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29 de jul. de 2012

CINCO PROPOSTAS

CONFIRA CINCO PROPOSTAS PARA AS CIDADES SE PREPARAREM PARA O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO


Gestores públicos e profissionais ligados a cada setor comentam as sugestões
Bibiana Graeff e Maria Luisa Bestetti listaram cinco propostas para as cidades se prepararem para o envelhecimento da população nas próximas décadas. Gestores públicos e profissionais ligados a cada assunto comentam as sugestões, apresentando a situação atual e as providências que ainda precisam ser tomadas.
Maria Luisa Bestetti, doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP), é especialista em gerontologia ambiental. Bibiana Graeff é doutora em Direito pela Université Paris Panthéon-Sorbone e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ministra a disciplina de Direitos Humanos e Envelhecimento no curso de Gerontologia da USP.

PROPOSTA

1. Incluir lições de gerontologia nas escolas
Inserir conteúdos de gerontologia no ensino fundamental das escolas públicas e privadas, esclarecendo as características do ciclo de vida e os efeitos naturais do envelhecimento ajudaria a reduzir os preconceitos e os mitos sobre a velhice. 
— Abordando esses temas na infância, formaremos cidadãos mais conscientes sobre os direitos e deveres de todos, respeitando limites e diferenças — considera Maria Luisa.

2. Fortalecer os conselhos municipais e estaduais do idoso
Para Maria Luisa, estabelecer um programa de capacitação em gerontologia para funcionários públicos transformaria os relacionamentos entre Estado e cidadãos, melhorando inclusive a produtividade dos funcionários por tomarem consciência da necessidade de prevenção quando se deseja qualidade de vida. 
A proposta é reforçada por Bibiana, que sugere implementar, capacitar e fortalecer, com recursos humanos e materiais, os conselhos municipais e estaduais do idoso, para que possam, em articulação com outras entidades, como o Ministério Público, exercer efetivo controle sobre as políticas públicas de interesse para o idoso.

3. Criar meios para substituir os cuidadores originais
A longo prazo, há necessidade de criar equipamentos de apoio social que suportem as necessidades de idosos com dependências, seja no seu cuidado diário seja na necessária atenção ao lazer, cultura e convivência social. 
— Os cuidadores originais estão diminuindo, pois as pessoas têm menos filhos ou estão comprometidas com carreiras profissionais, o que acarreta a necessária oferta de alternativas que poderão, inclusive, reduzir custos desnecessários com atendimentos emergenciais em saúde e conflitos intergeracionais, resultando em garantia de justiça social — observa Maria Luisa.
Nesse sentido, Bibiana destaca que é importante não apenas regulamentar a profissão de cuidador de idoso, mas igualmente estimular a necessária especialização de profissionais em gerontologia.

4. Investir em acessibilidade urbana
Nas cidades, os semáforos são normalmente regulados para atender a uma velocidade de passo de 1,2m/s e a velocidade média da caminhada de um idoso é de 0,4m/s, aponta Maria Luisa. Outro exemplo de adequação urbana citado pela pesquisadora é equipar pontos de ônibus com assentos adequados para atender a um público com diminuição da mobilidade e da força física devido ao avanço da idade. Orientação visual, tátil e sonora também são elementos importantes por causa da baixa acuidade visual e auditiva características da velhice.
— É preciso garantir uma melhor circulação nos espaços públicos e privados, através do incremento e da melhoria dos transportes públicos, e da implementação do desenho universal para garantir a acessibilidade — concorda Bibiana. 

5. Pensar arranjos habitacionais para o envelhecimento
Bibiana destaca a necessidade de garantir a moradia digna para todos, pensando em arranjos habitacionais que garantam a convivência e a solidariedade intergeracional, e aportando melhorias para as habitações precárias, especialmente em matéria de saneamento básico. Trabalhadores assalariados que necessitam sobreviver com uma aposentadoria restrita, deveriam ter escolhas para moradias mais racionais e adequadas aos seus orçamentos. 
— Moradias assistidas para idosos, que não se pareçam com os antigos asilos como ainda encontramos frequentemente, devem ser propostas para as diversas classes sociais — defende Maria Luisa.
 
Fonte: Zero Hora

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