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7 de jan. de 2013

VIAGENS AO ESPAÇO PODEM ACELERAR MAL DE ALZHEIMER

VIAGENS AO ESPAÇO PODEM ACELERAR MAL DE ALZHEIMER, MOSTRA ESTUDO. 

01/01/2013

As longas viagens ao espaço podem expor os astronautas a níveis de radiação cósmica prejudiciais ao cérebro e acelerar o mal de Alzheimer, indicou um estudo financiado pela Nasa (Agência Espacial Norte-Americana).

A pesquisa exigiu submeter ratos a variadas doses de radiação, incluindo níveis comparáveis aos que os astronautas experimentariam durante uma missão a Marte. Os ratos expostos à radiação foram muito mais propensos a não conseguir lembrar objetos ou lugares, o que sugere uma deterioração neurológica precoce.

Os cérebros dos ratos também mostraram sinais de alterações vasculares e uma maior acumulação da beta-amilóide, a proteína que se acumula no cérebro e que é uma das características do mal de Alzheimer.

"A radiação cósmica galáctica representa uma ameaça importante para os futuros astronautas", disse Michael O'Banion, professor da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, que liderou a pesquisa publicada na revista científica PLoS ONE.

"Este estudo demonstra, pela primeira vez, que a exposição a níveis de radiação equivalentes a uma missão a Marte pode produzir problemas cognitivos e acelerar as mudanças no cérebro que estão associadas à doença de Alzheimer."
Proteção da Terra

Enquanto o espaço está repleto de radiação, o campo magnético da Terra protege, em geral, o planeta e os seres humanos que estão em uma órbita baixa da Terra destas partículas. Mas, uma vez que os astronautas saem da órbita terrestre, eles ficam expostos a uma chuva de diferentes radiações.

A Nasa planeja missões tripuladas a um asteroide longínquo, em 2021 e a Marte em 2035. Uma viagem de ida e volta ao planeta vermelho pode levar até três anos.

Nos últimos 25 anos, a agência financiou pesquisas para determinar os riscos potenciais das viagens espaciais para a saúde humana, com o objetivo de desenvolver contra-medidas e determinar se estes riscos podem colocar em perigo as longas missões tripuladas ao espaço profundo.

Estudos anteriores demonstraram o potencial de desenvolver câncer, doenças cardiovasculares e transtornos musculoesqueléticos pelo impacto da radiação cósmica galáctica. Mas o estudo da Universidade de Rochester examinou o potencial impacto da radiação espacial na neurodegeneração e, em particular, nos processos biológicos no cérebro que contribuem para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. 

Fonte: Uol Notícias/ Ciências

Postado por Daisi Oliveira de Souza

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