"A FALTA DE ATENÇÃO E CONCENTRAÇÃO TEM UM EFEITO DIRETO SOBRE A CAPACIDADE DE LEMBRAR"
Ingerir água ajuda a melhorar memória, concentração e atenção.
por Marta Relvas
Situações vividas no dia a dia como:
Onde deixei meus óculos?
Esqueci de comprar o pó de café...
Como é o nome daquela pessoa...
Esqueci de responder a pergunta tal...
Uma questão não se discute quanto se fala de memória. A memória tem tudo a ver com atenção, concentração e interesse; por conseguinte, com a sobrevivência da espécie humana.
Qual seria então a diferença entre atenção e concentração?
Muitos acreditam que sejam as mesmas coisas. Você pode até não saber a diferença entre uma e outra, mas, com certeza, você deve conhecer a sensação da "ausência momentânea" da memória, que faz surgir pensamentos do tipo: "Não me lembro de ter ouvido o professor falar sobre isso". Ou, ainda, enquanto estuda, percebe que seu pensamento viaja para bem longe do assunto no qual deveria prestar a atenção. Parece que uma força estranha e invisível "sequestra sua mente" no momento em que você mais precisa.
Segundo o psicólogo e neuropsiquiatra Alexander Romanovich Luria, que estudou as relações entre o sistema nervoso e o comportamento humano, concentração é a condição responsável em extrair os elementos essenciais para a atividade mental a que vincula a seletividade do processo mental. A atenção funciona como filtro da percepção. Ela é uma função cognitiva básica. Quando ela está comprometida, todas as outras funções decorrentes dela funcionam precariamente.
E um bom exemplo é o que ocorre com a memória. A falta de atenção e concentração tem um efeito direto sobre a capacidade de lembrar.
Então... Como nosso cérebro decora ou memoriza informações importantes?
A Memória é uma faculdade mental que forma a base do conhecimento humano, está envolvida com a nossa orientação no tempo e espaço, e nossas habilidades intelectuais e mecânicas de procedimentos.
É a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações disponíveis, seja internamente, no cérebro (memória biológica), seja externamente em dispositivos artificiais (memória artificial).
Os registros são fundamentais para a continuidade das nossas histórias, e nem sempre conseguimos arquivá-los na mente, já que nosso cérebro é seletivo e focado em determinados interesses nesse mundo de muitas informações. Por isso, existe a necessidade do humano estender a sua memória, utilizando ferramentas externas dos aparatos cerebrais.
Quem nunca utilizou recursos para lembrar fatos, eventos, datas de aniversários e até mesmo conteúdos escolares? Ufa! Que bom que existem ferramentas extensivas de memórias fora do cérebro!
Como, por exemplo, a memória do celular, caderninho de telefone, diários, dentre outras que nos salvam no momento de sufoco, pois, caso contrário, estaríamos fadados aos insucessos pessoais e sociais ao não registrarmos o que é importante para o nosso dia a dia.
Como afirmo em minhas pesquisas sobre cognição humana: "Um homem sem memória é um homem sem história". Relvas, 2009, pág 18.
Quatro dicas para melhorar a qualidade da memória, atenção e concentração:
1ª) Ingerir água, ela aumenta a limpeza do organismo, promovendo as trocas iônicas das células neurônios e as células sanguíneas. O consumo varia de pessoa para pessoa, pois o excesso de água elimina potássio e a falta de água aumenta a produção de oxalatos. No entanto, os nutricionistas funcionais recomendam consumir aproximadamente dois litros de água por dia (cerca de oito copos) para poder usufruir de seus benefícios à saúde.
2ª) Tente manter um sono em ambiente arejado, limpo e de preferência sem ruídos externos. Lembrando que não é a quantidade de horas dormidas e sim a qualidade dessas horas.
3ª) Realizar exercícios de relaxamentos auxilia bastante, pois é uma prática psicossomática que ajuda a aliviar as tensões físicas e adquirir um equilíbrio mental.
4ª) Jogos de erros, além de desenvolver o hábito de observar os detalhes em gráficos, imagens, fotos, lugares, etc.
Todos esses exercícios não lhe exigem muito tempo para a execução, mas exigem continuidade dos atos.
Fonte: Neurociências e Aprendizagem
Postado por Daisi Oliveira de Souza
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