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26 de jul. de 2012

Especialista destaca

Especialista destaca pioneirismo e vocação do Iamspe no tratamento de idosos (Dr. Alexandre Kalache)

Ter, 03 de Julho de 2012


Alexandre Kalache diz que Instituto deve ser modelo pioneiro no acolhimento à terceira idade

A população brasileira está envelhecendo em tempo recorde. Em 17 anos, os idosos passarão de 11% para 22% da população brasileira, mas a sociedade ainda não está preparada para vivenciar essa realidade. E o Iamspe, criador do primeiro serviço de gerontologia reconhecido no país, é uma instituição chave na formação de futuros médicos, nutricionistas, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde preparados para acolher e tratar pacientes idosos.

A avaliação foi feita pelo especialista em saúde pública Alexandre Kalache durante o Programa Tribuna Independente, da Rede Vida, que foi ao ar na última segunda-feira, dia 2 de julho, e contou com a participação do superintendente do Iamspe, Latif Abrão Junior.

“Temos de criar modelos e a grande vocação do Iamspe é ser um modelo pioneiro”, acrescentou Kalache, lembrando que o Instituto atende majoritariamente a população idosa.

Coordenador do Programa de Envelhecimento da Organização Mundial de Saúde, Kalache participou em 2011 do Congresso Internacional do Iamspe “A Saúde do Idoso”, quando lançou a ideia de tornar São Paulo o primeiro Estado Amigo do Idoso. A ideia, abraçada pelo governador Geraldo Alckmin, se materializou em maio deste ano com o lançamento do Programa São Paulo Amigo do Idoso.

Kalache observou que os estudantes de Medicina continuam recebendo hoje a mesma formação que ele teve 40 anos atrás. “Durante todo o meu curso, nunca ouvi a palavra geriatria”, lembrou. Mas o desafio não é formar geriatras. “O estudante de Medicina que se forma daqui a três anos terá 40 anos de atividade profissional e precisará aprender mais não só sobre geriatria, mas anatomia, fisiologia, interação do medicamento.”

“A velocidade do envelhecimento da população é extraordinária”, comentou, lembrando que é importante ouvir os idosos antes de criar soluções que venham de cima para baixo. “O idoso é quem viveu e sabe quais são as dificuldades de envelhecer”, salientou Kalache.

É preciso criar soluções para a população com mais de 60 anos:

Uma das ações do programa São Paulo Amigo do Idoso é sensibilizar os municípios para a criação de conselhos locais do idoso, capazes de propor soluções atentas à qualidade de vida e à cidadania da população com mais de 60 anos.

Kalache lembrou sua experiência em Nova Iorque, onde o programa de envelhecimento ativo conseguiu a instalação de mais bancos para descanso e mais abrigos para esperar o ônibus. O especialista lembrou que adaptar o ambiente físico às dificuldades do idoso é até fácil. “O difícil é mudar a cultura das pessoas”, observou, lembrando que prevalece a ideia de que o Brasil é um país de jovens.

Na entrevista, Kalache citou quatro fatores fundamentais para o sucesso de um programa de envelhecimento ativo promovido pelo governo: melhorar a saúde, oferecer educação continuada (para que o idoso desenvolva novas habilidades e possa continuar ativo na sociedade), a participação do idoso na sociedade e, na falta destas três, um sistema de proteção para atender as pessoas que não estão envelhecendo bem.


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