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30 de jun. de 2014

As conseqüências da imobilidade no corpo humano



Quando se fala de imobilidade pensa-se no indivíduo que está sempre deitado, no entanto, a redução de força muscular que leva a uma incapacidade de marcha gera também uma Síndrome da Imobilidade Prolongada mas neste caso, como é comum nas Instituições que acolhem idosos e Pessoas portadoras de deficiência, de posição sentado prolongada.

O aspeto dinâmico do corpo, ou seja, a capacidade/necessidade que o corpo tem de se movimentar, é um dos principais responsáveis pela nossa saúde. Qualquer alteração desta dinâmica afetará, mais cedo ou mais tarde, tanto os músculos como as estruturas responsáveis pelos atos motores.

Considera-se que de sete a dez dias seja um período de repouso, de doze a quinze dias já é considerada imobilização e a partir de quinze dias é considerado decúbito de longa duração (KANOBEL, 2004).

Os efeitos da imobilidade são definidos como uma redução na capacidade funcional dos sistemas ósseo, muscular, respiratório, cardiovascular, urinário e linfático.

A imobilidade prolongada pode alterar também o estado emocional da pessoa, podendo esta apresentar ansiedade, apatia, depressão, alterações de humor, isolamento social, entre outros. 
Implicações clínicas da Imobilidade 
Disfunções osteoarticulares 

As articulações tornam-se mais rígidas devido ao aparecimento de fibroses (são como “teias de aranha” que se instalam em redor das estruturas ósseas dificultando o seu movimento) e o líquido que as “alimenta” (líquido sinovial) diminui. Este líquido deixa de fluir adequadamente podendo extravasar pelas estruturas à sua volta causando inchaço articular. A probabilidade de osteoporose aumenta consideravelmente. 
Disfunções musculares 

Os músculos perdem flexibilidade, ou seja, capacidade de contrair e relaxar. Sendo assim, instala-se uma atrofia muscular e conseqüente perda de força muscular. 
Disfunções respiratórias 

Os nossos pulmões utilizam músculos para respirar. Sendo que existe uma perda de força muscular, a respiração é afetada, principalmente, na posição de deitado, pois a actuação da força da gravidade dificulta os movimentos respiratórios. Verifica-se, então, uma diminuição da capacidade vital 
Disfunções do sistema cardiovascular 

Diminuição do volume total de sangue, redução da concentração de hemoglobinas (que pode originar situações de anemia) e diminuição do consumo máximo de oxigênio. 
Disfunções do sistema urinário e linfático 

Sendo que ambos os sistemas utilizam o movimento e a força da gravidade a seu favor, em situações de Síndrome de Imobilidade Prolongada o seu funcionamento está comprometido, causando: retenção de líquidos e inchaço – especialmente dos membros inferiores e ventre.

Fisioterapeuta Patrícia Alexandra Aboim 



Postado por Daisi Oliveira de Souza

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