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4 de ago. de 2014

10 Razões pelas quais os dispositivos móveis deveriam ser banidos das mãos de crianças com menos de 12 anos




A Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Canadiense de Pediatria recomenda que crianças com idade entre 0-2 anos não devem estar expostas a tecnologia, crianças dos 3-5 anos, devem restringir a utilização a uma hora por dia, e crianças dos 6-18 anos devem estar restritas a 2 horas por dia ( AAP 2001/13, o CPS 2010). Crianças e jovens usam 4 a 5 vezes mais a quantidade recomendada de tecnologia, com consequências graves e muitas vezes fatais (Fundação Kaiser 2010, o Active Healthy Kids Canada 2012). Os dispositivos portáteis (telemóveis, tablets, jogos eletrônicos) têm aumentado dramaticamente o acesso e uso da tecnologia, especialmente por crianças muito jovens (Common Sense Media, 2013). Como terapeuta ocupacional pediátrica, estou convidando os pais, os professores e os governos a proibir o uso de todos os dispositivos portáteis em crianças com menos de 12 anos. A seguir estão as 10 razões baseadas em pesquisas para essa proibição. Por favor, visite zonein.ca para ver o Fact Sheet Zone'in para pesquisa referenciada

1. Crescimento rápido do cérebro

Entre os 0 e os 2 anos, o cérebro da criança triplica de tamanho, e continua em estado de rápido desenvolvimento até aos 21 anos de idade (Christakis de 2011). O desenvolvimento inicial do cérebro é determinado por estímulos ambientais, ou pela a falta deles. A estímulação para o desenvolvimento cerebral causada pela exposição excessiva a tecnologias (telemóveis, internet, iPads, TV), está associada a funções executivas, déficit de atenção, atrasos cognitivos, a aprendizagem deficiente, aumento da impulsividade e diminuição da capacidade de auto-regulação, por exemplo, as birras (Small 2008, pagini 2010).

2. Atraso no desenvolvimento

O uso da tecnologia restringe o movimento, o que pode resultar em atraso de desenvolvimento. Uma em cada três crianças agora entram na escola com atraso de desenvolvimento, impactando negativamente a alfabetização e desempenho acadêmico (Ajuda EDI Mapas 2013). O movimento aumenta a atenção e capacidade de aprendizagem (Ratey 2008). Uso de tecnologia antes dos 12 anos é prejudicial para o desenvolvimento da criança e da aprendizagem (Rowan 2010).

3. Epidemia de obesidade

Uso de TV e video jogos está correlacionado com o aumento da obesidade (Tremblay, 2005). As crianças que tem um dispositivo electronico no seu quarto têm 30% de aumento na incidência de obesidade (Feng 2011). Um em cada quatro canadenses, e um em cada três crianças americanas são obesas (Tremblay 2011). 30% das crianças com obesidade irão desenvolver diabetes, e os indivíduos obesos têm maior risco de acidente vascular cerebral e ataque cardíaco precoce, encurtando a expectativa de vida (Centro de Controle e Prevenção de Doenças 2010). Em grande parte devido à obesidade, as crianças do século 21 podem ser a primeira geração em que muitos não vão sobreviver aos seus pais (Professor Andrew Prentice, BBC News, 2002).

4. Privação do sono

60% dos pais não supervisionam o uso de tecnologia dos seus filhos, e 75% das crianças estão autorizados a ter tecnologia nos seus quartos (Fundação Kaiser 2010). 75% das crianças com idade entre os 9 e os 10 anos, tem privação de sono e as suas notas escolares são negativamente impactadas (Boston College 2012).


5. Doença Mental 

O sobre uso da tecnologia está relacionado como um fator causal em taxas crescentes de depressão infantil, ansiedade, transtorno de apego, déficit de atenção, autismo, transtorno bipolar, psicose e comportamento problemática da criança(Bristol University 2010, Mentzoni 2011, Shin 2011, Liberatore 2011, Robinson 2008) . Uma em cada seis crianças canadienses têm uma doença mental diagnosticada, e muitas destas estão sob efeito de nedicação psicotrópica perigosa (Waddell 2007).


6.Agressividade

Conteúdo violento pode causar agressividade infantil (Anderson, 2007). As crianças estão cada vez mais expostos a crescente incidência de violência física e sexual nos mídia de hoje. "Grand Theft Auto V" retrata sexo explícito, assassinato, estupro, tortura e mutilação, como fazem muitos filmes e programas de TV. Os EUA classificou a violência na mídia como um risco à saúde pública devido ao impacto causal sobre a agressividade infantil (Huesmann 2007). A comunicação social reportou o aumento do uso de restrições e uso quartos de isolamento em crianças que apresentam agressividade descontrolada.

7. Demência Digital

Conteúdo de mídia de alta velocidade podem contribuir para o déficit de atenção, bem como a diminuição da concentração e memória, devido as conexões neuronais no córtex frontal (Christakis 2004 Pequeno 2008). As crianças que não conseguem estar atentas não podem aprender.

8. Vícios

Como os pais atribuem cada vez mais tempo à tecnologia, acabam por se distanciar mais dos seus filhos. Na ausência de apego dos pais, as crianças acabam por se conectar mais a dispositivos eletrônicos, o que pode resultar em dependência (Rowan 2010). Uma em cada 11 crianças com idades entre 8-18 anos são viciados em tecnologia (Gentile 2009).

9. Emissão de radiação

Em maio de 2011, a Organização Mundial de Saúde classificou os telemóveis (e outros dispositivos sem fio) como um risco categoria 2B (possível carcinogênico), devido à emissão de radiação (WHO 2011). James McNamee com a Health Canada, em outubro de 2011, emitiu um aviso de advertência dizendo: "As crianças são mais sensíveis a uma variedade de agentes do que os adultos pois o seu cérebro e sistema imunológico ainda estão em desenvolvimento, portanto não se pode dizer que o risco é igual para um adulto ou para uma criança ". (Globe and Mail de 2011). 
Em dezembro de 2013 o Dr. Anthony Miller, da Universidade da Escola de Saúde Pública de Toronto recomenda que, com base em novas pesquisas, a exposição à radiofrequência deve ser reclassificado como 2A (provável carcinógeno), e não um 2B (possível carcinogênico). Academia Americana de Pediatria pediu revisão das emissões de radiação electromagnéticas de dispositivos de tecnologia, citando três razões quanto ao impacto sobre as crianças (AAP 2013).

10. Insustentabilidade

A forma como as crianças são criadas e educadas com tecnologia já não são sustentáveis (Rowan 2010). As crianças são o nosso futuro, mas não há futuro para as crianças que abusam da tecnologia. Uma abordagem em equipe é necessário e urgente, a fim de reduzir o uso da tecnologia por crianças. 

As diretrizes a seguir relativamente à utilização de tecnologia por crianças e jovens foram desenvolvidas por Cris Rowan, terapeuta ocupacional pediátrica e autor de ""Criança Virtual; Dr. Andrew Doan, neurocientista e autor de "Hooked on Jogos" e Dr. Hilarie Caixa, Diretor de Restart Programa de Recuperação de Dependência à Internet e autor de "Videojogos e os seus filhos", contou também com a contribuição da Academia Americana de Pediatria e da Sociedade Canadiense de Pediatria, num esforço para garantir um futuro sustentável para todas as crianças.

25 de jul. de 2014

Agorafobia e Síndrome do Pânico

                       Praça  do Japão em Curitiba - Arte  de Cesar  Lobo


AGORAFOBIA

Ágora em grego significa “praça”. A psicologia absorveu esse termo para representar lugares abertos - situações comuns onde as pessoas que sofrem de agorafobia se sentem desprotegidas, vulneráveis e desamparadas.

Agorafobia é um transtorno de ansiedade muito comum nos quadros de se síndrome do pânico e refere-se ao medo de andar nas ruas, dificuldade de sair sozinho de casa, dificuldade de ir a certos lugares como mercados ou cinema pois sente forte apreensão dificil de compreender e muitas vezes surge a necessidade de ter alguém ao lado para lhe dar segurança.

O agorafóbico sente ansiedade de estar em locais ou situações em que a saída seja difícil, como por exemplo, multidões, um supermercado muito grande ou um local onde o auxilio possa não estar disponível - mesmo que não haja previsão de necessitar este auxilio.

Os medos da Agorafobia mais comuns são:

- Estar longe de casa ou de pessoas que dêem segurança

- Andar de carro, ônibus, trem, metrô ou avião

- Locais fechados e lotados como cinema, supermercados,         restaurantes, etc.

- Situações nas quais a saída seja difícil como congestionamentos, estádios, ocupar o banco de trás de um carro, etc.

- Fila de banco

- Túneis, passarelas, pontes

- Elevadores

- Viajar

- Ruas cheias

- Feiras. Etc.

MEDO DE TER MEDO

Na agorafobia e na síndrome de pânico, a pessoa sente “medo de ter medo”. A ansiedade de sair de casa e ter uma crise a impede de se expor a situações fora de casa, por isso o comportamento mais comum na agorafobia é a evitação, a esquiva, a fuga de situações fora de sua zona de conforto – normalmente sua casa.

Durante a crise a pessoa pode chegar a ter a sensação de que está enlouquecendo, o que a faz evitar certos lugares, por exemplo, não vai mais ao cinema pois tem medo de passar mal, não sai de carro, não entra em supermercado, não entra em banco. Tudo isso devido a agorafobia sofrida em uma situação anterior e associada ao pânico.

Cada um tem sua lista de lugares que a faz passar mal. Tive um paciente que não entrava em túneis, outro não andava de metrô. O que define qual será o local, ou os locais que serão evitados são as experiências anteriores ou idéias pré-concebidas no que se refere a estes lugares.

DESAMPARO

O desamparo é a sensação de que precisará de ajuda mas não conseguirá. A pessoa sente que vai precisar de algum apoio, algum recurso mas esse apoio não vai aparecer. Isso dá pavor. Tem gente que sente que precisa ter alguém por perto, por isso muitas pessoas não saem mais sozinhas, ou até nem saem mais de casa. Outros precisam saber que terão atendimento médico por perto, precisa de se certificar que tem algum hospital por perto. Já atendi um caso onde o rapaz precisava identificar o hospital mais próximo a cada quilometro por onde ele dirigia, sabia até que não iria precisar usar o tal hospital, mas fazia isso, e fazia escondido, pois tinha vergonha de sentir assim pois tinha medo de que os outros pudessem achar que estava ficando louco, então arranja desculpas esfarrapadas para evitar essas situações. Não vai pra praia porque (mente que...) tem que trabalhar, não vai para o cinema porque não está a fim de ver aquele filme. Tudo mentira. Ele está apavorado. Tem outras pessoas que não procuram hospital, mas a casa de pessoas conhecidas. Só andam em locais onde sabe que podem pedir ajuda para alguém, não saem dessa rota. Tem outros que não se afastam da sua própria casa, andam só no quarteirão, e quanto mais se afastam, mais passam mal.

Avalie a possibilidade de ser portador de Agorafobia

Situações comuns de desconforto na agorafobia:

.....Sair de casa sozinho 

.....Ficar em casa sozinho 

.....Usar transporte coletivo ou automóvel 

.....Locais cheios ou multidões 

.....Congestionamentos 

.....Filas 

.....Elevadores 

.....Túneis, passarelas ou pontes 

.....Espaços abertos 

.....Viajar

A agorafobia está diretamente relacionada com a Síndrome do pânico, segue algumas informações específicas:

PÂNICO - SÍNDROME DO PÂNICO

Pânico é o ponto mais forte da ansiedade. É um medo tão intenso que dificulta a capacidade de raciocínio. A pessoa com síndrome do pânico pode sentir vontade de sair correndo, procurar um lugar seguro. Para alguns o pronto socorro é esse local, pois tem a sensação de que está muito doente, que vai ter um ataque do coração, mas quando ela é atendida, o médico nunca identifica um problema físico, pressão boa, respiração normal, enfim, corpo saudável. “Mas doutor? E esse taquicardia que eu senti? E essa falta de ar que parece que estou sufocando?” São essas as perguntas que os médicos que atendem as pessoas com crises de pânico ouvem e nem sempre sabem responder.

A síndrome do pânico é um mal estar repentino sem ter nada aparente provocando, com sintomas físicos intenso, em geral falta de ar, tontura, mal estar, dor de barriga e suor frio.

O diagnóstico correto só pode ser feito por um psicólogo experiente.

Os sintomas geralmente começam de forma branda, chegam a um pico mais forte em alguns minutos e depois de um tempo a coisa toda passa do mesmo jeito que chegou, sem explicação.

DESPERSONALIZAÇÃO

Outro sintoma comum é a despersonalização, e se refere à sensação esquisita de você não ser você, de saber que está ali, mas ainda assim se sente distante.

A característica principal da síndrome do pânico é o medo de ter medo. Por medo de passar mal em certas situações, a pessoa passa a evitar as tais situações. O que ela não sabe é que evitar só faz o medo aumentar ainda mais.

QUANDO PROCURAR TERAPIA?

Quando sua vida começa a ter prejuízos, quando há sofrimento psíquico ou quando você deixa de fazer coisas que deveria fazer, ou faz coisas que não deveria fazer. Esta é a hora de procurar ajuda.

TERAPIA DO PÂNICO

A melhor noticia que eu podia dar a essas pessoas é que isso pode ter solução, existe terapia para pânico. Vale muito à pena procurar ajuda pois ter a sua vida limitada pelo pânico, deixar de sair de casa não é viver. Alguns chegam até a largar o emprego porque o pânico impede até de manter sua rotina normal. A TCC - Terapia Cognitiva Comportamental -tem um protocolo específico para o pânico e agorafobia. É possível superar esse sofrimento. 

PÂNICO E ANSIEDADE

Síndrome do pânico é um transtorno de ansiedade. As pessoas costumam identificar a depressão e a ansiedade, mas tanto a depressão está dividida em vários tipos, você pode ler na página sobre depressão, que são o bipolar, distimia, etc, como a ansiedade também não é única. Existem vários quadros ansiosos, vários tipos de ansiedade.

A ansiedade é necessária para a preservação do individuo. Medo é um instinto de preservação. Se você tiver não tiver medo nenhum de nada, você vai acabar se colocando em situações de risco exagerado, vai atravessar a Avenida 23 de Maio sem olhar para os lados, mas com medo exagerado você não vai atravessar rua nenhuma, fica paralisado. E aí é que entra o transtorno, é quando o medo pára de te proteger e começa a te prejudicar.

SINTOMAS

Todo sintoma é um mensageiro, ele te dá uma noticia, te conta uma estória, mas essa estória é cifrada, temos que entender o que significa cada sintoma. Os sintomas da síndrome do pânico são dicas de que algo não está funcionando, algo não está bem. O que é? Precisamos de interpretar, analisar seu sintoma, entender essa mensagem.

Quando se fala em superar um sintoma logo de cara entende-se que superar é deixar de ter o tal sintoma certo? Certo! Mas deixar de ter o sintoma tendo realmente resolvido a questão, não colocando o lixo pra debaixo do tapete. Precisamos encarar de frente aquelas coisas que costumamos esconder de nós mesmos. Muitas vezes não dá pra fazer isso sozinho, nessas horas você pode contar com o psicólogo.

Resignificar o sintoma

Existe um termo que eu gosto muito, o termo é “resignificar”. E precisamos resignificar muita coisa se queremos nos transformar.

A gente passa por tanta coisa e cada episódio da vida deixa uma marca, algumas boas, outras muito doloridas. Um pai que abandonou o próprio filho, mesmo que não seja um abandono físico, o corpo está lá, mas emocionalmente não está, ou são coisas que você ouviu e teve que engolir. Por vivenciar situações doloridas como estas as pessoas acabam se considerando menos importantes, menos interessantes, sem direitos. E, não tem jeito, em algum momento a coisa tem que extravasar e, nestes momentos aparece o tal sintoma. O sintoma mensageiro de que algo deve ser mudado, algo está atrapalhando o equilíbrio. Algo que precisa ser resignificado.

Um bom psicólogo irá ler esses sintomas e te ajudará no processo de mudar a sua carga, de carga negativa para positiva. Não vamos mudar as coisas que te aconteceram nem a sua história de vida, mas vamos te ajudar no processo de mudar o resultado, o efeito negativo será resignificado.

Psicóloga Marisa Graziela M Morais

( Clínica de Psicologia)

24 de jul. de 2014

Autismo: Mitos e Verdades


Nestes anos de luta, vi muita coisa errada sobre o autismo, algumas me levaram a atitudes que hoje sei serem inadequadas. Muitas desinformações nos levam a problemas emocionais, a dificuldades mil que podem e devem ser evitadas.

O MITO os autistas têm mundo próprio

A VERDADE: os autistas têm dificuldades de comunicação, mas mundo próprio de jeito nenhum.O duro é que se comunicar é difícil para eles, nós não entendemos, acaba nossa paciência e os conflitos vêm.
Ensiná-los a se comunicar pode ser difícil, mas acaba com estes conflitos.

O MITO; Os autistas são super inteligentes

A VERDADE; assim como as pessoas normais, os autistas tem variações de inteligência se comparados um ao outro.è muito comum apresentarem níveis de retardo mental.

O MITO: Os autistas não gostam de carinho

A VERDADE: Todos gostam de carinho, com os autistas não é diferente. Acontece que alguns têm dificuldades com relação a sensação tátil, podem sertir-se sufocados com um abraço por exemplo.Nestes casos deve-se ir aos poucos, querer um abraço eles querem, a questão é entender as sensações. Procure avisar antes que vai abraçá-lo, prepare-o primeiro por assim dizer. Com o tempo esta fase será dispensada.O carinho faz bem para eles como faz para nós.

O MITO: Os autistas gostam de ficar sozinhos.

A VERDADE: Os autistas gostam de estar com os outros, principalmente se sentirem-se bem com as pessoas, mesmo que não participem, gostam de estar perto dos outros.Podem as vezes estranhar quando o barulho for excessivo, ou gritar em sinal de satisfação, quando seus gritos não são compreendidos, muitas vezes pensamos que não estão gostando.Tente interpretar seus gritos.

O MITO: Eles são assim por causa da mãe ou porque não são amados.

A VERDADE: O autismo é um distúrbio neurológico, pode acontecer em qualquer família, religião etc. A maior parte das famílias em todo o mundo tendem a mimá-los e superprotegê-los, são muito amados, a teoria da mãe geladeira foi criada por ignorância, no início do século passado e já foi por terra pouco tempo depois.É um absurdo sem nexo.

O MITO os autistas não gostam das pessoas

A VERDADE: os autistas amam sim, só que nem sempre sabem demonstrar isto.Os problemas e dificuldades de comunicação deles os impedem de ser tão carinhosos ou expressivos, mas acredite que mesmo quetinho, no canto deles, eles amam sim, sentem sim, até mais que os outros.

O MITO os autistas não entendem nada do que está acontecendo.

A VERDADE: Os autistas podem estar entendendo sim, nossa medida de entendimento se dá pela fala, logo se a pessoa não fala, acreditamos não estar entendendo, mas assim como qualquer criança que achamos não estar prestando atenção, não estar entendendo, de repente a criança vem com uma tirada qualquer e vemos que ela não perdeu nada do que se falou, o autista só tem a desvantagem de não poder falar.Pense bem antes de falar algo perto deles.

O MITO: O certo é interná-lo, afinal numa instituição saberão como cuidá-lo

A VERDADE Toda a criança precisa do amor de sua família, a instituição pode ter terapeutas, médicos, mas o autista precisa de mais do que isto, precisa de amor, de todo o amor que uma família pode dar, as terapias fazem parte, uma mãe, um pai ou alguém levá-lo e trazê-lo também.

O MITO: Ele grita, esperneia porque é mal educado

A VERDADE: o autista não sabe se comunicar, tem medos, tem dificuldades com o novo, prefere a segurança da rotina, então um caminho novo, a saída de um brinquedo leva-os a tentar uma desesperada comunicação, e usam a que sabem melhor, gritar e espernear.Nós sabemos que isto não é certo, mas nos irritamos, nos preocupamos com olhares dos outros, as vezes até ouvimos aqueles que dizem que a criança precisa apanhar, mas nada disto é necessário.

Esta fase de gritar e espernear passa, é duro, mas passa.Mesmo que pareça que ele não entenda, diga antes de sair que vai por ali, por aqui etc. e seja firme em suas decisões.Não ligue para os olhares dos outros, você tem mais o que fazer.Não bata na criança , isto não ajudará em nada, nem a você e nem a ele.Diga com firmeza que precisa ir embora por exemplo, e mantenha-se firme por fora, por mais difícil que seja.

Fonte: Universo autista (www.universoautista.com.br)







23 de jul. de 2014

Esquizofrenia - Causas biológicas


Cientistas descobrem 80 genes ligados a esquizofrenia

Maior estudo genético da doença sugere que mal pode ter causas biológicas e abre portas para novos tratamentos.

O maior estudo sobre esquizofrenia já realizado no mundo descobriu 80 novos genes que podem colocar os seus portadores em risco de desenvolver esquizofrenia. A pesquisa, publicada na revista especializada "Nature", sugere que a esquizofrenia pode ter causas biológicas e abre a possibilidade de novos tratamentos que possam surgir a partir das conclusões.

Há anos cientistas debatem o papel dos genes no desenvolvimento da esquizofrenia, um problema que afeta mais de 24 milhões de pessoas no mundo inteiro.
A iniciativa reuniu pesquisadores de 35 países e foi coordenada por cientistas da Universidade de Cardiff, na Grã-Bretanha. Os cientistas examinaram a formação genética de 37 mil pessoas que têm o problema, comparando-as com outras 110 mil pessoas que não sofrem de esquizofrenia.

'Nova biologia'
Os pesquisadores encontraram mais de cem genes que tornam as pessoas mais suscetíveis à esquizofrenia, sendo que 83 deles nunca tinham sido identificados antes. Muitos destes genes estão envolvidos na transmissão de mensagens no cérebros. Outros são conhecidos por desempenhar uma função no sistema imunológico.

"Por muitos anos foi difícil desenvolver novas linhas de tratamento para a esquizofrenia. Fomos prejudicados pela pouca compreensão da biologia da doença", disse o professor da Universidade de Cardiff Michael O'Donovan.

"Descobrir um grupo totalmente novo de associações genéticas abre uma janela para experimentos mais bem informados com o objetivo de decifrar a biologia desta doença", afirmou. "Esperamos (criar) novos tratamentos."
O professor David Curtis, do University College de Londres, e um dos autores da pesquisa, conta que no passado a comunidade acadêmica "lutou com a opinião de que os problemas psiquiátricos não eram doenças 'reais'".
Por isso, diz, "os estudos genéticos pioneiros não tiveram muito sucesso".

"Agora mostramos, com confiança, que há processos biológicos envolvidos", afirmou. "Este estudo coloca a psiquiatria na mesma categoria de outras partes da medicina."
Para Gerome Breen, do King's College de Londres, que não participou da pesquisa, o estabelecimento de novas relações entre genética e esquizofrenia é "revolucionária".

"O tratamento com remédios para esquizofrenia não mudou muito desde a década de 1970. Agora temos uma grande quantidade de nova biologia para estudar, e uma série totalmente nova de ideias que podem abrir muitos caminhos para tratamentos."

Fonte: BBC

9 de jul. de 2014

Depressão no Idoso




Não faz muito tempo. Dizia que o Brasil era um "país jovem", boa parte de sua população tinha menos de 30 anos de idade. No entanto, uma rápida mudança vem ocorrendo nos últimos anos, tanto no Brasil, como no mundo em geral. O numero de idosos (pessoas acima de 65 anos de idade, a chamada terceira idade) vem crescendo rapidamente na população. No Brasil havia cerca de 10 milhões em 1990; esse numero deve chegar a 15 milhões no ano 2000 e 34 milhões em 2025.

Entre as principais doenças mentais que atingem os idosos está a depressão. É uma doença freqüente em todas as fases da vida, estimando-se que cerca de 15% dos idosos apresentem alguns sintomas depressivos e cerca de 2% tenham depressão grave. Esses números são ainda maiores entre os idosos internados em asilos ou hospitais.

Depressão não é apenas uma tristeza passageira, diante de um fato adverso da vida. A pessoa apresenta uma tristeza profunda e duradoura, acompanhada de desânimo, apatia, desinteresse, impossibilidade de desfrutar dos prazeres da vida. Não se interessa pelas atividades diárias, não dorme bem, não tem apetite, muitas vezes tem queixas vagas como fadiga, dores nas costas ou na cabeça. Aparecem pensamentos "ruins", como idéias de culpa, inutilidade, desesperança; nos casos mais graves podem ocorrer idéias de suicídio.

As causas da depressão são desconhecidas. Acredita-se que vários fatores - biológicos, psicológicos e sociais - atuando concomitantemente levem à doença. Fatores biológicos, como a presença de depressão em outros membros da família podem ser considerados predisponentes, enquanto fatores psicológicos e sociais, por exemplo, perda de um ente querido, perda de suporte social, podem desencadear um episódio de depressão. Sabe-se que na depressão há alterações no equilíbrio dos sistemas químicos do cérebro, principalmente nos neurotransmissores noradrenalina e serotonina.

O reconhecimento da depressão no idoso muitas vezes é difícil. Preconceitos em relação à velhice e às doenças mentais dificultam o acesso dos pacientes a um tratamento adequado. Existe a idéia bastante arraigada de que a depressão é um fato "normal" na velhice. Não é! O idoso não precisa ser necessariamente triste. Quando alguém fica desanimado e triste por algumas semanas é preciso levá-lo a um psiquiatra, para uma avaliação especializada, pois pode estar sofrendo de depressão. Muitas pessoas ainda ficam constrangidas de procurar o psiquiatra, diante da idéia de terem uma doença mental. Por causa desses preconceitos, estima-se que cerca de metade dos pacientes deprimidos fiquem sem diagnóstico e tratamento adequados.

A depressão é uma doença como outra qualquer, cujo tratamento tem sofrido avanços significativos nos últimos anos. Medicamentos antidepressivos, que atuam nos neurotransmissores permitem uma recuperação do equilíbrio químico do cérebro, com a melhora dos sintomas da depressão. Essa recuperação demora algumas semanas, durante as quais o apoio dos familiares é também fundamental. O acompanhamento psicoterápico permite uma complementação do tratamento medicamentoso, propiciando a recuperação da qualidade de vida do idoso.

Prof. Dr. Mario Rodrigues Louzã Neto
Saúde Mental, Psiquiatria e Psicanálise

Exame de Sangue Detecta Alzheimer






Estudo abre caminho para diagnóstico de Alzheimer por exame de sangue simples - 

Por Kate Kelland



Cientistas britânicos identificaram um conjunto de 10 proteínas no sangue que podem prever o aparecimento do mal de Alzheimer e definiram a descoberta como um passo importante no desenvolvimento de um teste para detectar essa doença cerebral incurável.

O teste poderia ser usado inicialmente na seleção de pacientes para tratamentos experimentais com o objetivo de tentar deter a progressão do mal de Alzheimer, disseram os pesquisadores, e poderia um dia passar a ter uso rotineiro em clínicas médicas.

"O Alzheimer começa a afetar o cérebro muitos anos antes que os pacientes sejam diagnosticados com a doença. Muitos dos nossos testes com drogas falham porque no momento em que os pacientes recebem os medicamentos, o cérebro já foi severamente afetado", disse Simon Lovestone, da Universidade Oxford, que liderou este trabalho do King's College, de Londres.

"Um simples exame de sangue poderia nos ajudar a identificar os pacientes em um estágio bem inicial para que participem de novos testes, e assim esperamos desenvolver tratamentos", disse ele.
O valor das ações da empresa de biotecnologia Proteome Ciências, coautora do estudo com cientistas do Kings College, subiu 12 por cento após a divulgação da notícia na manhã desta terça-feira.

O mal de Alzheimer é a forma mais comum de demência, uma doença que danifica o cérebro. Em 2010, a estimativa era que o custo decorrente da enfermidade no mundo chegava a 604 bilhões de dólares por ano.
A doença fatal afeta 44 milhões de pessoas em todo o mundo e a estimativa é que esse número triplique até 2050, segundo a entidade Alzheimer's Disease International.

Reuters Brasil

3 de jul. de 2014

Descobrindo pistas para a causa genética da esquizofrenia


Um olhar mais atento graves mutações de perda de função revelou a contribuição de ambas as partes (amarelos) herdados e novos (peça vermelha) mutações para a arquitetura genética intrigante da esquizofrenia.

NEW YORK, NY (28 de maio de 2014) - O número total e a natureza das mutações -em vez de a presença de uma única mutação influências risco de um indivíduo de desenvolver esquizofrenia, bem como a sua gravidade, de acordo com um estudo da Columbia University Medical pesquisadores do Centro publicados na última edição da revista Neuron. As descobertas podem ter implicações importantes para a detecção precoce e tratamento da esquizofrenia.
Maria Karayiorgou , MD, professor de psiquiatria e Joseph Gogos , MD, PhD, professor de fisiologia e biofísica celular e da neurociência, e sua equipe sequenciou o "exome"-região do genoma humano que codifica para proteínas de 231 pacientes com esquizofrenia e seus pais não afetados. Usando esses dados, eles demonstraram que a esquizofrenia surge de dano coletivo em vários genes.
"Este estudo ajuda a definir um mecanismo genético específico que explica algumas de herdabilidade da esquizofrenia e manifestação clínica", disse o Dr. Karayiorgou, que é chefe da Divisão de Psiquiatria e Genética Médica do Instituto Psiquiátrico do Estado de Nova York agir."A acumulação de genes danificados herdados dos pais saudáveis leva a um maior risco não só para desenvolver esquizofrenia, mas também para desenvolver formas mais graves da doença."
A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico grave em que os pacientes experimentam alucinações, delírio, apatia e dificuldades cognitivas. O transtorno é relativamente comum, afetando cerca de 1 em cada 100 pessoas, e o risco de desenvolver esquizofrenia é fortemente aumentada se um membro da família tem a doença. Anterior investigação tem-se centrado na busca de genes individuais que podem desencadear a esquizofrenia. A disponibilidade de novos high-throughput tecnologia de sequenciamento de DNA tem contribuído para uma abordagem mais holística para a doença.
Os pesquisadores compararam dados de sequenciamento de olhar para as diferenças genéticas e identificar novas perda de função mutações que são mais raros, mas têm um efeito mais grave em casos de função-in de genes comuns da esquizofrenia que não haviam sido herdados dos pais dos pacientes. Eles encontraram um excesso de tais mutações em uma variedade de genes em diferentes cromossomas.
Usando os mesmos dados de sequenciamento, os pesquisadores também analisaram os tipos de mutações são geralmente repassados para pacientes com esquizofrenia de seus pais.Acontece que muitos destes são do tipo "perda de função". Essas mutações também foram encontrados para ocorrer com mais freqüência em genes com uma baixa tolerância para a variação genética.
"Estas mutações são sinais importantes para a identificação dos genes envolvidos na esquizofrenia", disse o Dr. Karayiorgou.

Os pesquisadores então olhou mais profundamente os dados de sequenciamento para tentar determinar as funções biológicas dos genes interrompidos envolvidos na esquizofrenia. Eles foram capazes de verificar duas mutações prejudiciais chave no gene SETD1A , sugerindo que este gene contribui significativamente para a doença.
SETD1A está envolvido em um processo chamado de modificação da cromatina. A cromatina é o aparato molecular que os pacotes de DNA em um volume menor para que possa caber na célula e regula fisicamente como os genes são expressos. Modificação da cromatina é, por conseguinte, uma atividade celular crucial.
A descoberta se encaixa com o acúmulo de evidências de que os danos aos genes reguladores de cromatina é uma característica comum de vários transtornos psiquiátricos e do desenvolvimento neurológico. Ao combinar os dados de mutação deste e estudos relacionados à esquizofrenia, os autores descobriram que "regulação da cromatina", foi a descrição mais comum de genes que tinham mutações prejudiciais.
"A implicação clínica deste achado é a possibilidade de utilizar o número e a gravidade das mutações envolvidas na regulação da cromatina, como forma de identificar as crianças em risco de desenvolver esquizofrenia e outros transtornos do desenvolvimento neurológico", disse o Dr. Gogos. "Explorando maneiras de reverter as alterações na modificação cromática e restaurar a expressão do gene pode ser um caminho eficaz para o tratamento."
Noutros estudos de sequenciação, os investigadores esperam identificar e caracterizar mais genes que podem desempenhar um papel na esquizofrenia e para elucidar as funções biológicas comuns dos genes.
Sobre:
O documento é intitulado "A perda de função Variantes na Esquizofrenia Risco e SETD1A como candidato Susceptibilidade genética." Os outros autores são AtsushiTakata (CUMC), Bin Xu (CUMC), IulianaIonita-Laza (CUMC) e J. LouwRoos (Universidade de Pretória).

Visite nyspi.org ecolumbiapsychiatry.org para mais informações.

2 de jul. de 2014

Ansiedade x Cérebro




Evite ansiedade vivendo com prazer hoje...

"Só sente ansiedade pelo futuro aquele cujo presente é vazio."
(Sêneca)

Sentir-se ansioso faz parte do nosso cotidiano moderno, onde momentos de verdadeiro relaxamento e paz interior são raros. Mas, será que precisa ser assim ?

A dificuldade de viver no presente é um dos maiores contribuidores da ansiedade. Desenvolvemos o hábito de viver no momento seguinte, ao invés de estar no aqui e agora.

Observe então: o mecanismo da mente de querer sempre estar no momento seguinte, gera pressa, ansiedade, inquietação interior, aceleração do coração, causando sofrimento. Todo esse stress altera a fisiologia. O corpo produz essa aceleração e a química do cérebro e hormônios são afetados. 

Tomar consciência desse mecanismo é o primeiro passo para começar a viver o agora, o que certamente irá contribuir na diminuição da ansiedade. 

Toda a vez que sua mente começar a viajar para próxima atividade e você perceber, volte sua atenção para a atividade atual . 

Isso vai precisar de disciplina, mas com o tempo você o fará com naturalidade. Pois transformou-se um hábito, policiar-se em relação ao seu estado de ansiedade.

Acredite: sua mente fugirá muitas vezes. Pacientemente, cada vez que você perceber. Volte sua atenção para o presente. 

Com o passar do tempo, a mente vai mudando o padrão. Ao invés de viver no futuro e prestar pouca atenção ao presente, ela começar a viver o presente e fazer visitas rápidas ao futuro. Assim a ansiedade diminui. As ações passam a ficar mais eficientes. Pois você estará executando cada tarefa com mais atenção.

Outra forma de sair do presente é quando você começa a pensar de forma preocupada em problemas que tem para resolver . 

Isso é totalmente inútil, traz apenas sofrimento e mais ansiedade. O pior é quando acontece na hora de dormir ou no meio da noite quando você deveria fazer nada além de descansar. 

Remoer uma discussão também é mais outra forma de sair do presente. Dessa vez, a mente vai para o passado e relembra o que houve. Mesmo sendo um padrão comum à boa parte das pessoas, devemos reconhecer esse mecanismo com uma espécie de doença coletiva! 

Uma doença que tem cura, felizmente. 

Uma forma de tornar esta atitude mais fácil é fazer seu presente algo prazeroso. Para isso você não precisa de nada extraordinário. Pois, desde a mais simples atividade, como tomar um banho, pode ser algo prazeroso, se você se envolver com os aromas, com a água purificando seu corpo, com a explosão sensorial em você.

Existem algumas atitudes que podem ajudar a controlar a ansiedade, siga os conselhos:

1-Pratique atividades físicas regularmente;

2-Mantenha uma alimentação balanceada;

3-Tente reduzir o estresse diário; dê um basta aos pensamentos negativos;

4-Se precisar aposte em massagens e terapias para relaxar;

5-Mantenha o controle da respiração para reduzir as reações do sistema nervoso;

6-Ocupe a cabeça com coisas boas;

7- Procure ter uma boa noite de sono.

Também existem florais que podem ajudar a torna-lo mais presente e envolvido de forma prazerosa com a vida.

Lembre-se de tornar sua vida plena escolhendo o momento atual para ser feliz!

Pense nisso...

(Claudia Malavasi, Terapeuta Floral)

Postado por Daisi Oliveira de Souza

1 de jul. de 2014

Nem Tudo é Alzheimer




Na novela em família personagem vive declínio cognitivo.
Eis aqui um temor de muitos. A percepção de um declínio cognitivo após certa idade traz uma série de sentimentos e temores à tona. O que é um declínio normal ? Será um caso de Alzheimer ? Qual será velocidade de progressão dos sintomas ? 

A novela de Manoel Carlos (Em Família) traz uma personagem (Selma - vivenciada pela atriz Ana Beatriz Nogueira) com claros e inequívocos lapsos de memória. Ela aparenta estar por volta dos seus 60 anos de idade, conversa bem, parece recordar bem do passado remoto, no entanto, sua capacidade de fixar novas memórias é falha e isso gera inúmeras situações embaraçosas e angustiantes. 

Segundo o Neurologista Leandro Teles, membro da Academia Brasileira de Neurologia, todo declínio cognitivo deve ser investigado, quantificado e ter seus determinantes elucidados. “Independente da idade de início, sempre que ocorrer perda ou redução de habilidades intelectuais previamente desenvolvidas, com impacto negativo na qualidade de vida, surge a necessidade de avaliação, investigação e conduta médica apropriada”, afirma.

Inicialmente é recomendada uma consulta abrangente e estruturada, afim de determinar a intensidade e quais habilidades mentais estão funcionando aquém do esperado. “Existem várias capacidades mentais que podem (e devem) ser testadas para guiar um diagnóstico desse tipo de declínio, tais como: atenção, função executiva, memória (retenção e evocação), capacidade visual espacial, etc. Muitas vezes a queixa é de dificuldade em memorizar e o problema está em outra habilidade mental, como a atenção, por exemplo” explica o especialista.

NEM TUDO É ALZHEIMER

Na verdade, a doença de Alzheimer é uma das causas comuns para a perda progressiva da habilidade de fixar adequadamente novas memórias, mas não a única. Segundo Teles, existem diagnósticos que podem mimetizar alguns aspectos do Alzheimer, confundindo até especialistas: “A memória é uma função muito complexa e sujeita a ruídos, quadros de esquecimentos podem eventualmente ser fruto de disfunção da tireoide, depressão, pequenos acidentes vasculares cerebrais não percebidos, traumatismo repetido na cabeça, carência vitamínica, outras doenças degenerativas que não Alzheimer, etc",diz o neurologista. E complementa: “Por vezes, o quadro inicial é bem sutil ou restrito a apenas um aspecto da cognição. Nesses casos, precisamos acompanhar o paciente por um tempo adequado até entender a natureza (progressiva ou não) do distúrbio cognitivo leve e seus determinantes”, alerta.

O que fazer ? Tem tratamento ?

A dificuldade em fixar novas memórias deve ser reconhecida e bem avaliada por um médico. Feita a investigação pertinente o tratamento deverá ser personalizado caso a caso. Segundo Teles existem medicamentos para tratar o sintoma de esquecimento e outras medidas complementares. “Sempre que uma causa reversível por identificada o tratamento deverá ser específico para a causa em questão. Aliado a isso, existem medicamentos que visam melhorar a capacidade de memorização, com bom impacto principalmente em formas inicias de distúrbios cognitivos, tanto no controle dos sintomas, como na velocidade de progressão nas causas degenerativas, como a doença de Alzheimer”, esclarece.

Além de medicamento o especialista enfatiza o papel de atividades físicas e mentais. “É fundamental manter corpo e mente ativos, tanto como prevenção, como no “tratamento. Dieta saudável, exercícios aeróbicos e atividades cognitivas rotineiras, são essenciais na evolução”,comenta. 

E finaliza: “Ainda pecamos muito no reconhecimento de formas leves de declínio cognitivo, tendemos a tapar o Sol com a peneira, atribuir sintomas de doença à idade e privamos muitos paciente de diagnóstico e condutas adequadas. Por isso gosto da iniciativa de apresentar um caso típico em um meio de grande repercussão, como a novela em horário nobre”.

Dr Leandro Teles - Médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) Especialista em Neurologia com Residência Médica concluída no Hospital das Clínicas da USP. Médico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Distúrbios do Sono.

O sono é parte essencial da existência humana, pelo simples fato das pessoas passarem um terço da vida dormindo. Um sono de boa qualidade é essencial para o bem-estar físico e emocional.

O sono representa um estado individual reversível de desligamento da percepção do ambiente e com modificação do nível de consciência e da responsividade a estímulos internos e externos. Trata-se de um processo ativo envolvendo múltiplos e complexos mecanismos fisiológicos e comportamentais em vários sistemas e regiões do sistema nervoso central. A função mais simples do sono destina-se à recuperação pelo organismo de um possível débito energético estabelecido durante a vigília.

Muitos estudos têm demonstrado que os fatores psicológicos têm um papel muito importante nas causas de numerosos distúrbios do sono, o que permitiu a utilização de um amplo repertório de estratégias psicológicas para melhorar o sono
desses pacientes.

Dentre os distúrbios do sono, a insônia é um dos mais freqüentes e se apresenta como dificuldade para iniciar ou permanecer dormindo, ter muitos despertares durante a noite ou uma alteração do padrão do sono, que ao despertar, faz com que o indivíduo tenha a sensação de ter dormido pouco. A insônia não é uma doença, é um sintoma que possui muitas causas diferentes, incluindo distúrbios emocionais, físicos e o uso de medicamentos.

A Psicologia contribui através de conceitos, técnicas e métodos específicos e exclusivos à sua área, a fim de criar um espaço para a solução de problemas de ajustamento e condições de auto-realização, de convivência e de desempenho para o indivíduo. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) tem apresentado eficiência no tratamento dos distúrbios do sono, principalmente com a insônia.

A primeira meta da Terapia Cognitiva Comportamental no tratamento da insônia é a de orientar o paciente para o modelo cognitivo-comportamental, identificar pensamentos automáticos negativos a respeito do sono e promover uma avaliação real do sono por meio de técnicas específicas. 

Através do conhecimento do modelo cognitivo-comportamental, as cognições são exploradas, questionadas e gradualmente substituídas por pensamentos e crenças mais adaptativas. Por meio dessa reestruturação que influencia diretamente o estado emocional e o comportamento do paciente, que haverá uma implicação numa modificação na qualidade do seu sono.

Se você sofre de insônia, procure  ajuda de um profissional.

Cláudia P. S. Nogueira
Psicóloga -CRP: 06/32758

Dopamina e suas funções psíquicas



Dopamina e suas funções psíquicas, orgânicas, comportamentais e obtenção

A dopamina é uma substância química liberada pelo cérebro que desempenha uma série de funções, incluindo prazer, recompensa, movimento, memória e atenção. Doença de Parkinson e dependência de drogas são alguns dos problemas associados com os níveis de dopamina anormais.

SINTOMAS DE DESEQUILÍBRIO DA DOPAMINA
Dopamina fornece a sensação de bem-estar, tais como prazer, apego e amor. Ele também permite que você integre pensamentos e sentimentos, por exemplo, dando a capacidade de se concentrar ou se concentrar em tarefas cognitivas. Certas drogas ilícitas, ou mesmo fármacos lícitos podem aumentar os níveis de dopamina e provocar mudanças significativas no humor, dando aos usuários sintomas de um senso falso de bem-estar. Estas drogas fazem sintomas de desequilíbrio da dopamina piores quando a droga desaparece da circulação. A dopamina, juntamente com a norepinefrina são os principais neurotransmissores relacionados com a motivação pela vida e capacidade em enfrentarmos desafios.

SINTOMAS DE DOPAMINA DEFICIENTE

Falta da sensação de bem-estar, felicidade, prazer ou apego aos entes queridos. Você pode não ser capaz de resolver problemas, ou administrar sentimentos e responder de forma adequada e pode sentir-se distraído com muita facilidade.

Falta de remorso sobre os comportamentos imorais.

Além disso, você pode se sentir cansado, inquieto, agitado e irritável, ou você pode não dormir bem durante a noite.


Baixíssimos níveis de dopamina podem resultar em sintomas significativos de agitação e senso de não realidade, como pode ser visto em pacientes com esquizofrenia.

SINTOMAS DE DOPAMINA AUMENTADA

A vasoconstrição, ou estreitamento da parede muscular dos vasos sanguíneos, é comumente visto devido a altos níveis de dopamina, daí a ocorrência de extremidades frias até necroses.
Batimentos cardíacos irregulares são freqüentes. Indivíduos com problemas respiratórios podem experimentar aumento da dispnéia ou falta de ar.

Os efeitos gastrointestinais, como náuseas e vômitos, também podem ocorrer.

Prazer
A dopamina é também um sistema de recompensa química do cérebro. Ele é liberado durante situações prazerosas para nos estimular a buscar essas situações novamente. Algo tão pequeno como um elogio pode estimular uma resposta de dopamina, mas também é desencadeada por tudo, desde o uso de drogas ao sexo.

Nutrição
Fenilalanina e tirosina são blocos de construção necessários para a produção de dopamina. Algumas fontes alimentares ajudam no fabrico do corpo da dopamina. Estes incluem maçã, beterraba, banana, mel, tofu, pepino, espinafre, queijo, brócolis, melancia, aipo, ovo e peixe.

Uma dieta rica em mirtilos e espirulina (alga azul-verde) – também podem ser indicados, a depender da condição clínica e resultados de exames como a bioressonância.

Nozes e sementes, amêndoas, sementes de abóbora e sementes de gergelim são ricos em tirosina. Outras sementes ricas em fenilalanina, outro precursor, incluem sementes de girassol, caroço de algodão e sementes de melancia secas.

PENSAMENTOS:
Ser ordeiro e ter disciplina são fundamentais não somente para determos as corretas concentrações de neurotransmissores, mas fundamentalmente para alcançarmos nossos objetivos. ”Somente quando o homem tiver ordenado sua vida é que compreenderá a ordem eterna”.

ERVAS
Recomendadas: Erva de São João, Vinca (flor azul), Ayuhasca, Chá Verde, Ginkgo biloba, Ginseng (todos), Favas, Ashwagandha, ou Withania somnifera e Feijão preto.
Quando estes são corretamente indicados, aumentam a sensação de prazer, amor, apego e um sentimento de pertencimento.

Suplementos
L-Fenilalanina, L- Theanina, Mucuna, Tirosi,Fosfatidilserina, Fosfatidilcolina,vitaminas B6, B-3, B-9, B12, C e E, oléo de peixe, ômegas 3 e 6, Cobre quelado e fosfato de potássio

Tomar suplementos três vezes ao dia, 30 minutos antes de uma refeição que contém ácidos graxos.

Claro que todas as possibilidades são checadas em consulta, para ver qual dieta, ou suplemento mais indicados a cada um.

30 de jun. de 2014

As conseqüências da imobilidade no corpo humano



Quando se fala de imobilidade pensa-se no indivíduo que está sempre deitado, no entanto, a redução de força muscular que leva a uma incapacidade de marcha gera também uma Síndrome da Imobilidade Prolongada mas neste caso, como é comum nas Instituições que acolhem idosos e Pessoas portadoras de deficiência, de posição sentado prolongada.

O aspeto dinâmico do corpo, ou seja, a capacidade/necessidade que o corpo tem de se movimentar, é um dos principais responsáveis pela nossa saúde. Qualquer alteração desta dinâmica afetará, mais cedo ou mais tarde, tanto os músculos como as estruturas responsáveis pelos atos motores.

Considera-se que de sete a dez dias seja um período de repouso, de doze a quinze dias já é considerada imobilização e a partir de quinze dias é considerado decúbito de longa duração (KANOBEL, 2004).

Os efeitos da imobilidade são definidos como uma redução na capacidade funcional dos sistemas ósseo, muscular, respiratório, cardiovascular, urinário e linfático.

A imobilidade prolongada pode alterar também o estado emocional da pessoa, podendo esta apresentar ansiedade, apatia, depressão, alterações de humor, isolamento social, entre outros. 
Implicações clínicas da Imobilidade 
Disfunções osteoarticulares 

As articulações tornam-se mais rígidas devido ao aparecimento de fibroses (são como “teias de aranha” que se instalam em redor das estruturas ósseas dificultando o seu movimento) e o líquido que as “alimenta” (líquido sinovial) diminui. Este líquido deixa de fluir adequadamente podendo extravasar pelas estruturas à sua volta causando inchaço articular. A probabilidade de osteoporose aumenta consideravelmente. 
Disfunções musculares 

Os músculos perdem flexibilidade, ou seja, capacidade de contrair e relaxar. Sendo assim, instala-se uma atrofia muscular e conseqüente perda de força muscular. 
Disfunções respiratórias 

Os nossos pulmões utilizam músculos para respirar. Sendo que existe uma perda de força muscular, a respiração é afetada, principalmente, na posição de deitado, pois a actuação da força da gravidade dificulta os movimentos respiratórios. Verifica-se, então, uma diminuição da capacidade vital 
Disfunções do sistema cardiovascular 

Diminuição do volume total de sangue, redução da concentração de hemoglobinas (que pode originar situações de anemia) e diminuição do consumo máximo de oxigênio. 
Disfunções do sistema urinário e linfático 

Sendo que ambos os sistemas utilizam o movimento e a força da gravidade a seu favor, em situações de Síndrome de Imobilidade Prolongada o seu funcionamento está comprometido, causando: retenção de líquidos e inchaço – especialmente dos membros inferiores e ventre.

Fisioterapeuta Patrícia Alexandra Aboim 



Postado por Daisi Oliveira de Souza

1 de mai. de 2014

IMPLANTE CEREBRAL e o ALZHEIMER



IMPLANTE CEREBRAL PARA RESTAURAR MEMÓRIA É DESENVOLVIDO PELOS EUA.




Pesquisa poderá ajudar milhões de pessoas com Mal de Alzheimer.
Soldados com lesões cerebrais graves também poderão se beneficiar.

Sonho de muitos mortais, apagar ou recuperar da memória uma recordação pode se tornar realidade graças a um grupo de pesquisadores militares que desenvolvem um implante cerebral capaz de restaurar recordações de soldados e pacientes com problemas neurológicos.

A Agência de Investigação de Projetos Avançados de Defesa (DARPA) desenvolve um plano de quatro anos para construir um sofisticado estimulador de memória. Caso tenha sucesso, a pesquisa poderá beneficiar, por exemplo, milhões de pessoas acometidas com o Mal de Alzheimer.

O projeto faz parte de um investimento de US$ 100 milhões concedido pelo presidente Barack Obama, que visa fomentar pesquisas de aprofundamento na compreensão do cérebro humano.

A ciência nunca tentou tal façanha antes, e o tema levanta inúmeros questionamentos éticos, como por exemplo se a mente humana pode ser manipulada com o intuito de controlar feridas de guerra ou o envelhecimento do cérebro.

Assim como quem sofre de demência, as pesquisas poderão ajudar os cerca de 300 mil soldados norte-americanos que sofreram lesões cerebrais graves no Iraque e no Afeganistão.

"Se você ficou ferido no cumprimento de seu dever e não consegue se lembrar da sua família, queremos ser capazes de recuperar este tipo de função", disse esta semana o gerente do programa do DARPA, Justin Sánchez, em conferência realizada em Washington, organizada pelo Centro de Saúde Cerebral da Universidade do Texas.

"Pensamos que podemos desenvolver dispositivos neuro-protésicos que possam interagir diretamente com o hipocampo para restaurar o primeiro tipo de recordação que apontamos, a memória declarativa", disse.


A memória declarativa, também chamada de memória explicita, é uma forma de memória de longo prazo que armazena a identificação de pessoas, acontecimentos, feitos e números. Nenhuma pesquisa conseguiu mostrar como, uma vez perdidas, estas lembranças podem ser recuperadas.


Como um marcapasso

O que os cientistas da área são capazes de fazer até o momento é ajudar a reduzir os tremores de pessoas que sofrem do Mal de Parkinson, controlar as convulsões de epilépticos e melhorar a memória de alguns pacientes com Alzheimer através de um processo chamado estimulação cerebral.

Estes dispositivos, inspirados nos marcapassos usados por pacientes que sofrem de problemas cardíacos, enviam sincronizadamente estímulos elétricos ao cérebro, mas não funcionam de maneira igual em todos os doentes.

Os especialistas garantem que é necessário desenvolver algo parecido para trabalhar na recuperação da memória. "A memória é um assunto de padrões e conexões", explicou Robert Hampson, professor associado da universidade Wake Forest.

"Para desenvolvermos a prótese de memória, devemos primeiramente ter algo que nos mostre quais são os padrões específicos", ressaltou Hampson, negando-se a falar explicitamente sobre a pesquisa do DARPA.

A investigação de Hampson em roedores e macacos tem demonstrado que os neurônios do hipocampo - zona do cérebro que processa a memória - se ativam de maneiras diferentes quando o sujeito vê a cor vermelha ou azul, ou quando é confrontado com uma fotografia de um rosto ou de um alimento.

Munido desta descoberta, Hampson e seus colegas puderam estender a memória de curto prazo dos animais usando próteses cerebrais para estimular o hipocampo.

Os pesquisadores também conseguiram que um macaco dopado agisse quase normalmente ao realizar uma tarefa de memória, e o confundiram manipulando o sinal para que ele escolhesse a imagem oposta da que ele se lembrava.

Assim, segundo Hampson, para restaurar uma lembrança humana específica, os cientistas necessitariam saber qual é exatamente o padrão, ou caminho, para aquela memória.

Outros cientistas da área consideram que podem melhorar a memória de uma pessoa ajudando o cérebro a trabalhar de forma similar à que trabalhava antes de sofrer a lesão cerebral.

Preocupações éticas

É fácil prever que a manipulação das lembranças de uma pessoa abrirá um campo de batalha ético. Foi o que disse Arthur Caplan, médico especializado em ética do centro médico de la Universidade Langone, em Nova York.

"Quando você mexe com o cérebro, mexe com sua própria identidade", disse Caplan, que presta consultoria à DARPA em assuntos de biologia sintética.

"O custo de alterar a mente é que se corre o risco de perder sua identidade, e este é um tipo de risco que nunca enfrentamos antes".


No que diz respeito aos soldados, a possibilidade de que seja factível apagar memórias ou inocular novas recordações pode interferir nas técnicas de combate, fazer com que os soldados sejam mais violentos e menos escrupulosos, ou até mesmo manipular o andamento de investigações de crimes de guerra, advertiu Caplan.

"Se eu puder tomar uma pílula ou colocar um capacete para que algumas lembranças sejam apagadas, talvez eu não tenha que viver com as consequências do que faço", disse.

A página da DARPA na internet assinala que, devido a seus "programas levarem a ciência até seus limites", a agência "periodicamente consulta estudiosos com gabarito para aconselhar e discutir temáticas de relevância ética, legal e social".

Uma das muitas perguntas sem resposta sobre o projeto é quem estará à frente dos primeiros testes em seres humanos, quais serão as primeiras cobaias.

Sánchez afirmou que os próximos passos da pesquisa serão anunciados dentro de poucos meses. "Temos alguns dos cientistas mais talentosos de nosso país trabalhando neste projeto. Então fiquem ligados: muitas coisas promissoras estão por vir num futuro muito próximo".


9 de jan. de 2014

CIENTISTAS CANADENSES CONSEGUEM REVERTER A DOENÇA

Mal de Alzheimer: cientistas canadenses conseguem reverter a doença


Cientistas da Univerisidade de Toronto, no Canadá, conseguiram reverter o Alzheimer em pacientes com a doença, há mais de um ano.

Os cientistas usaram a técnica de estimulação cerebral profunda, com elétrodos, para aplicar pulsos de eletricidade diretamente no cérebro, como noticiamos aqui no SoNoticiaBoa em novembro passado, antes da publicação da descoberta.

Pesquisadores liderados por Andres Lozano, aplicaram a técnica em seis pacientes.

Em dois deles, a deterioração da área do cérebro associada à memória não só parou de encolher como voltou a crescer.

Nos outros quatro, foi parado o processo de deterioração.

Nos portadores de Alzheimer, a região do cérebro conhecida como hipocampo é uma das primeiras a encolher.

O centro de memória funciona no hipocampo, convertendo as memórias de curto prazo em memórias de longo prazo.

A degradação do hipocampo revela alguns dos primeiros sintomas da doença, como a perda de memória e a desorientação.

A equipe de cientistas instalou os dispositivos no cérebro de seis pessoas que tinham sido diagnosticadas com Alzheimer, há, pelo menos, um ano.

Após 12 meses de estimulação, um dos pacientes teve um aumento do hipotálamo de 5 por cento e, outro, 8 por cento.

Esta descoberta pode levar a novos caminhos para tratamentos de Alzheimer, uma vez que é a primeira vez que foi revertida a doença.

Os cientistas têm, contudo, ainda de conhecer mais sobre o modo como a estimulação funciona no cérebro. Com informaçôes da BBC.


http://sonoticiaboa.band.uol.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1320&catid=57&Itemid=120


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