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REDAÇÃO ÉPOCA
12/07/2012
Alzheimer pode ser detectado 25 anos antes do aparecimento de sintomas, diz estudo
Cientistas americanos analisaram as mudanças que sofre o corpo de um portador da doença décadas antes de se tornar sintomática
Cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, descobriram que o Alzheimer começa a se desenvolver no corpo humano cerca de 25 anos antes de os primeiros sintomas aparecerem. Assim, eles conseguiram pensar em uma forma de detectar a doença no indivíduo muito antes de ela se manifestar.
O estudo, publicado nesta quarta-feira (11) no periódico New England Journal of Medicine, selecionou 129 pessoas com predisposição genética para desenvolver a doença. Os participantes tinham 50% de chance de herdar um dos três genes conhecidos pela ciência por provocar o Alzheimer.
Os cientistas analisaram o progresso desses pacientes por meio de exames de sangue, de líquor – um fluido presente no cérebro –, de processos que fazem imagens cerebrais, além de testes de habilidades mentais e cognitivas. Eles estudaram ainda detalhes do desenvolvimento da doença nos pais dos participantes, como a idade em que ela começou a aparecer.
A partir disso, os pesquisadores desenvolveram uma lista de mudanças no corpo que levam à perda de memória e podem estar associadas à doença. Uma dessas alterações é a queda no nível de uma proteína conhecida como amilóide, que pode ser detectada no líquor até 25 anos antes de o Alzheimer se tornar sintomático.
Já 15 anos antes do início da doença, aglomerados de uma outra proteína, chamada beta-amilóide, se tornam visíveis em imagens do cérebro. Diferentes análises mostraram ainda o encolhimento de algumas estruturas do cérebro, além do aumento no nível de uma proteína tóxica chamada tau no líquor.
Agora, os pesquisadores planejam usar as informações do estudo para testar medicamentos em pacientes que apresentam estas alterações no corpo, o que indica que podem chegar a desenvolver o Alzheimer, antes mesmo do aparecimento dos sintomas.
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