ONDE ENCONTRAR:

C O N T A T O : CLAUDIOCALDASFARIA@GMAIL.COM CLAUDIOKALDAS@GMAIL.COM

30 de abr. de 2013

O DIABETES CONTROLA AS EMOÇÕES



Muitas pessoas sabem que o diabetes - tipo 1 e tipo 2 – pode prejudicar sobremaneira a saúde física. Mas essas variações do nível de açúcar no sangue também afetam suas emoções e, por sua vez, as suas emoções podem causar estragos em seu controle da diabetes .

Níveis extremos de glicose no sangue podem causar alterações de humor significativas, e nova pesquisa sugere que mudanças freqüentes dos níveis de açúcar no sangue (chamado variabilidade glicêmica) também podem afetar o humor e a qualidade de vida daqueles que convivem com a diabetes.

A depressão tem sido costumeiramente ligada a diabetes, especialmente a do tipo 2. Não está ainda claro, no entanto, se a depressão provoca diabetes de alguma forma ou se ter diabetes leva a ficar deprimido .
Uma pesquisa mais recente em pessoas com diabetes tipo 1 descobriu que longos períodos de altos níveis de açúcar no sangue podem desencadear a produção de um hormônio ligado ao desenvolvimento da depressão. 

* Preocupar-se com diabetes é desgastante

Pessoas com diabetes tipo 1 não podem produzir sua própria insulina e as pessoas com diabetes tipo 2 necessitam de tratamento de insulina, pois seus corpos já não podem produzi-lo em quantidades suficientes.

“Ter Diabetes é ter tanta coisa com que se preocupar, e isso é cansativo. Pode fazer você se sentir impotente”, disse Joe Solowiejczyk, educador e gerente de aconselhamento sobre diabetes na Johnson & Johnson Diabetes Institute, em Milpitas, Califórnia. ” Eu acho que é importante reconhecer que, de tempos em tempos, você vai ter um colapso. Você vai ter dias em que se sentirá irritado, frustrado, triste, negativo e fisicamente exausto. “
Solowiejczyk, que tem diabetes tipo 1, disse que esses sentimentos se tornam um problema “quando você não é capaz de controlar sua própria vida, quando não está monitorando persistentemente do seu diabetes.”
Não só a diabetes aumenta o risco de complicações de saúde graves como quando não controlada também pode agravar a depressão, causando um ciclo vicioso. 


* Diabetes afeta o humor

Além de um aumento do risco de depressão, o diabetes pode afetar o humor mesmo de um minuto para o outro. Por exemplo, alguém que experiencia uma baixa taxa de açúcar no sangue pode de repente tornar-se irritado, pouco combativo, podendo agir como se estivesse bêbado.

Baixos níveis de açúcar (também conhecido como hipoglicemia) ocorre quando alguém toma muita insulina ou não come alimento suficiente. Álcool, exercícios e muitos outros fatores podem reduzir os níveis de açúcar no sangue de forma imprevisível.
O problema, diz Solowiejczyk , é “que o cérebro opera totalmente com a glicose. Quando você não tem glicose suficiente, as coisas começam a se embaralhar e sua função cognitiva não funciona muito bem. Este problema é absolutamente fisiológico e nada tem a ver como sendo uma resposta emocional . “

Dr. Vivian Fonseca, presidente de medicina e ciência para a American Diabetes Association, disse, “reações de hipoglicemia são muito incompreendidas. Há também algumas variações que não são bem na faixa de hipoglicemia, mas que podem afetar os níveis de ansiedade.”
Elevados níveis de açúcar no sangue (hiperglicemia) também podem levar a alterações de humor. “A hiperglicemia pode afetar sua capacidade de concentração e pode fazer você se sentir mal humorado”, disse Solowiejczyk. “Qualquer alteração do nível de açúcar no sangue fora dos padrões de normalidade, faz você se sentir estranho e desconfortável.” 

* Baixa qualidade de vida em mulheres

Um pequeno estudo na revista Diabetes Technology & Therapeutics concluiu que as flutuações freqüentes nos níveis de açúcar do sangue em mulheres com diabetes tipo 2 estão associadas a uma menor qualidade de vida e estados de espírito negativo.
Fonseca disse, no entanto, ser importante estes resultados serem replicados em uma população maior.
Embora os níveis de diabetes e de açúcar no sangue afetem as emoções, as emoções também podem afetar os pacientes, os níveis de açúcar no sangue e o controle de diabetes.

Em outro estudo na mesma edição do jornal, pesquisadores testaram os níveis de açúcar no sangue em saltadores não-diabéticos de bungee jump, e descobriu que o estresse do salto acarreta um aumento significativo de seus níveis de açúcar no sangue. Não surpreendentemente, seus hormônios de estresse também foram maiores devido à resposta de luta ou fuga normal do organismo. Quando isso acontece, o fígado libera glicose para produzir energia disponível para as células do corpo, segundo a Associação Americana de Diabetes.

Pessoas com diabetes não tem insulina suficiente para permitir que a glicose se dissipe para as células do corpo, assim em vez de fornecer energia, o açúcar apenas se acumula no sangue.

Outro campo minado emocional freqüentemente associado com diabetes tipo 2 é o conceito de culpa. A maioria das pessoas com diabetes tipo 2 estão acima do peso, e muitos são sedentários. Sendo que o excesso de peso unicamente, no entanto, não causa a diabetes tipo 2. Há outros fatores, como predisposição genética, entre outros. Mas porque o exercício e perda de peso pode ajudar a prevenir – ou, em alguns casos, reverter – o diabetes tipo 2, a sociedade muitas vezes culpa as pessoas com a doença. (Diabetes tipo 1 é uma doença auto-imune que não é causado por dieta ou falta de exercício.)

“Acho que há um preconceito contra pessoas obesas e pessoas com diabetes tipo 2, e isso é algo com que eles têm de lidar”, Solowiejczyk observou. 

“Diabetes é difícil” 

O que é importante, segundo ele, é que se você está constantemente tendo problemas para lidar com qualquer uma das emoções que vêm com o diabetes, você necessita falar com o seu educador, médico ou terapeuta.

“Você deve estar se sentindo mal ou ressentido ou irritado algumas vezes”, disse ele. “Diabetes é difícil, e todos esses sentimentos vêm junto com a doença. Mas se você é [irritado] e está com raiva ou se você está triste o tempo todo, você não vai cuidar de si mesmo.”
O mesmo conselho vale para os parceiros de pessoas com diabetes e os pais de crianças com diabetes, disse ele.

Fonte: Associação Americana de Diabetes


Postado por Daisi Oliveira de Souza



3a IDADE - ALIMENTAÇÃO

Alimentação na 3ª idade – Dicas para promover a qualidade de vida de nossos queridos idosos

Envelhecer numa Sociedade como a nossa, em que a beleza estética e o vigor físico são super valorizados, é um processo sofrido. Convencionou-se que a 3ª idade começa aos 65 anos, mas existem fatores que podem influenciar no processo de envelhecimento, entre eles a alimentação.

Portanto a alimentação consciente é importante em qualquer idade, mas no caso do idoso é fundamental tomar medidas quanto ao tipo de alimento a ser oferecido e também desenvolver ações que garantam seu bem estar. Uma relação baseada em carinho reflete numa boa qualidade de Vida, perceber suas carências, seus medos, suas necessidades.

Ter companhia na hora das refeições contribui para que haja mais cuidado com o tipo de alimento consumido e que o idoso se alimente de maneira adequada tanto em qualidade, quanto em quantidade. Sentar-se à mesa confortavelmente, em companhia de outras pessoas, sejam elas da família, amigos ou cuidador, proporciona prazer, abre o apetite, massageia a auto-estima. Claro que com essa vida agitada que levamos nem sempre conseguimos manter esse vínculo em todas as refeições do dia. Mas podemos reservar alguns horários onde todos, ou a maioria da família esteja reunida, incluindo nosso idoso no convívio familiar. Ele se sentirá prestigiado, querido e útil.

* Alimentação Saudável para pessoas idosas

Esse cardápio além de saudável deve ser atrativo. Precisa despertar a vontade de comer. Conseguimos isso variando a maneira de servir os alimentos, brincando com texturas, cores, sabores, evitando a monotonia alimentar.

A mesa deve estar posta de maneira bonita, mas simplificada, criando contrastes entre talheres, prato e toalha, facilitando a identificação dos utensílios. Dar autonomia ao idoso é importante, principalmente se houver limitação de visão ou na coordenação motora.

O sal geralmente passa a ter seu uso reduzido. Para não deixar a comida insípida, sem gosto, podemos abusar de outros temperos mais saudáveis como o cheiro verde, a cebola, o alho e as ervas aromáticas, criando novos sabores, despertando sensações.

São necessárias 5 refeições ao dia:café da manhã, almoço, jantar mais 2 lanches. Escolha alimentos saudáveis, dê preferência aos Orgânicos e não industrializados. Os alimentos devem ser cortados em pedaços menores e se houver dificuldade de mastigação, picar, ralar, amassar, desfiar ou bater no liquidificador. Para cozinhar, azeite extra virgem, no caso do óleo, prefira o de girassol, não sujeito às sementes transgênicas.

Frutas, legumes e verduras são ricos em vitaminas, minerais e fibras, portanto devem ser a base de todas as refeições e lanches, evitando com isso, entre outras coisas a prisão de ventre. Valorize o sabor natural dos alimentos e das bebidas evitando ou reduzindo o açúcar.

Prefira bolos, pães e biscoitos preparados em casa, que são ótimas opções para lanches. Caso não seja possível leia sempre os rótulos: escolha os tipos e as marcas com menores quantidades de aditivos químicos, gordura total, gordura saturada, gordura trans e sódio. Atenção: biscoitos de água ou cream crackers parecem inofensivos, mas são ricos em sódio e gordura vegetal.

O idoso precisa ser avisado sobre a necessidade de se hidratar. Tomar líquidos devagar, gole por gole, seja água, sucos ou vitaminas. Devemos lembrá-los que isso faz bem ao organismo facilitando o funcionamento dos intestinos e a hidratação do corpo como um todo. Facilitar o acesso ao filtro é um fator importante. No caso de sucos prefira os feitos na hora ou orgânicos.
T
orne sua vida mais saudável, caminhar, dançar, brincar com as crianças, fazer alguns exercícios leves, tomar sol pela manhã, e muita, muita conversa. Peça que ele conte coisas, comente sobre o que acontece no Mundo, relembre, dê atividade ao seu cérebro. Tudo isso é Vida.

Um mingau é uma boa alternativa para o café da manhã ou lanche da tarde, pois alimenta e têm nutrientes. Mas nada sem graça, incremente com frutas secas como ameixas, passas, damascos, mel, geléia e não esqueça uma canelinha para aquecer o coração.

Fonte: Alimento Puro


Postado por Daisi Oliveira de Souza



29 de abr. de 2013

DEMÊNCIAS FRONTOTEMPORAIS



Dr Drauzio Varella - Entrevista 



Sergio Ricardo Hototian é médico psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, especializado em geriatria. 

Entrevista revista e atualizada pelo entrevistado em março/2013

Em medicina, o termo demência tem significado bem diferente daquele entendido pelos leigos, que confundem demência com loucura. Sob o ponto de vista médico, as demências compreendem um número grande de enfermidades incuráveis que apresentam certas características comuns entre si, mas com peculiaridades distintas umas das outras. Provas disso são a doença de Alzheimer, a demência vascular e dos corpúsculos de Lewy, as doenças de Pick, de Huntigton e de Creutzfeldt-Jakob e a demência frontotemporal (DFT), quase todas com etiologia e tratamento específicos.

A demência frontotemporal, em particular, é uma doença de início insidioso e progressão lenta que, em geral, acomete pessoas acima de 50 anos, mais as mulheres do que os homens, e cujos sintomas, muitas vezes, não são valorizados pela família. O primeiro sinal, geralmente, é uma crise de depressão tardia, seguida de distúrbios comportamentais, tais como desinibição, negligência com os cuidados pessoais e de higiene, desatenção, agressividade, além de distúrbios cognitivos (comprometimento da memória), rigidez mental, hiperoralidade, labilidade emocional e alterações da fala.
Como o número de idosos aumenta na maioria dos países, inclusive no Brasil, a demência frontotemporal está se tornando mais frequente. O diagnóstico é predominantemente clínico e leva em conta as alterações de comportamento e personalidade do idoso.

CARACTERÍSTICAS
Drauzio – Quais são as principais características da demência frontotemporal?

Sérgio Hototian – A demência frontotemporal é uma doença que abrange de 5% a 10% dos casos de síndromes demenciais. A prevalência é maior no sexo feminino, na minha opinião, porque as mulheres vivem mais do que os homens.
Assim como a doença de Alzheimer e as demências vasculares, a DFT é uma enfermidade frequente e importante, mas seus sintomas podem passar despercebidos.

O primeiro sinal da doença é a mudança de comportamento no que se refere à resolução de problemas do dia a dia com tendência à impulsividade. Começa a chamar a atenção da família a grande dificuldade que a pessoa mais velha demonstra diante de problemas já conhecidos e as formas incoerentes de solução que encontra, muitas vezes, na base da força.

Drauzio – Em geral, a DFT atinge pessoas em que faixa de idade?

Sergio Hototian – Geralmente, a partir dos 50 anos, e a evolução pode oscilar de dois a vinte anos. No início, a principal característica é a mudança da personalidade.

Drauzio – Você disse que a demência frontotemporal é caracterizada por mudanças de comportamento e por alterações na forma de resolver os problemas do cotidiano. Disse também que as pessoas com a doença tendem a tomar atitudes impulsivas. Você poderia dar um exemplo prático do que acontece com elas? 

Sergio Hototian – Por exemplo: pacientes com alta escolaridade e que dirigem há muitos anos, de repente, começam a bater o carro com frequência, não conseguem estacionar o veículo numa vaga e se atrapalham até para sair da garage de casa. Ficam desatentos e se descuidam de observar os sinais de trânsito e os semáforos.
Geralmente, as síndromes frontotemporais passam despercebidas. Prefiro chamar de síndromes, porque grande parte dos sinais e sintomas se instala antes de surgir o distúrbio da memória, que só fica evidente na fase final da doença.

ALTERAÇÕES DO COMPORTAMENTO

Drauzio – Quais são as mudanças comportamentais que caracterizam o comprometimento frontal?

Sergio Hototian – Alterações da atenção, irritabilidade, perda da inibição, do controle social e da crítica sobre determinadas regras, além de oscilações de humor. As reações de alegria ou tristeza são desproporcionais ao estímulo. Por exemplo, a pessoa fica extremamente triste ao assistir a um filme ou ao tomar conhecimento de uma notícia ruim, mas ninguém ao redor atribui importância ao fato.

Nos casos mais graves, a síndrome frontotemporal promove um distúrbio que afeta a convivência ética do paciente, que pode desenvolver uma espécie de sadismo. Nos casos moderados, merece destaque a desatenção, o desleixo, a negligência com os cuidados pessoais e a perda de contato com os limites estabelecidos.

RECONHECIMENTO DOS SINTOMAS

Drauzio - Imagine uma pessoa de 60, 65 anos que entra num quadro depressivo – depressão é uma doença grave – faz tratamento e evolui com um comportamento um pouco estranho, age de forma inusitada, está mais irritada, distraída e desatenta. Esses são sintomas muito vagos. Como a família pode perceber as alterações que indicam a necessidade de encaminhar essa pessoa para assistência psiquiátrica?

Sergio Hototian – Por serem sintomas muito difíceis de observar e considerados normais, inadequadamente normais para a idade, não é raro as pessoas próximas deixarem de lhes atribuir a devida importância. Acham que, com a idade, o idoso ficou mais irritadiço por querer viver com mais privacidade. Isso explica ter assumido uma atitude de isolamento, mas todos o consideram absolutamente normal até que começa a acumular lixo em casa com o pretexto de que pode precisar daquelas coisas um dia.

Esse sintoma é conhecido como síndrome de Diógenes, que se manifesta em pessoas acima dos 50 anos. Elas deixam também de preocupar-se com o pagamento das contas e abandonam hábitos elementares de higiene e os cuidados pessoais.

O problema é que essas alterações graves de personalidade e comportamento só aparecem quando estão definitivamente instaladas. Por isso, deixo aqui um alerta: pessoa que tem a primeira crise de depressão depois dos 50 anos, fica mais irritada e passa a viver em isolamento, deve ser avaliada por um profissional habilitado.

DIAGNÓSTICO

Drauzio – Como é feito o diagnóstico das demências frontotemporais?

Sergio Hototian – Certas características da doença foram descritas por Arnold Pick, em 1892 , tendo como referencia indivíduos que desenvolveram uma série de alterações cognitivas e comportamentais associadas à degeneração do lobo frontal.
Atualmente, o diagnóstico clínico é realizado de acordo com os critérios de Lund e Manchester, em 1994, para reconhecer os sintomas da doença, tais como desinibição, impulsividade, negligência com a higiene, dificuldade para resolver problemas, agressividade, depressão, sentimentalismo exagerado.

Segundo esses critérios, com a evolução da doença, outros sinais importantes para o diagnóstico se manifestam. Entre eles, podemos citar perda do controle dos esfíncteres, mudança de hábitos alimentares, consumo exagerado de tabaco e de álcool. Mesmo as pessoas que nunca beberam ou fumaram passam a fazê-lo de maneira compulsiva. Em geral, o último sintoma que aparece é alteração da memória.

Outra característica importante dessas síndromes é o comprometimento da fala. Aliás, as demências frontotemporais podem ter um perfil rapidamente progressivo, quando surgem os distúrbios da fala.

DIFICULDADE DE FALA

Drauzio - Como se manifesta essa dificuldade para falar? A voz fica empastada, o vocabulário empobrece? 

Sergio Hototian – Geralmente, aparecem distúrbios como a disartria, ou seja, a dificuldade na produção dos fonemas, principalmente na articulação das vogais, e a afasia. Os pacientes acabam perdendo a capacidade de usar as palavras para expressar-se, não porque a memória tenha falhado, mas por causa da disfunção do lobo frontal. Com a evolução da doença, eles podem deixar de falar definitivamente.

Vou dar um exemplo. No decorrer de um ano, uma paciente deu mostras de ter adotado um comportamento estranho e apresentou um distúrbio da fala, sintomas que passaram despercebidos. Quando os familiares notaram que ela começou a coletar e a guardar objetos inadequados, atribuíram o fato a uma mania própria da idade. No entanto, no final desse período, ela caiu em mutismo absoluto. Cinco anos após o início dos primeiros sintomas, passou a ficar acamada e desenvolveu um quadro tardio de distúrbio da memória. Ao contrário do que acontece com a doença de Alzheimer, porém, os testes neuropsicológicos apenas indicaram um déficit de atenção.

OUTROS SINTOMAS

Drauzio – Isso quer dizer que, na doença de Alzheimer, os testes neuropsicológicos mostram as alterações cognitivas antes de aparecerem as manifestações clínicas, o que não acontece com as demências frontotemporais.

Sergio Hototian - Exatamente. Na demência frontotemporal, o diagnóstico é basicamente clínico, porque os testes neuropsicológicos, em geral, não apresentam alterações além da perda de atenção, comum nos quadros de depressão.
Outra característica da doença é a irritabilidade, que é tolerada ou confundida pela família – “Ah, ela é assim mesmo” – no início. 

Quando associada, porém, ao uso de álcool ou de outras substâncias de efeito desinibidor, essa irritabilidade pode levar à perda dos parâmetros sociais e gerar atitudes agressivas, aumentando o risco de o paciente envolver-se em questões de ordem médico-legal.

Isso acontece porque é no lobo frontal que se processa a inibição responsável por estabelecer os limites sociais para os atos do dia a dia. Uma pessoa desinibida, com tendência à oralidade (come mais, fuma mais, bebe mais), está mais sujeita a envolver-se em brigas de trânsito, brigas com vizinhos e a desentender-se por assuntos que normalmente não a afetariam.

Portadores da síndrome frontotemporal tendem a ficar agitados durante as internações hospitalares, e muito agressivos quando alguém lhes impõe limites. Ficam bravos, muito mais do que seria justificável, quando lhes falam o que não querem ouvir e costumam jogar a culpa dos próprios erros nas costas dos outros. Podem chegar ao extremo de agredir o cuidador e as pessoas próximas, até fisicamente. Além disso, alguns portadores de síndrome frontotemporal grave podem desenvolver sociopatias importantes e demonstram certo sadismo diante do sofrimento alheio.

COMPROMETIMENTO CEREBRAL

Drauzio – O que acontece no cérebro dessas pessoas que as leva a apresentar quadros de irritabilidade, de déficit de atenção, etc.?

Sergio Hototian – Ocorre uma degeneração desproporcional ao envelhecimento. Nós perdemos neurônios desde que nascemos. Isso não quer dizer que o indivíduo idoso esteja condenado a uma vida intelectualmente pobre e comprometida. No entanto, está provado que a atrofia do lobo frontal (a alteração começa sempre por esse lobo e só depois atinge o lobo temporal) provoca uma reação exagerada aos estímulos, em especial diante dos problemas.
Arnold Pick notou as alterações neuronais. Entretanto, não há nada do ponto de vista anatomopatológico que permita confirmar o diagnóstico de demência frontotemporal, por ser a demência um evento clínico sindrômico de múltiplas causas.

Drauzio – Não há nenhuma alteração no cérebro que seja característica dessas doenças…

Sergio Hototian – Existe para a doença de Pick, mas as síndromes frontotemporais ultrapassam os pré-requisitos descritos por Arnold Pick. Por isso, é importante levar em consideração o quadro clínico, o comportamento do paciente, a presença de depressão tardia, depois dos 50 anos. Embora os exames de imagem funcionais, principalmente o SPECT e o PETSCAN possam revelar um hipofluxo, ou seja, uma queda na concentração de oxigênio na região frontal do cérebro, o diagnóstico é sempre essencialmente clínico.

FORÇA DE DECISÃO

Drauzio – Você mencionou pessoas que começam a coletar e a guardar objetos inadequados. Recentemente, em São Paulo, houve o caso de uma senhora que acumulou não sei quantas toneladas de lixo em casa. Ela se enquadrava nos quadros de demência frontotemporal? 

Sergio Hototian – Não dá para afirmar, mas é possível que sim. O impressionante é que ela fez isso ao longo de anos. No início, ninguém desconfiava do que estava acontecendo e foi difícil demovê-la, pois achava que agir daquela forma era perfeitamente correto e normal.

Na verdade, essas pessoas podem ter tamanha força de decisão que chegam a confundir quem com elas interageM. Aliás, as síndromes frontais podem deixar as pessoas cada vez mais firmes em suas atitudes e crenças, tornando-as progressivamente mais isoladas, avessas ao diálogo e mais irritáveis.

Drauzio – Durante muito tempo, acreditou-se que alguns idosos tinham esse perfil, ficavam rabugentos…

Sergio Hototian – Não é de todo verdade, pois alguns ficam apáticos. Essa alteração é conhecida em países com grande número de idosos, como França, Suécia e Inglaterra, cuja população vem envelhecendo há cem ou duzentos anos. Ou seja, são países com muitas pessoas idosas e poucos jovens e crianças (no Brasil, o número de idosos vem aumentando há apenas 20 anos).

A experiência desses países foi confirmada pela pesquisa de um grupo inglês, que chegou à conclusão de que pacientes idosos, que vivem sozinhos, precisam ser visitados de vez em quando, uma vez que cinco pessoas acima de 65 anos em cada 10 mil correm o risco de desenvolver a síndrome.

Portanto, outra característica da doença no lobo frontal é o paciente adquirir uma força maior de decisão, mas perder a crítica, o “insight”. Esse sintoma não aparece na doença de Alzheimer. Ao contrário, pessoas com Alzheimer ficam mais frágeis. Se você lhes pergunta alguma coisa, elas se voltam para o acompanhante em busca de confirmação, porque não têm certeza de suas respostas.

Já os portadores de demência frontotemporal são cheios de certeza. Vi casos de pessoas não deixarem ninguém entrar no quarto, que era limpo só uma vez por ano, na época do Natal. Uma vez, presenciei a retirada de um paciente de um quarto de hotel, onde não permitia que ninguém entrasse. Quando finalmente conseguiram abrir ao aposento, encontraram uma mala com aproximadamente 200 baratas. Ele guardava de tudo ali: restos de comida, objetos inúteis, lixo.

A intensidade da negligência com a higiene e com os cuidados pessoais pode variar de leve a grave. Leve, quando fica limitada à rotina diária da própria pessoa e não perturba quem está por perto; moderada, quando a mudança de comportamento passa a restringir as atividades do dia a dia, e grave, quando as alterações caracterizam um quadro de demência, termo usado no Império Romano há mais de dois mil anos e que nos remete à ideia de loucura irreversível.

TRATAMENTO E EVOLUÇÃO DA DOENÇA

Drauzio - Em que consiste o tratamento das demências frontotemporais?

Sergio Hototian – O tratamento é sintomático. Se o paciente apresentar um quadro depressivo, são indicados medicamentos antidepressivos por tempo limitado e observa-se a reação. Remédios inibidores da acetilcolinesterase prescritos para doença de Alzheimer mostraram não ser eficazes para melhorar o comportamento dos portadores da síndrome e, embora o uso da memantina tenha sido testado para melhorar a apatia, não foram encontrados resultados convincentes para sua indicação.

Os neurolépticos ajudam a inibir a agressividade e a impulsividade, mas tudo deve ser feito de maneira cuidadosa, muito delicada, com bom-senso e paciência, porque esses pacientes respondem mal a doses altas de medicação e tendem a abandonar o tratamento.

Drauzio – A doença evolui progressivamente, ou pode estabilizar?

Sergio Hototian - Trata-se de doença progressiva e grave. No início, pode haver estabilização com técnicas ambientais e comportamentais associadas ao tratamento farmacológico. Porém, além de progressiva, a doença é também incapacitante.



Postado por Daisi Oliveira de Souza




ALZHEIMER - PREVENÇÃO DESDE O ÚTERO




AS MÃES PODEM PREVENIR ALZHEIMER EM SEUS FUTUROS FILHOS (prevenção desde o útero materno)

Dietas que danificam o cérebro do bebê

A moda de fazer dieta durante a gravidez favorece o aparecimento da depressão, estresse e problemas de memória no filho.

A dieta da mãe pode ter consequências graves para a saúde do seu filho. Uma dieta rigorosa, que procura manter o corpo com produtos baseados unicamente tais como frango grelhado, leite desnatado e nozes promove o aparecimento futuro na criatura de complicações o graves como depressão , estresse , distúrbios de memória e até mesmo Alzheimer . O tipo de gordura consumida durante o terceiro mês de gravidez é fundamental para a saúde do cérebro de uma pessoa, de acordo com o neuropsiquiatra basco Javier Aizpiri .

"Como era de se supor que em uma cultura como a nossa, todos comiam muito bem, os ginecologistas não pedi para as gestantes sobre sua dieta . Mas nas últimas décadas, tem sido no sentido de uma cultura de privação, as conseqüências serão sentidas no futuro próximo ", prevê o especialista, diretor médico do Instituto Burmuin de cuidado cérebro .Mulheres - "Os homens também", disse o especialista qualifica consumo de remover toda a gordura da sua dieta.

O pior é erradicada se qualquer pequeno-almoço, porque depois que a primeira ingestão diária, temos de enfrentar ", sem a energia necessária" para trabalhar longas horas, o que muitas vezes segue o "enorme desgaste" do trabalho doméstico. Esta decisão envolve a remoção da dieta de 70% de contribuições necessárias pelo cérebro para funcionar corretamente e são gorduras que estão presentes apenas no alimento. O corpo é incapaz de produzi-los.

Anchova

São os ácidos graxos poli-insaturados, os famosos Omega 3 e outros menos conhecidos como Omega 6 e Omega 9, que, "inúmeras investigações", desempenhar um " papel-chave "para o bom funcionamento do sistema nervoso. 

O cérebro precisa ser bem lubrificado para raciocinar, coordenar a atividade do corpo, a estrutura da linguagem e regular o tempo de sono e vigília, entre outras funções básicas. 
"Mais de 60% de sua composição é de gordura", que deve ser obtido, como destacado Aizpiri, não só de peixes oleosos, mas outros produtos, como cracas, mexilhões, berbigões, moluscos, nozes, avelãs e azeite de oliva . O peixe azul mais famoso é bom, mas seus nutrientes também são encontrado em sardinhas, anchovas, cavala, salmão e cavala.

"Uma mulher ativa, sem uma ingestão nutricional adequada, gravidez viver com maior dor, depressão, irritabilidade, fadiga e, quando o momento da entrega, em mau estado e exausto", resume a neuropsiquiatra. O feto também pagar as consequências de sua má alimentação. No terceiro trimestre, mais do que nunca, precisa de ácidos graxos essenciais para nutrir o cérebro em desenvolvimento e evitar a ocorrência futura de 'depressão , estresse PTSD , a doença de Alzheimer , distúrbios de memória e prejuízo cognitivo ", entre outros males.

A ingestão excessiva de gordura, especialmente de carne vermelha, favorece o aparecimento de doenças cardiovasculares e colesterol, mas você precisa para viver. "Eles são como um óleo do carro. Se você cair pode queimar o motor e se ê passar, pode afogar ", conclui Aizpiri.


FERMÍN APEZTEGUIA / BILBAO 
2013/10/04
Fonte ABC


Tradução automática Google 


Postado por Daisi Oliveira de Souza




27 de abr. de 2013

Convivência com o Mal de Parkison



Exercícios e apoio familiar ajudam pacientes a conviver bem com o Mal de Parkinson, dizem especialistas 

Doença atinge mais de 200 mil pessoas no Brasil e só perde para o alzheimer

Especialistas ouvidos pelo R7 afirmam que a doença não tem cura, mas que é possível conviver bem, desde que os sintomas sejam controlados. Só no Brasil, mais de 200 mil pessoas sofrem com esta doença. Em quantidade de casos, ela só perde para ao alzheimer.

Segundo a fisioterapeuta da Associação Brasil Parkinson e mestre em Neurociência e Comportamento pela USP (Universidade de São Paulo), Erica Tardelli, a terapia, fisioterapia, apoio psicológico e exercícios físicos são essenciais para a qualidade de vida das pessoas que têm esta doença. 

— É importante também que a família dê apoio e procure por informações e orientações para compreender melhor o quadro. Encorajá-lo diante da situação evita que ele fique com a autoestima baixa, desmotivado e depressivo.
Além disso, é fundamental que a pessoa participe de atividades sociais para adquirir independência diante dos cuidados que precisa ter.

— Na associação, por exemplo, oferecemos oficinas de arte, pintura, coral e outros serviços gratuitos para melhorar a interatividade do paciente com outras pessoas.

Os sinais iniciais que apontam que o paciente sofre do mal de Parkinson são tremores nas mãos e pernas, rigidez dos músculos, lentidão nos movimentos, desequilíbrio e descoordenação, de acordo com o neurologista e vice-coordenador do Departamento Científico de Transtornos e do Movimento da ABN (Academia Brasileira de Neurologia), Henrique Ballalei Ferraz. A doença é comum entre pessoas acima de 60 anos, mas também podem atingir jovens.

— O indivíduo pode levar mais tempo para se vestir, mexer e, até mesmo, levantar da cama. Com o passar dos meses, esses problemas ganham potencialidade, ocasionando um impacto no dia a dia da pessoa.

Ainda segundo o especialista, esta doença é neurodegenerativa, já que leva a diminuição da dopamina, que é um neurotransmissor responsável pelo sistema motor e movimentos voluntários.

Como a doença pode ser confundida com os sintomas do envelhecimento, Ferraz alerta que as pessoas procurem um neurologista para tirar a dúvida e não cometer equívocos. Para chamar atenção para esta causa, a ABN e a ABP lançaram) a campanha Viva Bem com Parkinson.

Fonte R7/saúde


Postado por Daisi Oliveira de Souza



25 de abr. de 2013

DESAFIOS ENFRENTADOS



Entenda os desafios enfrentados pelos cuidadores de idosos


Quem cuida de pacientes com doenças degenerativas convive diariamente com a dor e o sofrimento dos pacientes. Para isso, além de ter vocação e paciência, é preciso saber cuidar de si próprio.

A psicóloga Ângela Utinguassú dos Santos é especialista em trabalho junto a idosos com demências e tem experiência de 13 anos no ramo. Nesta entrevista, Ângela conta quais são os principais desafios desta difícil tarefa de cuidar de pacientes idosos, e o que o cuidador pode fazer pela sua própria saúde mental.
(Entrevista)

Vida — Quais são os requisitos fundamentais de um cuidador de pacientes com doenças degenerativas?

Ângela Santos — Um bom cuidador tem que se conhecer o suficiente para saber se conseguirá conviver com a dor, com o sofrimento dos pacientes de Alzheimer e demência. Saber se vai se adaptar, se terá paciência. As características são mais de personalidade do que de ferramentas. Essa parte existe para ajudar as pessoas, mas o perfil é mais importante. O que tenho percebido nas casas geriátricas e nos lares são pessoas do sexo feminino, faixa etária acima dos 30 anos, que já têm uma noção do que querem da vida. Não são pessoas oportunistas, não fazem pelo dinheiro. São pessoas que gostam de idosos. Isso é fundamental. É um caso de vocação.

Vida — O que o cuidador precisa saber sobre Alzheimer e demências?

Ângela — Nota-se atitudes fora dos padrões habituais da pessoa. Se um dia a pessoa tem comportamentos atípicos e não se dá conta, não percebe o que acontece consigo, é um indício. Ela apaga trechos do texto da sua vida. Por exemplo, diz que nunca foi casada, nunca teve filhos. Outra questão comum é a capacidade cognitiva, não consegue aprender mais nada. Lê um texto e não consegue memorizar. Busca uma palavra e não consegue lembrar. As sinapses já não acontecem fluentemente, até o ponto em que a pessoa não consegue mais se comunicar consigo e com os outros.

Vida — E como o cuidador deve cuidar de si próprio?

Ângela — Ele tem que estar presente para si em todos os momentos. Fazer exercícios físicos é fundamental. Se não pode fazer academia, faça caminhadas e exercícios aeróbicos na rua. Psicoterapia também ajuda. Outra questão é ter uma convivência com grupos de amigos, ter alguma fonte de lazer, ir ao cinema. Muitos cuidadores são pessoas de baixo poder aquisitivo e, às vezes, não podem fazer tudo isso. Então, a saída é conviver com pessoas de bom humor, visitar, ser visitado, ter uma vida biopsicossocial e espiritual. Ter um leque de alternativas para que a vida desse cuidador possa ter um espaço reservado sempre para si. Esse trabalho mexe muito com o emocional. Mexe com o conceito de como será nossa velhice, se faz identificações diariamente. É horrível sentir a atmosfera de finitude, a ausência de perspectiva e perdas constantes. Diante de situações de estresse, irritação, tem que parar, conversar com a equipe.

Vida — Dentro das clínicas geriátricas é comum haver espaço para os cuidadores?

Ângela — Nem todas dão espaço. Os técnicos de enfermagem acabam incorporando as atividades de cuidador. Aquele que estimula o idoso, troca, faz terapias, atividades sociais com o idoso, traz ele para a vida. São os nossos técnicos de enfermagem que estão fazendo isso. Mas muitos deles não estão a fim de fazer isso. Apenas se limitam ao procedimento padrão. Por isso, precisamos formar cuidadores. E salientar a importância de eles aprenderem a cuidar de si mesmos. É importante que os familiares também façam cursos de cuidadores, pois muitas vezes o cuidado recai sobre um filho, um neto. É importante que as famílias tenham essa consciência. Não basta colocar o ente querido nas mãos de alguém bem indicado. Nessa questão de demência e Alzheimer é preciso se informar, se munir de ferramentas. No futuro, as famílias terão de se instrumentalizar.

Vida — Esse ramo está se tornando um nicho importante de mercado, tendo em vista que as pessoas estão vivendo mais. Quanto custa, em média, para manter um idoso bem cuidado?

Ângela — Recentemente foi homologada a lei das empregadas domésticas, e o cuidador está dentro da mesma legislação. Eu vejo que cada família combina um valor de acordo com a situação. Há residências que têm enfermagem, psicoterapeuta, fisioterapeuta. O custo varia muito, mas é um trabalho caro, pode variar ente R$ 800 e R$ 1,2 mil mensais, dependendo se o cuidador dorme ou não no local, se tem formação e conhecimento, se é amigo da família. Eu luto para que esse trabalho não se torne puro negócio, como algumas geriatrias são. Mas não é fácil. Esse é um trabalho quase missionário. Pela minha experiên¬cia, penso que a convivência com a família deixa o idoso mais à vontade no seu meio, ao contrário daquele que vive em clínica, que é o idoso institucionalizado, cheio de regras, horário e atividades com hora marcada.

Fonte Zero Hora /Notícias

Postado Por Daisi Oliveira de Souza


Limite de benefícios a deficientes e idosos é derrubado pelo STF



Limite de benefícios a deficientes e idosos é derrubado pelo STF 

O Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional a regra para pagamento de benefícios a idosos e deficientes carentes prevista na Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) e concluiu que o Congresso deve aprovar uma nova norma para regulamentar o direito garantido aos que não têm condições de manutenção.

Como consequência da decisão, até que o Congresso aprove uma nova lei, ficará nas mãos do Judiciário decidir se uma família de idosos ou deficiente preenche os requisitos para receber o benefício, que é de um salário mínimo. Pela lei considerada inconstitucional, tem direito à ajuda a família com renda de até um quarto de salário mínimo por pessoa.

A decisão desta quinta-feira, 18/04/, não afasta a possibilidade de juízes terem interpretações divergentes sobre o assunto. A situação preocupa muito governo. Estimativas preveem um impacto bilionário, de até R$ 40 bilhões aos cofres públicos, se a Justiça desconsiderar os atuais parâmetros de renda para concessão do benefício. A decisão do Supremo abre espaço para um aumento no número de pessoas que recebem os recursos da Loas.

Considerada uma das transferências sociais de valor mais alto, a Loas paga benefícios de prestação continuada e de renda mensal vitalícia a cerca de 2 milhões de brasileiros. No ano passado, o Orçamento reservou R$ 29,3 bilhões para esta rubrica. O valor deve subir para R$ 32,8 bilhões neste ano e atingir a cifra de R$ 37,5 bilhões em 2014, segundo o Ministério do Planejamento.

O benefício para idosos e deficientes carentes está previsto na Constituição Federal. Um dos artigos do texto constitucional estabelece que é garantido um salário mínimo mensal ao deficiente e ao idoso que comprovem não possuir meios para a manutenção.

A maioria dos integrantes do STF concluiu que é inconstitucional o dispositivo da Loas segundo o qual deveria ser considerada incapaz de prover a manutenção do deficiente ou idoso a família cuja renda mensal per capital fosse inferior a um quarto do salário mínimo. O Supremo também declarou inconstitucional um dispositivo do Estatuto que excluía outros benefícios concedidos a membros da família do cálculo da renda familiar.

No julgamento, prevaleceu o voto do ministro Gilmar Mendes para quem a regra trazia problemas de isonomia na distribuição dos benefícios. Para parte dos ministros, esse quadro provoca discrepâncias. No caso de um casal de idoso, se um deles tem uma aposentadoria de um salário mínimo, o outro não poderá receber o benefício da Loas porque a renda per capita da família será de meio salário mínimo. Por outro lado, um casal sem renda poderá requerer o benefício para ambos os cônjuges.

Fonte Diário do Grande ABC

Postado por Daisi Oliveira de Souza




23 de abr. de 2013

Reiki em pacientes de Alzheimer



Estudo: Reiki em pacientes de Alzheimer

Teresa Johnson é uma gereontologista que estuda o fenômeno do envelhecimento e simultaneamente proprietária-administradora de uma clinica especializada no cuidado de demência e pacientes de Alzheimer. Johnson observou que os sintomas iniciais começam subtilmente; um indivíduo pode apresentar sinais de mudança de personalidade, perda de memória, o julgamento pobre, alterações de humor, ou agitação. Diminui a iniciativa ea capacidade de aprender coisas novas se torna difícil.

Conforme a doença progride os pacientes desenvolvem dificuldades de comunicação, fala, movimento e coordenação. Num estádio mais adiantado da doença mostram confusão e desorientação, em que o paciente pode ter que depender completamente de um cuidador para a função diária. O cérebro continua a degenerar e, finalmente, resulta em caminhar, grande dificuldade em falar, engolir, controle da bexiga e função intestinal, etc .
Como resultado, os pacientes podem tornar-se bastante frágeis e propensos a infecções, como por ex. a pneumonia. Estas condições de curso, são extremamente angustiantes não apenas para os que sofrem, mas para os familiares e cuidadores também.

Johnson começou a aplicar tratamentos de Reiki mais curtos apenas com duração de cerca de 10 a 20 minutos. Administrados conforme a necessidade do paciente, por exemplo, na hora das refeições para facilitar a alimentação e cooperação com os cuidadores. Com o que experimentou com esses tratamentos, ela observou que, embora a doença progredisse os pacientes não teriam que sofrer o tradicional grau de sintomas de ansiedade, agitação, dor e desconforto físico. 

Notou os pacientes mais relaxados e que paranoia começou a diminuir. A simples colocação das mãos permitiu que os pacientes se e tornam completamente relaxados, mais presente se lúcidos. Notou também que ferimentos foram curados em metade do tempo com tratamentos diários de 5-10 minutos de Reiki. 

Johnson descobriu que mesmo pacientes que normalmente resistem a diferentes tipos de toque e que mostravam dificuldade em ajudas para banho, vestirem-se, etc permitiam a proximidade do toque de reiki e até pediam Reiki. Reiki pode mesmo ser dado como um tratamento de longa distância para pessoas com necessidades especiais.

Animada com os resultados bem sucedidos Johnson decidiu espalhar a técnica Reiki através do desenvolvimento de um programa de pesquisa de Alzheimer Reiki. O objetivo deste plano é beneficiar pacientes de Alzheimer e aqueles que cuidam deles, reduzindo ou eliminando os sintomas negativos e promover uma maior qualidade de vida. 

Com o uso da terapia de Reiki, Johnson já teve um grande sucesso na reversão e / ou deter a doença de Alzheimer em um número seleto de pacientes. Para pacientes de Alzheimer, a sua pesquisa dedica-se a promover o tipo de cuidado que irá aumentar independência do paciente e promover o retorno da cognição, mobilidade e socialização. Johnson também descobriu que o ilimitado de tratamento com Reiki também pode ser útil para os indivíduos que sofrem de sintomas semelhantes, tais como aqueles que são desafiados por transtorno obsessivo compulsivo, depressão ou doenças mentais.

Os resultados de uma pesquisa recente da Associação Internacional de Profissionais de Reiki indica que muitos dos grandes hospitais já estão a usar o método Reiki no pré e pós-operatório, bem como para pacientes que sofrem de stress e outros distúrbios como ansiedade, insônia, dor, náusea e fadiga. Reiki foi mostra também atuar cura, não só a nível físico, mas também em níveis psicológicos, emocionais e espirituais. 

Utilizando a energia vital, o componente de que todos somos feitos, o reiki aumenta o poder natural do corpo para se curar e manter-se. Não só pode ser utilizado para promover a cura de qualquer doença como tem sido utilizado para reparar o tecido ósseo e ajudar nos efeitos secundários da anestesia, no tratamento com radioterapia e quimioterapia. Este método foi também usado para reduzir a necessidade de medicação e tempo de permanência hospitalar.

Postado por Daisi Oliveira e Souza



ORAÇÃO DO IDOSO



Bem-aventurados aqueles que compreendem meus passos vacilantes e minhas mãos trêmulas. 

Bem-aventurados os que levam em conta que meus ouvidos captam as palavras com dificuldade, por isso procuram falar mais alto e pausadamente. 

Bem-aventurados os que percebem que meus olhos já estão nublados e minhas reações são lentas. 

Bem-aventurados os que desviam o olhar, simulando não ter visto o café, que por vezes derramado sobre a mesa. 

Bem-aventurados os que nunca dizem "você já contou isso tantas vezes". 

Bem-aventurados os que sabem dirigir a conversa e as recordações às coisas dos tempos passados. 

Bem-aventurados os que me ajudam a atravessar a rua e não lamentam o tempo que me dedicaram. 

Bem-aventurados os que compreendem quanto me custa encontrar forças para carregar minha cruz. 

Bem-aventurados os que amenizam os meus últimos anos sobre a terra. 

Bem-aventurados todos aqueles que me dedicam afeto e carinho, fazendo-me, assim, pensar em Deus. Quando entrar na Eternidade, lembrar-me-ei deles, junto ao Senhor.



VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE

Vacinação contra a gripe termina nesta semana
22/04/2013 



Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe termina na próxima sexta-feira (26). Estão sendo imunizados idosos com mais de 60 anos, gestantes, mulheres em período de puerpério (até 45 dias após o parto), crianças de 6 meses a 2 anos, índios, profissionais de saúde e doentes crônicos. A população carcerária também recebe a dose.

Balanço parcial do Ministério da Saúde indica que 5.585.779 de pessoas foram vacinadas contra a gripe até as 12h do último sábado, Dia de Mobilização Nacional contra a doença. O número representa 17,5% do público-alvo de 39,2 milhões de pessoas.

Dados da pasta indicam que a vacina pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade global. Entre os idosos, a vacina pode reduzir o risco de pneumonia em aproximadamente 60% e o risco global de hospitalização e morte em cerca de 50% a 68%, respectivamente.


TRATAMENTO EM CASA

HOSPITAL DO RIO VAI TRATAR PACIENTES IDOSOS EM CASA
22/04/2013 - 



Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A partir de agora, pacientes do Hospital Estadual Eduardo Rabello, em Campo Grande, na zona oeste do Rio, serão beneficiados com atendimento especial após período de internação na unidade de saúde. Uma equipe formada por assistente social, enfermeiro, fisioterapeuta, psicólogo e terapeuta ocupacional irá até a casa desses pacientes para dar continuidade ao tratamento, evitando reinternações desnecessárias. A expectativa é que o hospital, referência no atendimento ao idoso na capital fluminense, faça cerca de 15 visitas por mês.

Segundo o diretor da unidade, Edson Mendes Nunes, a intenção do projeto é aperfeiçoar o atendimento ao idoso, faixa etária que mais cresce no país. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 12% da população brasileira têm mais de 60 anos e o número de idosos cresceu 55% nos últimos dez anos.

“Com o passar do tempo, começamos a perceber que essa ida [dos profissionais de saúde] no domicílio representa qualidade de vida ao idoso. É ainda uma forma de ampliar o número de altas, desafogando os leitos do hospital. Muitas vezes o paciente que poderia ter alta fica internado porque não tem assistência em casa”.

A visita é feita por uma equipe multidisciplinar conhecida do idoso, facilitando o tratamento médico. De acordo com Nunes, as visitas têm ocorrido somente com moradores de Campo Grande e que tenham doenças que possam ser tratadas em casa, como enfermidades próprias da idade. Cada paciente será avaliado na primeira visita, e receberá tratamento personalizado segundo as suas necessidades.

Segundo o diretor, os pacientes receberão as visitas até que possam receber alta médica. Caso contrário, eles serão inseridos no Programa de Saúde da Família, do Ministério da Saúde, para dar continuidade ao tratamento. “Não há outro projeto no estado que tenha esse perfil, que englobe um espaço hospitalar com atendimento ambulatorial, internação e visita domiciliar”, avaliou Nunes.
O hospital, inaugurado em 1973, foi o primeiro a ser planejado e construído para atendimento geriátrico especializado na América do Sul. Com 120 leitos disponíveis, a unidade faz cerca de 100 internações e 2,5 mil consultas médicas por mês.

Para ampliar a assitência à terceira idade no estado, o governo do Rio inaugurou em outubro do ano passado o Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (Cepe), na Gávea, zona sul da cidade, que vai promover simpósios, seminários e cursos sobre o tema, além de prestar atendimento clínico. No mesmo mês, foi lançado o Centro Estadual do Trauma do Idoso (Ceti), no Hospital São Francisco de Assis, na Tijuca, zona norte, destinado a idosos com fratura no fêmur.


Edição: Aécio Amado

Postado por Daisi Oliveira de Souza


OBRIGADO PELA SUA VISITA E VOLTE SEMPRE

Pesquisar este blog