 ou 40 anos, pode se tornar um perigo aos 60 anos. E isso acontece porque o corpo dele não metaboliza mais a droga da mesma maneira.

Por que alguns medicamentos se tornam perigosos para os idosos?

Vamos pegar como exemplo o ansiolítico benzodiazepina. Esse medicamento começa a ser usado por volta dos 25 anos de idade, para dormir. Imagine, agora, o mesmo paciente aos 70 anos. As enzimas do fígado de uma pessoa de 25 anos metabolizam a droga de uma maneira específica. Aos 70 anos, porém, essas enzimas já não estão presentes na mesma quantidade. A droga não vai ser metabolizada corretamente, e acaba se depositando em demasia no organismo. E aí começam os efeitos colaterais. O paciente cochila enquanto está dirigindo ou sente tontura, cai e quebra um braço. A benzodiazepina funciona bem em pessoas jovens, mas não em idosos.

Provavelmente, as estatinas e os osteófitos, drogas usadas para fortalecimento ósseo. Em muitos casos, esses dois medicamentos podem ser letais para o idoso.Um dos efeitos adversos da estatina está relacionado com os músculos. A fraqueza e as dores musculares podem ser um dos sintomas da rabdomiólise induzida pela estatina. Essa condição se caracteriza pela perda do esqueleto muscular, o que leva as fibras a serem liberadas pela corrente sanguínea. Essas fibras são danosas aos rins. Quanto maior a dosagem de estatina, maiores os riscos de rabdomiólise.

Existe uma quantidade de remédios que um idoso pode tomar de maneira segura?

Apenas uma droga já pode ser inapropriada. E o número de riscos em potencial aumenta exponencialmente cada vez que você adiciona um novo medicamento. Vejo pacientes que estão tomando três drogas e uma delas é a causa da necessidade das outras duas. Então, quando você retira essa primeira medicação, acaba a necessidade das demais. Costumo dizer que, se você está tomando mais do que cinco remédios, o sexto está sendo usado para tratar algo causado pelo outros cinco. Mas isso não é necessariamente uma regra.

Há alguma relação entre medicação errada e o aumento nas quedas?

Sim. Veja o caso de homens idosos com problemas na próstata, como hiperplasia da próstata. Um dos remédios usados é o chamado bloqueador alfa, uma droga para pressão sanguínea. Essa droga funciona dilatando as veias da próstata, o que melhora a urinação. Só que ela não age apenas na próstata, mas em todo o corpo. Então agora você tem veias grandes que o sangue precisa atravessar em todo o organismo. Isso pode levar à queda de pressão. Se o paciente faz movimentos abruptos, o sangue sai do cérebro e ele tem blackouts, fica zonzo. Esses episódios de hipotensão podem deixar o idoso com tonturas, e aumentar a incidência das quedas.


Os erros nas prescrições são fruto de má formação ou de falta de conhecimento generalizado?

Não há muito treinamento em terapia com medicamentos na faculdade. Não se ensina a química dessas drogas e de que maneira ela se relaciona com a química do paciente. Os estudantes de medicina ficam mais tempo estudando doenças, diagnósticos e tratamentos. Muito do que eles aprendem sobre a droga em si é ensinado pelos representantes das indústrias farmacêuticas, que, normalmente, não são da área da saúde. O que eles apresentam ao médico é a versão boa do medicamento, nada de ruim sobre a droga vai sair deles. E também há pouca pesquisa feita com pessoas acima dos 65 anos, então não existe muito material de base. Por isso, conhecer a química de cada medicamento e como ele reage no organismo é tão importante.


O médico, então, não seria a pessoa mais indicada para medicar um paciente?
Acredito que mais de uma pessoa pode fazer isso. A tecnologia mudou tanto nos últimos 40 anos, que é a hora dos médicos redistribuírem algumas funções. O farmacêutico deveria ser o responsável pelo gerenciamento da terapia com medicamentos. O médico faz o que ele é treinado para fazer: diagnostica e delimita o plano de tratamento. Mas o farmacêutico, pessoa mais treinada para essa função específica, deveria ficar a cargo dos medicamentos.


Como um paciente idoso pode saber se há algo errado com suas prescrições?

Vamos dizer que ele vá ao médico porque tem algum problema, e o médico prescreva uma droga. Essa droga acaba não resolvendo o problema. O médico pode aumentar a dose ou acrescentar um novo remédio. Se isso acontecer, o melhor seria remover o primeiro medicamento — e não apenas acrescentar outros. Agora, se você está indo ao médico e está tomando duas ou três medicações, e aí uma nova droga causa sensações que não são naturais a você, volte ao médico ou ao farmacêutico e diga que esses novos sintomas estão sendo causados pela nova medicação.


Perfil

Em 2012, Armon Neel Jr. foi premiado pela Sociedade Americana de Farmacêuticos Consultores por seu trabalho revendo prescrições e aconselhando pacientes sobre suas medicações. Estima-se que as recomendações feitas por Neel levem à economia de 2,5 milhões de dólares por ano nos Estados Unidos – além de salvar milhares de vidas. Cinco anos antes, o farmacêutico havia sido uma das primeiras pessoas a receber o prêmio Farmacêutico Geriátrico Certificado, da Comissão de Certificação em Farmácia Geriátrica.
Entre 1966 e 1977, Neel foi convocado pelo Conselho de Farmácia seis vezes por ter aconselhado pacientes sobre como tomar corretamente a medicação prescrita – só em 1990 as leis do estado da Geórgia passaram a permitir que farmacêuticos dessem tais tipos de orientações.
Desde 2000, Neel atende como conselheiro dando seu parecer sobre o plano de terapia medicamentoso em casas de repouso para idosos na Geórgia. Nos últimos quatros anos, ele tem se dedicado a desenvolver políticas, protocolos e mecanismos de avaliação que atendem às necessidades dos pacientes.


Fonte: Revista Exame.com

25 de ago. de 2012

Fazer tudo tira sua independência e autoestima

Alzheimer: fazer tudo pelo doente tira sua independência e autoestima

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença de Alzheimer e distúrbios relacionados afetam cerca de 35 milhões de pessoas em todo o mundo. Esse número tende a dobrar a cada 20 anos.

No Brasil, estima-se que 1,2 milhões de pacientes sofram com a doença, com cerca de 100 mil novos casos por ano. Além disso, somos o 9º país do mundo com mais casos de demência. O relatório “Demência, Uma Prioridade de Saúde Pública” da OMS indica que os países de baixa e média renda abrigam metade de todos os doentes. 

Demência e enganos

A doença ou mal de Alzheimer é a principal causa de demência em pessoas com mais de 60 anos no Brasil.
A demência é a perda ou redução progressiva das capacidades cognitivas. Pode ser parcial ou completa, permanente, momentânea ou esporádica, e pode provocar a incapacidade de realizar atividades da vida diária nos pacientes.
Essa “perda de capacidade cognitiva” significa que a doença pode afetar qualquer função cerebral do paciente, particularmente as áreas da memória, linguagem, atenção e funções executivas, como a resolução de problemas e a inibição de respostas. 
Por conta disso, muitas pessoas – sejam parentes ou profissionais de saúde – acham que todo e qualquer doente não têm condições de fazer nada, nem mesmo pôr a mesa ou pegar um copo de água. Mas não é bem assim.

Criação de dependência x Tirar a independência

A pesquisadora Tiana Rust, da Universidade de Alberta (Canadá), concluiu recentemente que membros da família ou cuidadores profissionais costumam fazer de tudo pelos pacientes com Alzheimer (o mesmo pode se aplicar a outras demências), criando uma dependência em excesso que pode roubar a independência do paciente, o que certamente afeta sua felicidade e autoestima.
O que acontece, na maioria dos casos, é que as pessoas se baseiam no que elas acham que os pacientes precisam, e não que eles realmente precisam.

“Os cuidadores que acreditavam que as pessoas com doença de Alzheimer eram, em geral, mais propensas a se machucar, também eram mais propensos a criar a dependência ao invés de estimular a independência do paciente”, disse Rust. “Isto sugere que os cuidadores estão baseando seus comportamentos nas suas crenças, ao invés de baseá-los nas necessidades e capacidades reais das pessoas com quem estão interagindo”.

O que fazer?

Sem dúvida, é difícil avaliar o que uma pessoa doente pode fazer, saber do que ela é capaz, com quais tarefas ela pode lidar.
Por isso, Rust diz que é importante treinar os cuidadores profissionais, para lhes proporcionar uma melhor compreensão e ferramentas adequadas de como lidar com as pessoas com doença de Alzheimer: quais são suas capacidades reais, qual o nível de intervenção necessário, o que leva à dependência do paciente, etc.

Ensinar as pessoas a observar e avaliar as necessidades reais do paciente através da interação e observação, e não do que eles acreditam que a pessoa precisa, é vital para maximizar a independência do doente por tanto tempo quanto for possível.

Para os membros da família, por exemplo, Rust dá a seguinte dica: dar um pouco de independência ao paciente quebrando tarefas, como preparar uma refeição, em tarefas menores e mais gerenciáveis, como pôr a mesa, fazer sanduíches, ou um suco, ou limpar a mesa. Os pacientes são muitas vezes capazes de realizar pequenas atividades, e podem até se sentir muito bem com isso, talvez bem melhor do que se você fizesse tudo por eles, mesmo que sua intenção seja das melhores possível.

[MedicalXpress, CriaSaude, UOL]


Como é ter Alzheimer?


Como é ter Alzheimer?





As pessoas do vídeo abaixo, que encontrei no Slonik, foram cobaias involuntárias de um experimento que me lembrou de algo que ocorreu comigo ao menos duas vezes: entrar em uma sala de cinema esperando assistir um filme, e depois de algum tempo de confusão, descobrir que estou assistindo a outro. Me emocionei muito, já que tenho uma pessoa próxima a mim que sofre de demência e está constantemente desorientada como aquelas pessoas ali.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=7kKAq6lHgeY

Imagine viver ininterruptamente neste estado de confusão e desorientação. É assim que pacientes com demência de Alzheimer — ou outras doenças neurológicas similares — se sentem o tempo todo, mas a desorientação deles é imensamente pior.

O vídeo mostra dezenas de milhares de pessoas que puderam sentir na própria pele o terror constante que é viver com demência; entraram no cinema e outro filme estava passando na sala escolhida. “Mas será que é este filme? Eu que errei ou foi culpa do cinema? Será que o filme que escolhi começará logo?”. Após alguns momentos, a verdade foi revelada e os clientes puderam assistir a película escolhida. Foi uma iniciativa da Associação de Alzheimer de Israel na Semana Internacional de Conscientização sobre Alzheimer. Milhares de pessoas se tornaram embaixadores da conscientização sobre a demência de Alzheimer, inclusive com envolvimento da mídia.
Pacientes com demência tem dificuldade de saber se é manhã ou tarde, não lembram se almoçaram, não sabem o dia da semana, quem é presidente da república ou até mesmo qual é o ano atual. Começam a ler um livro e depois de duas ou três páginas não conseguem lembrar nada do que leram anteriormente. Costumam lembrar de coisas que aconteceram muitos anos atrás, mas não sabem se tomaram banho ao acordar. Além das dificuldades em se localizar no tempo, também passam dificuldades quando estão em lugares novos: não sabem onde estão e esquecem qual seu destino. 

Estima-se que aproximadamente metade dos pacientes com demência sofram de Alzheimer, uma doença degenerativa e inexorável, assim como outras 90% das doenças que causam demência. Apenas 10% das demências costumam ser reversíveis, e 40% não tem nenhum tratamento que sequer reduza o ritmo de seu avanço. 

Para as pessoas que convivem com pacientes de demência, é fácil notar como elas deixam de ser aquelas pessoas que conhecíamos e se tornam versões muito diferentes e piores. Perdem a habilidade de cuidarem de si mesmas, e junto com a confusão e desorientação também surgem mudanças radicais no comportamento, mania de perseguição, irritabilidade, agressões verbais ou físicas, etc. 

Eles vivem entre 7 e 20 anos depois do aparecimento dos primeiros sintomas, e precisam de cuidados especiais desde o estágio intermediário da doença, pois se torna um risco para si mesmos deixá-los sozinhos.

24 de ago. de 2012

Exame ocular simples

Exame ocular simples pode indicar doença de Alzheimer
 



Movimento ocular

Um monitoramento simples dos olhos pode dar indicações precoces sobre o desenvolvimento da doença de Alzheimer.
A descoberta de que pessoas com Alzheimer têm dificuldade com um tipo específico de exame ocular foi feita por uma equipe de pesquisadores de três universidades britânicas.
Para aferir suas hipóteses, o Dr. Trevor Crawford e seus colegas pediram a vários grupos de voluntários que seguissem o movimento de uma luz na tela de um computador.
Em um determinado momento do exame, os médicos pediam aos pacientes para mover o olho para o lado oposto, afastando-o da luz.

Siga a luz
O estudo separou os voluntários em quatro grupos: 18 pacientes com Alzheimer, 25 pacientes com Parkinson, 17 pessoas saudáveis jovens e 18 pessoas saudáveis idosas.
As medições precisas dos movimentos dos olhos mostraram resultados muito diferentes entre os diversos grupos.
Os pacientes com Alzheimer responderam perfeitamente à ordem para seguir a luz, mas não apenas não conseguiram mover o olho para longe da luz, como se mostraram incapazes de corrigir o erro.

Esses erros não corrigidos foram 10 vezes mais frequentes entre os pacientes de Alzheimer do que entre os pacientes saudáveis.
Olhos e memória
Os pesquisadores também mediram a capacidade de memória dos pacientes de Alzheimer que acharam o exame difícil.
O resultado foi uma correlação clara entre a dificuldade de fazer o teste e uma baixa capacidade de memorização.

"O exame de acompanhamento da luz pode desempenhar um papel vital no diagnóstico da doença de Alzheimer, já que ele nos permite identificar e excluir várias explicações alternativas para os resultados dos testes," disse o Dr. Crawford.
Ele se refere à longa bateria de testes neuropsicológicos usados hoje para diagnosticar a doença de Alzheimer e outros tipos de demência.

Diário da Saúde
24/08/2012

Neurônio em ação


Neurônio em ação: no vídeo feito pelos pesquisadores, é possível ver o fluxo de proteínas se movendo entre axônio e dendritos

O vídeo abaixo (clique no link para assistir) mostra a renovação dos neurônios (0:14 ):


Usando uma proteína de medusa que é capaz de emitir brilho, um grupo de cientistas iluminou um neurônio e capturou imagens do movimento de proteínas em seu interior. Nas imagens é possível ver como as proteínas – que são consideradas como os "tijolos" dos neurônios – são direcionadas para essas células com o objetivo de renovar suas estruturas.

"Seu cérebro está sendo desmontado e renovado todos os dias. No período de uma semana, ele vai ser constituído de proteínas completamente diferente das atuais. Nós já sabíamos que isso acontecia, mas agora podemos assistir", disse Don Arnold, professor de biologia molecular da Universidade de Stanford, e um dos cientistas que participaram do estudo que produziu o vídeo.

A técnica de iluminar proteínas no interior de células, incluindo os neurônios, já existe desde a década de 90. Ela consiste no uso de uma proteína bioluminescente da medusa, conhecida pela sigla PFV (Proteína fluorescente verde), que passa a emitir um brilho verde quando exposta à luz azul.

"Represa" — A novidade neste estudo é que os cientistas conseguiram resolver um dos problemas que afetava a técnica, que é a sobreposição de vias de transporte de proteínas no interior da célula. Essa característica dos neurônios tornava difícil estudar o tráfego de apenas uma via quando todas estavam iluminadas.
A solução foi construir uma pequena "represa" na via que se desejava estudar. Isso criou um acúmulo de vesículas de transporte (pequenas bolhas que viajam nos neurônios carregando proteína de membrana) nas paredes da represa. Os cientistas em seguida impregnaram essas vesículas acumuladas com a proteína da medusa. Por fim, usaram uma pequena molécula para libertar a acumulação de uma só vez e observar o tráfego nessa via. 

Essa nova técnica foi desenvolvida com o objetivo específico de investigar como as proteínas são levadas para um dos dois tipos de compartimentos que existem no neurónio: o axônio e os dendritos. O axônio é a região da célula responsável pela transmissão de sinais elétricos para outras células, já os dendritos recebem esses sinais.

"Já se sabe há várias décadas que as proteínas são orientadas para um compartimento ou outro. No entanto, não conseguíamos entender como essa segmentação ocorria até termos a oportunidade de assistir as proteínas viajando", disse o cientista Al-Bassam Sarmad, da Universidade do Sul da Califórnia e um dos autores da pesquisa, que foi publicada no periódico Cell.

O professor Don Arnold chamou o resultado da pesquisa de “surpreendente”. “Descobrimos que em vez de serem direcionados especificamente para os dendritos, as vesículas que transportam proteínas entram nos dois compartimentos, mas acabam sendo impedidas de seguir adiante nos primeiros segmentos do axônio", disse Arnold.

via Revista Veja

Maiores de 80 anos

Maiores de 80 anos podem ter prioridade especial entre idosos


O Projeto de Lei 3575/12, do deputado Simão Sessim (PP-RJ), concede “prioridade especial” às pessoas com mais de 80 anos entre os idosos. Pelo Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03), têm direito a tratamento prioritário pessoas com 60 anos ou mais.


Simão Sessim destaca que, devido aos avanços da medicina, a expectativa média de vida dos brasileiros é de 72 anos, e de 75 para as brasileiras. “A tendência é que aumente exponencialmente o número de pessoas que passa dos 80 anos”, sustenta. Atualmente, conforme afirma, já existem mais de três milhões de pessoas acima dessa faixa etária no País.

O deputado argumenta ainda que o Estatuto do Idoso “não atentou para a diferença de capacidade, mobilidade e dificuldades em geral dos que chegam à chamada quarta idade em relação às pessoas que ainda estão na faixa dos 60 anos”.
Tramitação
O projeto terá análise conclusiva das Comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Agência Câmara de Notícias

23/08/2012 

6 EXERCÍCIOS CASEIROS PARA A TERCEIRA IDADE



São Paulo - Ter uma vida saudável depende tanto de uma alimentação balanceada, como da prática regular de exercícios físicos. Esta é a regrinha básica para todas as idades. Porém, quando chegamos
a uma idade avançada, nosso corpo perde a agilidade de fazer caminhadas e exercícios, devido ao enfraquecimento dos ossos. Portanto, a atividade física na terceira idade é essencial para quem quer manter uma vida saudável e aumentar sua qualidade e expectativa de vida.
A prática regular de exercícios físicos na terceira idade traz inúmeros benefícios para o indivíduo, e entre eles estão o aumento do HDL - colesterol, a redução dos triglicerídeos, diminuição da pressão arterial, redução da gordura corporal devido ao aumento do gasto calórico diário, ganho de massa muscular propiciando ao idoso maior autonomia funcional, diminuição de lesões causadas por quedas, etc., além de ajudar a prevenir doenças cardíacas e vasculares, hipertensão arterial, diabetes, câncer de mama e próstata, obesidade, osteoporose, stress, depressão, etc.

“Para alcançar seu objetivo, é necessário realizar essas atividades no mínimo cinco vezes por semana, de 45 a 60 minutos, com cargas entre leve e moderada, respeitando sempre as características de cada um, suas necessidades, objetivos e principalmente suas limitações. É fundamental fazer uma avaliação médica detalhada e escolher os exercícios corretos, para que cause sensações de prazer e não de dor ou desconforto. Além do prazer, outros aspectos como a eficácia, a segurança e a motivação devem ser levados em consideração pelos profissionais que atuam na geriatria”, afirma Rodolpho Súnica, educador físico do Spa Sorocaba.

O ideal é fazer duas vezes na semana somente exercícios aeróbios como: caminhada, hidroginástica, bicicleta, etc. Nos dias restantes devem-se fazer exercícios de fortalecimento muscular, sempre acompanhados de um personal trainer com um programa de treinamento individualizado. É importante que seja feito o controle da frequência cardíaca através do monitor cardíaco, e que a pessoa permaneça pelo menos 50% do tempo total do exercício dentro da frequência cardíaca de treino (zona alvo), estabelecida na avaliação física.

Confira abaixo o programa de exercícios físicos que podem ser feitos em casa preparado por Súnica.

Exercícios de fortalecimento muscular (2ª, 4ª e 6ª):

1 Agachamento com cadeira
Material utilizado: Cadeira.
Posicione-se em pé de costas para a cadeira, simulando o movimento de sentar e levantar, flexionando os joelhos e voltando a posição inicial. Realize 3 séries de 12 repetições, com intervalo de 40” a 60” entre as séries.

2 - Supino horizontal
Material utilizado: Bastão, cabo de vassoura, caneleiras.
Deitado de barriga para cima, segure o bastão com as mãos afastadas uma das outras e desça até a linha do peitoral e estenda o cotovelo novamente. Realize 3 séries de 12 repetições, com intervalo de 40” a 60” entre as séries. Uma forma de aumentar a carga é colocar caneleiras de 1 ou 2 kg na extremidade da barra.

3 - Flexão de Joelhos
Material utilizado: Caneleiras.
Em pé, apoiando as mãos na parede, flexione a perna direita de modo que o calcanhar aproxime-se do glúteo, realize 12 repetições e faça o mesmo o movimento com a perna esquerda. É importante manter o quadril estável e trabalhar somente com a articulação do joelho. Uma forma de aumentar a carga é utilizar caneleiras.

4- Rosca direta
Material utilizado: Halteres de 01, 02 ou 03kg.
Em pé, com os joelhos semiflexionados, segure os halteres com os braços estendidos e realize o movimento flexionando os cotovelos e trazendo os halteres na direção dos ombros. Realize 03 séries de 12 repetições, com intervalo entre 40” e 60” entre as séries.

5- Panturrilha em pé
Material utilizado: Pode ser realizado com um step, em um degrau ou sem nenhum material.
Em pé, realize o movimento de flexão plantar, ou seja, fique na ponta dos pés e retorne a posição inicial. Ao realizar o movimento com material aumenta-se a amplitude e o grau de dificuldade do exercício. Realize 03 séries de 12 repetições com intervalo entre 40” a 60” entre as séries.

6- Abdominal reto
Deitado de barriga para cima, mantenha as duas pernas flexionadas e as mãos entrelaçadas atrás da cabeça. Realize a flexão do tronco sem deixar o queixo encostar no peito. Realize 03 séries de 12 repetições, com intervalo entre 40” a 60” entre as séries.

Exercícios aeróbios (3ª e 5ª)
Faça 60 minutos de exercícios aeróbios, como: esteira, bicicleta ou caminhada em pista. Deve-se monitorar a zona alvo do treino, com intensidade moderada. Caso haja dificuldade em realizar os 60 minutos em um único período, pode ser dividido em dois.

Fonte: Revista Exame

23 de ago. de 2012

MAL DE ALZHEIMER:



MAL DE ALZHEIMER: Tratamento para doenças vasculares poderá, no futuro, ajudar a controlar a doença

Uma reportagem no site do jornal O Dia conta que os idosos que sofrem de problemas cognitivos e de leve falta de memória podem ter menor propensão para contrair o Mal de Alzheimer caso recebam tratamentos médicos para estados clínicos como diabetes, pressão alta e colesterol alto, conforme apontou 
um novo estudo:

Os pesquisadores do Daping Hospital, em Chongqing, na China, começaram a acompanhar 837 residentes com idades a partir de 55 anos que sofriam de deficiência cognitiva leve (MCI, na sigla em inglês), mas não de demência. Deles, 414 apresentavam pelo menos um estado clínico que debilitaria a passagem do fluxo sanguíneo para o cérebro.

Depois de cinco anos, 298 participantes haviam desenvolvido o Mal de Alzheimer. Indivíduos que haviam tido pressão alta ou outros problemas vasculares no início do estudo tiveram duas vezes mais probabilidade de desenvolver demência, comparando-se com aqueles que não corriam qualquer tipo de risco, constataram os pesquisadores. 

Metade dos indivíduos que apresentavam riscos vasculares teve o Alzheimer evoluído, em comparação com apenas 36 por cento dos que não apresentavam.
Entre aqueles que sofriam de problemas vasculares, os que receberam tratamento tiveram uma propensão quase 40 por cento menor a desenvolver o Mal de Alzheimer do que aqueles que não estavam no mesmo estado clínico, relatou o estudo.

22 de ago. de 2012

ALUCINOSE ORGÂNICA

APRENDENDO A IDENTIFICAR - ALUCINOSE ORGÂNICA

Transtorno caracterizado por alucinações persistentes ou recorrentes, habitualmente visuais ou auditivas, na ausência de uma obnubilação da consciência, e que o sujeito pode ou não reconhecer c
omo tais. As alucinações podem dar origem a uma elaboração delirante, mas as idéias delirantes não estão no primeiro plano; a autocrítica pode estar preservada. Estado alucinatório orgânico (não-alcoólico). Alucinose alcoólica, Esquizofrenia.

ESTADO CATATÔNICO ORGÂNICO

Transtorno caracterizado por uma diminuição (estupor) ou um aumento (agitação) da atividade psicomotora e por sintomas catatônicos. Os dois pólos da perturbação psicomotora podem se alternar. Esquizofrenia catatônica, Estupor dissociativo.

TRANSTORNO DELIRANTE ORGÂNICO [tipo esquizofrênico]

Transtorno caracterizado pela presença dominante no quadro clínico de idéias delirantes persistentes ou recorrentes. As idéias delirantes podem ser acompanhadas de alucinações. Certas características sugestivas de esquizofrenia, tais como alucinações bizarras ou transtornos do pensamento, podem estar presentes.Estados paranóides e estados paranóides e alucinatórios de origem orgânica. Psicose de tipo esquizofrênico na epilepsia. Esquizofrenia. Transtornos delirantes persistentes, psicóticos, agudo e transitório, induzidos por drogas com quarto caractere comum.

TRASNTORNOS DO HUMOR [afetivos] orgânicos

Transtornos caracterizados por alteração do humor ou do afeto, habitualmente acompanhados de uma alteração do nível global da atividade, transtornos depressivos, hipomaníacos, maníacos ou bipolares, mas provocados por um transtorno orgânico.Transtornos do humor, não-orgânicos ou não especificados.

TRANSTORNOS DA ANSIEDADE ORGÂNICOS

Transtorno caracterizado pela presença das características descritivas essenciais de uma ansiedade generalizada, de um transtorno de pânico ou de uma combinação de ambas, mas provocada por um transtorno orgânico. Transtornos da ansiedade não-orgânicos ou não especificados.

TRANSTORNO DISSOCIATIVO ORGÂNICO

Transtorno caracterizado por uma perda parcial ou completa da integração normal entre as memórias do passado, a consciência da identidade e as sensações imediatas e o controle dos movimentos corpóreos, mas provocado por um transtorno orgânico. Transtornos dissociativos [de conversão], não-orgânicos ou não especificados.

TRANSTORNO DA LABILIDADE EMOCIONAL [astênico] orgânico

Transtorno caracterizado por uma incontinência ou labilidade emocional, uma fatigabilidade e por diversas sensações físicas desagradáveis (p.e. vertigens) e por dores, mas provocado por um transtorno orgânico. Transtornos somatoformes, não-orgânicos ou não especificados.


TRANSTORNO COGNITIVO LEVE

Transtorno caracterizado por uma alteração da memória, por dificuldades de aprendizado e por uma redução da capacidade de concentrar-se numa tarefa além de breves períodos. Ocorre freqüentemente uma forte sensação de fadiga mental quando tenta executar tarefas mentais e um aprendizado novo é percebido ser subjetivamente difícil mesmo se objetivamente bem realizado.

Nenhum desses sintomas é de tal gravidade que possa conduzir ao diagnóstico quer de demência quer de delirium. O transtorno pode preceder, acompanhar ou seguir-se a uma ampla variedade de infecções e de transtornos físicos, tanto cerebrais como sistêmicos, entretanto não havendo a necessidade de evidência direta de comprometimento cerebral.

O diagnóstico diferencial com a síndrome pós-encefalítica e com a síndrome pós-traumática é feita com base na sua etiologia diferente, na restrição maior da amplitude dos sintomas geralmente mais leves e freqüentemente na menor duração.

Fonte: Clínica Vera Cruz

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ALIMENTOS PARA A MEMÓRIA

ALIMENTOS PARA A MEMÓRIA - O CÉREBRO FUNCIONA A TODO VAPOR QUANDO SE CAPRICHA NA ESCOLHA DO CARDÁPIO - SAIBA O QUE COLOCAR NA MESA PARA DEIXAR SUA MEMÓRIA MAIS AFIADA.


OVO
Um mix de ingredientes nota 10


É a principal fonte de colina, que não só participa da formação de novos neurônios, como ajuda a reparar as células cerebrais avariadas. Fora isso, constitui a matéria-prima da acetilcolina, neurotransmissor fundamental para a memória e o aprendizado. "A colina favorece a função cognitiva e a melhora da depressão", informa a nutricionista Barbara Rescalli Sanches, da VP Consultoria Nutricional, em São Paulo. Comprovou-se, ainda, que esse micronutriente é tão importante quanto o ácido fólico para o desenvolvimento do sistema nervoso do feto. Uma gema tem cerca de 130 mg de colina.

Salmão, soja, fígado, germe de trigo e feijão trazem concentrações menores. Como se não bastasse, o ovo é fonte de proteína de alto valor biológico e ainda fornece diversas vitaminas do Complexo B, que facilitam a comunicação entre os neurônios.

PEIXE
Fama reconhecida
É verdade o que se ouve dizer.

O peixe alimenta o cérebro e a memória em particular. Ainda mais se for de águas frias, como salmão, sardinha, anchova, atum, arenque e cavala, por fornecerem ácidos graxos altamente benéficos, do tipo ômega 3, que tem reconhecida ação antiinflamatória. Um trabalho da Universidade Laval, no Canadá, demonstrou que eles protegem os neurônios contra os radicais livres, notórios destruidores de células. Nesse grupo de ácidos graxos destaca-se o DHA (ácido docosahexaenóico). Estudos populacionais conduzidos pela equipe de Ernst Schaefer, também do HNRCA, identificaram um risco 47% menor de desenvolver Alzheimer em indivíduos com taxas significativas de DHA por consumirem pelo menos uma porção de peixe por semana. Segundo o pesquisador, esse ácido graxo preserva as membranas dos neurônios, colaborando para a troca de informações entre eles.
Por fim, os peixes ainda fornecem a vitamina D, que contribui para a renovação dos neurônios.

MAÇÃ
Reforço para a memória

O velho ditado inglês - uma maçã por dia mantém o médico longe - se aplica também ao cérebro. Ela é uma das principais fontes de fisetina, composto que favorece o amadurecimento das células nervosas e estimula os mecanismos cerebrais associados à memória, segundo estudos efetuados por Pamela Mahler e equipe do Instituto Salk, nos EUA. Na Universidade de Massachusets Lowell, foram feitas experiências com o suco de maçã: cobaias que ingeriram o equivalente a três copos diários se saíram melhor em testes de memória. Outras frutas ricas do fitoquímico são morango, pêssego, kiwi e uva. Ele também é achado na cebola e no espinafre.

FRUTAS VERMELHAS

Festival de antioxidantes

A amora mostrou-se capaz de reverter déficits de memória associados à idade, segundo pesquisadores do The Peninsula College of Medicine and Dentistry, no sudoeste da Inglaterra. Já o grupo de James Joseph, do HNRCA, nos EUA, obteve resultado semelhante fornecendo extratos de blueberry (mirtilo) a animais de laboratório. A reversão dos danos cognitivos é atribuída à presença de flavonóides, que exercem efeitos benéficos na aprendizagem e na memória porque protegem os neurônios. A equipe elaborou um ranking com as frutas mais pródigas nesses antioxidantes. Em ordem decrescente, são elas: mirtilo, ameixa preta, amora, framboesa, morango, cereja, abacate e uvas vermelhas. No caso, o morango também contém outro antioxidante de ponta, a vitamina C, encontrada ainda nas frutas cítricas, como laranja, limão, acerola e kiwi.

BRÓCOLIS
Nutrientes essenciais

Vegetais de folhas verde-escuras , como brócolis e espinafre, são as principais fontes de ácido fólico, vitamina do complexo B necessária à formação do sistema nervoso do feto. Depois, participa de reações químicas que regulam a conexão entre as células nervosas e influenciam o desempenho cognitivo, esclarece a nutricionista Barbara Sanches. Traz, ainda, porções generosas de antioxidantes. Mas não é o único. O ranking de vegetais e nozes ricos nesses compostos benéficos inclui alcachofra, nozes, aspargos, beterraba e espinafre. Também não se pode esquecer a cenoura e as demais hortaliças alaranjadas, fontes de outro antioxidante, o betacaroteno. Já o tomate colabora com o licopeno, mais um composto químico capaz de deter os radicais livres.

CEREAIS INTEGRAIS
Seleto estoque de vitaminas

O principal mérito desses grãos (aveia, arroz integral, cevada) e massas à base de trigo integral é colaborar para que a troca de informações entre os neurônios ocorra sem sobressaltos, o que auxilia também a memória, explica Barbara Sanches. Isso acontece por serem ricos em vitaminas do complexo B, notadamente ácido fólico e vitamina B6. Outras fontes importantes de vitaminas desse grupo são carnes, peixes, leite e derivados, soja, feijão, nozes e sementes.

AZEITE DE OLIVA
Gordura do bem

É uma escolha importante para quem pretende fortalecer a memória, recomenda a nutricionista Maria Claudia Ortolani, do Grupo de Nutrição Humana (Ganep), de São Paulo. Vários motivos contam pontos a favor do azeite. Ele é rico em ácidos graxos monoinsaturados, que integram a membrana das células nervosas e aceleram a transmissão de informação entre elas. Outras fontes são o óleo de canola e a linhaça. Para completar, o azeite extravirgem ainda fornece dois antioxidantes, que exercem efeito neuroprotetor: os polifenóis e a vitamina E (disponível também em outros óleos vegetais, como o de girassol, amendoim e milho, além do abacate e das nozes).

Importante é equilibrar

Antes de se empolgar com as últimas descobertas, saiba que não adianta exagerar no consumo de um alimento e descuidar dos demais, fazendo refeições mal planejadas. Mesmo porque todos os nutrientes têm seu valor para o cérebro. Os carboidratos trazem a glicose, principal combustível para a atividade desse órgão nobre. As proteínas fornecem a matéria-prima para a produção de neurotransmissores, mensageiros químicos que transmitem informações entre os neurônios. E as gorduras entram na composição das membranas celulares, o que diz respeito também aos neurônios. E, além dos antioxidantes e vitaminas já citados, uma boa alimentação fornece minerais úteis ao sistema nervoso, como o ferro (encontrado nas carnes e leguminosas), que leva oxigênio à massa cinzenta, e o zinco, que evita a degradação e o envelhecimento dos neurônios (as fontes são carne, frango, peixe, cereais integrais, feijão, soja e lentilha). 

"O segredo é seguir uma dieta completa e equilibrada, que forneça todos os nutrientes necessários à saúde, pois, assim, não só a memória, mas todo o organismo consegue funcionar adequadamente", ensina Barbara Sanches.

21 de ago. de 2012

A LUTA CONTRA O RELÓGIO

O ALZHEIMER E A LUTA CONTRA O RELÓGIO



Pesquisas sobre diagnóstico e estimativas de risco de ocorrência avançam para tentar conter a doença, que em 2050 deve atingir 115 milhões de pessoas

A doença de Alzheimer tem se expandido com velocidade alarmante no mundo, mas ainda intriga cientistas. Segundo a Associação Internacional da Doença de Alzheimer (ADI), 35,6 milhões de pessoas convivem com a enfermidade, segundo dados de 2010. A estimativa é que este número praticamente dobre a cada 20 anos, chegando a 65,7 milhões em 2030; e a 115,4 milhões, em 2050. Mas como se trata de uma enfermidade até agora incurável e cuja causa ainda é desconhecida, pesquisadores de todo o mundo se debruçam em formas de, ao menos, facilitar o diagnóstico e de apontar seus riscos de ocorrência.

Publicado este mês no periódico “Neurology”, um estudo de três universidades americanas — Emory, da Pensilvânia e de Washington — deu mais um passo no intuito de desenvolver um teste de sangue para identificar o Alzheimer, que atualmente é diagnosticado clinicamente ou por meio de análise cerebral. Na pesquisa, foram medidos os níveis de 190 proteínas contidas no sangue de 600 voluntários: pessoas saudáveis, com diagnóstico de Alzheimer ou de Comprometimento Cognitivo Leve (MCI, na sigla em inglês) — que pode ser um estágio anterior do Alzheimer e que já aponta para o declínio das habilidades cognitivas. Os testes mostraram que os níveis de quatro proteínas (apolipoproteína E, peptídeo natriurético do tipo B, proteína C reativa e polipeptídeo pancreático) eram destoantes nos pacientes com MCI e Alzheimer, se comparados com os mesmos níveis em voluntários saudáveis.

— Apesar de os testes de sangue ainda não estarem prontos para serem colocados em prática, agora nós já identificamos formas de torná-los viáveis — afirmou o autor principal do trabalho, William Hu, professor assistente de Neurologia na Universidade de Medicina de Emory, na Geórgia, EUA.
Alzheimer custa US$ 604 bilhões por ano
Outra pesquisa, divulgada em julho durante a conferência internacional da ADI, mostrou que cientistas do Brigham and Women's Hospital, de Boston, nos EUA, já estão oferecendo um teste genético preliminar para estimar os riscos de Alzheimer em pessoas diagnosticadas com o MCI. Eles acompanharão estes pacientes por seis meses, e novos resultados devem ser divulgados no final deste ano.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou um comunicado cobrando que governos e formuladores de políticas públicas considerem a doença uma prioridade mundial no âmbito da saúde pública. Segundo o relatório, os custos estimados com ela são de US$ 604 bilhões por ano no mundo. Hoje, apenas oito dos 194 Estados membros da OMS têm um plano nacional de combate à demência em execução.

O Alzheimer é o principal tipo de demência, ou seja, doença degenerativa que afeta os neurônios. Há, no entanto, outras formas comuns de demência que afetam a população, como a vascular (devido a acidentes vasculares cerebrais) e a de corpos de Lewy (estrutura anormais de proteínas em certas partes do cérebro). Há ainda infecções que podem afetar o cérebro, como Aids e doença de Lyme (causada por bactéria transmitida pelo carrapato). A Esclerose Múltipla, as doenças de Huntington (disfunção cerebral hereditária) e de Pick (neurodegenerativa rara) e de Parkinson também podem acabar levando à demência.

Fonte: Jornal O Globo /Saúde

Pesquisa aponta...

Pesquisa aponta o baixo estímulo cognitivo como principal fator de risco para a Doença de Alzheimer

Um estudo divulgado na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer (Paris) e publicado pelo periódico Lancet Neurology aponta que
metade dos casos de Doença de Alzheimer no mundo pode ser atribuída a sete diferentes fatores de risco:

1) tabagismo; 2) sedentarismo; 3) baixo estímulo cognitivo; 4) hipertensão arterial; 5) diabetes; 6) obesidade; 7) Depressão. A pesquisa ainda demonstrou que o fator que tem maior associação com a doença é o baixo estímulo cognitivo ao longo da vida seguido pelo tabagismo e sedentarismo. 

Calcula-se que 15% da população mundial nunca frequentaram a escola e outros 25% não passaram do ensino fundamental. No Brasil, o analfabetismo está na ordem de 10%, mas na região nordeste esse índice chega a quase 20%. É bom lembrar que um baixo estímulo cognitivo anda de mãos dadas com a pobreza e afetam o cérebro de forma bem precoce.

A pobreza é reconhecida como um dos principais fatores que contribuem para o número de pessoas com retardo mental ao redor o mundo. Em países desenvolvidos, a prevalência de retardo mental situa-se em torno de 3-5 / 1000 indivíduos, enquanto em países pobres encontramos uma prevalência que chega a ser cinco vezes maior. Estima-se que cerca de 200 milhões de crianças menores de cinco anos em países subdesenvolvidos não atingem seu pleno potencial de desenvolvimento cognitivo devido a condições associadas à pobreza que por sua vez está por trás de dois dos principais fatores de risco para o retardo mental: deficiência nutricional e de estímulo cerebral.

Uma revisão sobre o assunto publicada pela Academia Americana de Neurologia intitula o problema como UMA EPIDEMIA NEUROLÓGICA ESCONDIDA. Do ponto de vista de saúde pública, a pobreza tem um impacto sobre o estado neurológico muito maior que a grande maioria das doenças neurológicas com suas organizadas sociedades médicas e associações de pacientes, e com seus medicamentos que movem o business da saúde.

Atacar de frente a pobreza vai além da questão de humanismo, de direitos humanos. O Banco Mundial reconhece que dentre todas as intervenções em saúde, o controle da desnutrição pode ser considerada a que apresenta melhor custo-benefício. E os primeiros anos de vida de uma criança são os mais vulneráveis para o cérebro, começando a contar desde o primeiro dia da concepção, na barriga da mãe. A mãe precisa comer bem! Todo mundo tem que comer bem. E uma coisa puxa a outra. Crianças desnutridas têm menor chance de chegar à escola, e quando chegam têm maior chance de evasão.

Fonte:Blog Consciência no dia a dia 
Dr. Ricardo Teixeira

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