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30 de mai. de 2013

Neurônios Novos e Memórias da Infância

Pesquisa relaciona produção de neurônios a perda de memórias da infância

Um estudo realizado no Canadá sugere que o alto ritmo de produção de novos neurônios no início da infância pode estar relacionado ao fato de nós não conseguirmos lembrar de fatos ocorridos nos primeiros anos de nossas vidas.

Segundo a pesquisa da Universidade de Toronto e do Hospital para Crianças Doentes da cidade canadense, a formação de novas células cerebrais aumenta a capacidade de aprendizado, mas também "limpa" as memórias mais antigas.

A neurogênese (formação de novos neurônios) no hipocampo, uma região do cérebro conhecida por sua importância na aprendizagem e na memória, alcança seu nível máximo antes e depois do nascimento e então vai caindo durante a infância e idade adulta.

Uma especialista britânica afirmou que o estudo canadense pode levantar questionamentos em relação a algumas teorias psicológicas.

Camundongos

Para descobrir qual o impacto do processo de geração de novos neurônios no arquivamento de memórias, os pesquisadores Paul Frankland e Sheena Josselyn estudaram camundongos jovens e mais velhos.

Nas cobaias adultas, os pesquisadores descobriram que um aumento na produção de novos neurônios era suficiente para fazer com que elas esquecessem memórias anteriores ao processo.

Nos filhotes, descobriu-se que uma menor produção de novos neurônios levou os camundongos a manter memórias anteriores, evitando o esquecimento que geralmente ocorre nessa idade.

Dessa forma, a pesquisa sugere uma ligação direta entre a redução no ritmo de produção de neurônios e a persistência de memórias, o que ocorre com o passar do tempo, assim como o oposto - a ligação entre o aumento na produção de neurônios e o esquecimento de memórias anteriores.

Amnésia infantil

Isso explicaria a falta de memórias de longo prazo no começo da infância, um fenômeno conhecido como amnésia infantil.

Estudos anteriores mostraram que, apesar de algumas crianças conseguirem se lembrar de eventos, estas memórias não permanecem.

"O motivo da amnésia infantil há muito tempo é um mistério. Acreditamos que nossos novos estudos começam a explicar a razão de não termos memórias de nossos primeiros anos", afirmou Paul Frankland.

"Antes dos cinco anos de idade, temos um hipocampo muito dinâmico que não consegue arquivar informação de forma estável. Enquanto os novos neurônios são gerados, a memória pode ser comprometida no processo", acrescentou.

Para Bettina Forster, da unidade de pesquisa em neurociência cognitiva da City University de Londres, a pesquisa é "muito interessante" e mostra uma "ligação direta entre a neurogênese e a formação da memória".

"Os resultados questionam a suposta ligação entre o desenvolvimento verbal e a amnésia infantil e também questiona algumas teorias psicológicas e psicoterapêuticas sobre este assunto", afirmou.



29 de mai. de 2013

BRASILEIRO ACHA QUE ESCLEROSE MÚLTIPLA É DOENÇA DE IDOSO

BRASILEIRO ACHA QUE ESCLEROSE MÚLTIPLA É DOENÇA EXCLUSIVA DE IDOSOS.......MAS NÃO É !

Uma pesquisa divulgada às vésperas do Dia Mundial da Esclerose Múltipla (29) mostra que quase metade dos brasileiros não sabe o que é a doença e, entre os que acreditam saber, 64% erram ao mencionar "perda de memória e esquecimento". Além disso, a maior parte da população acha que o mal afeta apenas pessoas mais velhas, o que não é verdade.

O termo "esclerose" é popularmente usado como sinônimo de "miolo mole", o que talvez cause a confusão. O fato é que a esclerose múltipla causa principalmente perda de sensibilidade e tato, alterações visuais, fraqueza e falta de coordenação motora. E a faixa etária de maior prevalência é entre 20 e 40 anos, quando são feitos 70% dos diagnósticos - somente 4% dos brasileiros entrevistados sabiam desse dado.

A esclerose múltipla afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo. A doença é neurológica e autoimune – ou seja, se manifesta quando o organismo confunde células saudáveis do sistema nervoso central com intrusas, e as "ataca", provocando lesões no cérebro. O problema é mais comum no sexo feminino: a proporção é de três mulheres para cada homem. Sua causa ainda é desconhecida, mas avanços têm feito a qualidade de vida dos pacientes melhorar muito.

A pesquisa sobre o entendimento da população brasileira sobre o que é esclerose múltipla foi encomendada pela farmacêutica Novartis. Foram entrevistados 1.000 homens e mulheres com idade a partir de 16 anos, das classes A, B, C, D e E. Os dados foram coletados entre 13 de março e 15 de abril de 2013.

Este ano, a Federação Internacional de Esclerose Múltipla lançou uma campanha com o objetivo de inspirar os jovens que convivem com os desafios da doença e ajudar na adesão ao tratamento. 

Jovens do mundo todo enviaram frases de incentivo, que foram publicadas no site da entidade (http://mymotto.worldmsday.org/).
Esclerose múltipla: entenda a doença autoimune
O problema atinge o cérebro e a medula espinhal, afetando os movimentos.

No começo os sintomas são sutis, ao ponto de o paciente nem desconfiar da doença. Mas aos poucos, a esclerose múltipla começa a se manifestar com tremores, fraqueza e desequilíbrio. Hoje vamos entender como este problema acontece e ver como pacientes podem lidar com ele. 

Nosso cérebro é uma estrutura complexa. Nele, milhares de células trabalham a todo segundo, controlando tudo que acontece em nosso corpo através de impulsos elétricos, que fluem de um neurônio a outro. Mas para que essa eletricidade não se espalhe, é preciso existir uma substância que a isole. Esta é a bainha de mielina. 

Com este ataque, esta membrana protetora é destruída, afetando os impulsos elétricos. Assim, começam a se manifestar sintomas, que muitas vezes passam despercebidos. O paciente pode ter pequenas turvações da visão e alterações no controle da urina. Com o passar do tempo, pode haver surtos de fraqueza, formigamento nos braços ou pernas, visão dupla, desequilíbrio e tremor. 

A evolução da doença é imprevisível e variável. Enquanto alguns pacientes podem ter cura espontânea, outros variam entre melhora e piora do quadro, ou ainda uma incapacitação progressiva e permanente. 

Para o diagnóstico, é importante levar em conta o histórico do paciente e outros exames pedidos pelo médico. O tratamento é variado e feito, basicamente com medicamentos, associados à fisioterapia e psicoterapia. O mais importante, segundo o especialista, é não desistir. 

Do UOL
Em São Paulo 
29/05/2013


Postado por Daisi Oliveira de Souza


28 de mai. de 2013

ALERGIA A TECNOLOGIA


'Me sentia em um pesadelo', relata mulher que se diz alérgica a tecnologia.

A nutricionista britânica Julia Taylor, 53, afirma ser alérgica a tecnologia. Segundo ela, o problema a fez pensar que estava ficando louca. "Os médicos não conseguiam descobrir o que estava errado comigo [...]. Uma bateria de testes mostrou que eu estava saudável, mas parecia que minha cabeça ia explodir. Eu não conseguia dormir direito porque estava sempre cansada e cheguei a ficar acordada por quatro noites seguidas. Me sentia em um pesadelo", relatou ao "Daily Mail". 

Julia acredita que seu problema – que a deixava como um "zumbi" – tem como origem a EHS (sigla em inglês para hipersensibilidade a eletrônicos).

Em documento divulgado em 2005, a OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma que a EHS é caracterizada por uma variedade de sintomas não específicos associados à exposição a diversas fontes de campos eletromagnéticos -- como telas de TVs e celulares. Entre os indícios estão vermelhidão, formigamento, sensação de queimação, fadiga, cansaço, dificuldade de concentração, tontura, náusea, distúrbios digestivos e taquicardia.

Essa compilação de sintomas não é parte de qualquer síndrome reconhecida", afirma a OMS, que classifica 10% dos casos reportados de EHS como "severos". Os casos têm mais incidência na Suécia, Alemanha, Dinamarca, Reino Unido, Áustria e França. A Suécia classifica o problema como uma limitação funcional, mas no Reino Unido a Agência de Proteção à Saúde afirma não haver evidências científicas que associem problemas de saúde a eletrônicos.

Julia afirma que o problema começou em 2008, quando a cidade onde morava (Glastonbury), adotou uma tecnologia de internet sem fio chamada WiMax. "Eu estava bem antes disso. Depois, eu me sentia bem quando estava longe de casa. Assim que eu voltava, minha cabeça voltada a doer. Eu não suportava", relatou.

Para fugir do problema, ela se mudou com a família para East Devon, um lugar caracterizado por uma população idosa, onde o uso de tecnologia é muito menor. Julia ainda tem dores de cabeça, mas muito menos do que antes – por isso, considera que sua vida melhorou.

Outros casos

Histórias como a de Julia vêm se tornando cada vez mais comuns. Nos Estados Unidos, uma cidade chamada Green Bank (Virgínia) já serve como abrigo para aqueles que dizem ser alérgicos a radiação eletromagnética emitida por esses eletrônicos.
Em outro relato feito pelo "Daily Mail", o ex-técnico de informática Phil Inkly se disse forçado a mudar para um local isolado por causa dessa mesma alergia. Segundo ele, que vive em um trailer numa região isolada da Inglaterra, o problema tornou impossível suportar a vida moderna.

Fonte Uol notícias

Postado por Daisi de Souza Oliveira


23 de mai. de 2013

ASSINADO ACORDO UNESP E UNIVERSIDADE DE OXFORD



Unesp assina acordo de parceria com a Universidade de Oxford

Com o documento será possível realização de projetos integrados em bioeletrônica, eletrônica, biomimética e diagnósticos.
A Unesp (Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") formalizou recentemente um acordo de cooperação acadêmica com a Universidade de Oxford, da Inglaterra. A parceria surgiu devido às pesquisas integradas entre as instituições já existentes nas áreas de bioeletrônica, eletrônica, biomimética e diagnósticos.

As pesquisas desenvolvidas entre a Unesp e Oxford envolvem o diagnóstico clínico de doenças relacionadas especialmente à degeneração, como Parkinson e Alzheimer. A parceria já tem resultados. 

Uma das conquistas foi o registro de duas patentes entre as universidades relacionadas com o diagnóstico precoce de doenças neurodegenerativas e câncer.

Ainda houve, em 2011, a criação do grupo Nanobionics Research Group, que realiza pesquisas conjuntas na área de nanociência e biotecnologia. Mais informações sobre as pesquisas do Nanobionics Research Group podem ser encontradas no site.

Do Portal do Governo do Estado São Paulo 

Postado por Daisi Oliveira de Souza



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2. Em quanto tempo você encontra o número 8 na imagem?
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Se conseguiu em menos de 30 segundos,
parabéns pela boa capacidade perceptiva!

por Daisi Oliveira de Souza


21 de mai. de 2013

DOENÇAS MENTAIS E NEUROLÓGICAS ATINGEM 700 MILHÕES DE PESSOAS...




A revelação está no Plano de Ação para a Saúde Mental 2013-2020


As doenças mentais e neurológicas atingem aproximadamente 700 milhões de pessoas no mundo, representando um terço do total de casos de doenças não transmissíveis, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os especialistas advertem que pelo menos um terço dos que sofrem com problemasmentais e neurológicos não tem acompanhamento médico. A revelação está no Plano de Ação para a Saúde Mental 2013-2020.

Ao longo desta semana, especialistas estarão reunidos para discutir o assunto, em Genebra, na Suíça, durante a Assembleia Mundial da Saúde. O Plano de Ação para a Saúde Mental 2013-2020 mostra que as doenças mentais representam 13% do total de todas as doenças do mundo e são um terço das patologias não transmissíveis.

Segundo as estimativas, cerca de 350 milhões de pessoas deverão sofrer de depressão e 90 milhões terão uma desordem pelo abuso ou dependência de substâncias. A OMS define depressão como um transtorno mental comum, caracterizado por tristeza, perda de interesse, ausência de prazer, oscilações entre sentimentos de culpa e baixa autoestima, além de distúrbios do sono ou do apetite. Também há a sensação de cansaço e falta de concentração.

A depressão pode ser de longa duração ou recorrente. Na sua forma mais grave, pode levar ao suicídio. Casos de depressão leve podem ser tratados sem medicamentos, mas, na forma moderada ou grave, as pessoas precisam de medicação e tratamentos profissionais. Segundo a OMS, quanto mais cedo começa o tratamento, melhores são os resultados.

Vários fatores podem levar à depressão, como questões sociais, psicológicas e biológicas. Estudos mostram, por exemplo, que uma em cada cinco mulheres que dão à luz acaba sofrendo depressão pós-parto. Especialistas recomendam que amigos e parentes das pessoas que sofrem de depressão participem do tratamento.

As doenças neurológicas, segundo especialistas, deverão afetar 50 milhões de pessoas, entre elas a epilepsia - doença cerebral crônica que se caracteriza por convulsões recorrentes que podem levar à perda da consciência. Aproximadamente 35 milhões de pessoas deverão sofrer do Mal de Alzheimer, síndrome crônica ou progressiva que leva à perda das funções cognitivas, entre outros distúrbios.

Fonte Viva bem /band


Postado por Daisi Oliveira de Souza


DEDUÇÃO FISCAL PARA INVESTIMENTOS PRIVADOS



Investimento privado em oncologia e tratamento para deficiência terá dedução fiscal


Pessoas físicas e jurídicas poderão se beneficiar de deduções fiscais desde que contribuam com doações de recursos para o desenvolvimento de ações de prevenção e combate ao câncer e de reabilitação da pessoa com deficiências físicas, motoras, auditivas, visuais, mentais, intelectuais, múltiplas e de autismo. A iniciativa do Ministério da Saúde vai estimular a ampliação dos serviços de saúde prestados à população e a pesquisa científica na área oncológica e integra os Programas Nacionais de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) e o de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD).

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou que os programas irão ampliar as possibilidades de novas fontes de financiamento nas áreas de oncologia e pessoas com deficiência, garantindo uma cobertura adequada e atendimento de qualidade para todos os cidadãos. “Além de contribuir para humanizar o atendimento, será um grande incentivo para a área de pesquisa clínica de câncer, campo que o Brasil irá fortalecer cada vez mais”, completou. “A regulamentação dessa Lei reforça que o investimento no tratamento do câncer é prioridade, assim como o atendimento da pessoa com deficiência, uma vez que estamos permitindo a ampliação e a qualificação de projetos e pesquisas que estimulem a inovação tecnológica também nesta área”, concluiu.

**** Entidades sem fins lucrativos serão apoiados com os recursos captados por meio dos programas que vão beneficiar serviços médicos, de formação, treinamento e aperfeiçoamento de profissionais, além da realização de pesquisas clínicas, epidemiológicas e experimentais. Para fins de dedução, os doadores poderão abater até um por cento do Imposto de Renda devido com relação ao Pronon e ao Pronas/PCD.

O Ministério da Saúde já definiu – dentro do Pronon – as áreas prioritárias para a execução das ações e serviços de atenção oncológica e inclui a realização de pesquisas em busca de inovações para o diagnóstico da doença, desenvolvimento de tecnologias e produtos para prevenção e tratamento de câncer, entre outros.
Já no Pronas/PCD o foco é a prevenção e a reabilitação da pessoa com deficiência. Entre as ações de destaque estão a prestação de serviços de apoio à saúde vinculados a adaptação, inserção e reinserção da pessoa com deficiência no trabalho, prática esportiva, diagnóstico diferencial de doenças neurodegenerativas, neuromusculares e degenerativa genéticas, e realização de pesquisas clínicas e de inovação na reabilitação de deficiências.
Inserção – Para participar dos programas, as instituições interessadas precisam se credenciar junto ao Ministério da Saúde e apresentar suas propostas com a identificação do que será executado. Cada um deverá conter informações como capacidade técnico-operativa da instituição para execução do projeto, ações e serviços a serem utilizados, estimativa de recursos financeiros e físicos que vão ser empregados, o período de execução, entre outros itens.

As propostas serão submetidas à análise e, se aprovadas, as instituições receberão autorização para captação dos recursos junto a empresas e pessoas físicas.

Os projetos contemplados terão o desenvolvimento acompanhado e avaliado pelo Ministério da Saúde. Serão instituídos Comitês Gestores do Pronon e do Pronas/PCD, compostos por representantes do Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde e Conselho Nacional de Saúde. Caberá aos comitês reavaliar a definição das áreas prioritárias para execução das ações e serviços de atenção oncológica e reabilitação, deliberar sobre os projetos aprovados, definir parâmetros para aprovação, acompanhar a prestação de contas, avaliar os resultados da execução das ações e, ainda, definir a sistemática de monitoramento e avaliação. Em caso de execução de má qualidade ou de inexecução dos projetos, o Ministério da Saúde poderá inabilitar, por até três anos, a instituição, além de outras responsabilizações cabíveis.

Doações – As doações poderão ser feitas por diferentes meios, seja através de transferência de recursos financeiros, comodato ou cessão de uso de bens móveis ou equipamentos, material de consumo, hospitalar ou clínico, de medicamentos ou produtos de alimentação. Os recursos financeiros captados para execução no âmbito do Pronon e do Pronas/PCD serão depositados em conta bancária bloqueada, e geridos em conta de livre movimentação, ambas destinadas especificamente para o projeto.

Fonte: Agência Saúde





Postado por Daisi Oliveira de Souza


16 de mai. de 2013

CHECK-UP NEUROLÓGICO:

CHECK-UP NEUROLÓGICO: QUANDO E POR QUÊ FAZER?


Existe um conceito universal em medicina que diz que é melhor prevenir do que remediar. Doenças e maus hábitos descobertas e tratadas a tempo reduzem o risco de problemas mais graves e tratamentos mais complexos. É nesse cenário que surge o conceito do Check-up, já tão consagrado no ramo da Ginecologia (no caso das mulheres), da Urologia (no caso dos homens) e principalmente na Cardiologia. Mas será que não está na hora de cuidarmos da mesma maneira da saúde do nosso cérebro?

O check-up não é apenas um conjunto de exames aleatórios feitos a partir de certa idade. É uma oportunidade de reconhecimento e modificação de riscos e hábitos individuais, alterando a cadeia de eventos que pode levar a agressão neurológica.

Ainda segundo o especialista o processo de check-up Neurológico inclui uma entrevista médica (com detalhado histórico do paciente e familiares), exame clínico e neurológico (incluindo teste cognitivos em alguns determinados pacientes) e eventualmente exames (seja de sangue, dos vasos ou mesmo da estrutura cerebral em si).

Pegamos o exemplo do AVC (acidente vascular cerebral). É uma ocorrência aguda e potencialmente muito grave que pode levar a morte ou a sequelas. Ele não ocorre do acaso, é fruto de um conjunto de doenças que são por vezes silenciosas, tais como a hipertensão arterial, distúrbios do colesterol, diabetes, arritmias cardíacas silentes, acúmulo de gordura na parede dos vasos, etc… 

Além obviamente de hábitos que são por vezes negligenciados por nós como sobrepeso, alimentação inadequada, inatividade física, tabagismo, etc… O check-up direcionado e o controle adequado “trata” o AVC antes que ele ocorra.

Algumas doenças ocorridas com familiares podem ser expressão facilitada na gente por um mecanismo conhecido como predisposição genética. Por isso é importante conhecer suas predisposições para se empenhar o quanto antes na redução do impacto delas no aparecimento das doenças.

O Dr. Leandro cita outros exemplos de doenças que podem ser percebidos pelo médico e ter seu curso alterado após um check-up personalizado: aneurisma cerebral, distúrbios da tireoide, pequenos tumores, carência de determinadas vitaminas (como a vitamina B12), sífilis crônica, infecções pela hepatite C e HIV (que podem ficar silentes por muitos anos), sinais leves de Parkinson ou Alzheimer, etc… .

Por isso fica a dica, atenção para os seus hábitos e para as doenças silenciosas. Consulte sempre um profissional de confiança e não tenha medo de procurar doenças. Afinal, o desequilíbrio não constatado hoje, pode dar as caras amanhã. Seu cérebro agradece.

Medicina USP – Neurologia clínica



Postado Por Daisi Oliveira de Souza



NEM TUDO QUE TREME É PARKINSON



Uma parcela relativamente grande da população desenvolve em determinados momentos da vida algum tipo de tremor. As causas são inúmeras, da Doença de Parkinson aos distúrbios da glândula tireoide, passando pela ansiedade, o tremor essencial, a abstinência alcoólica, disfunção hepática, etc. Por isso é fundamental a busca por um médico neurologista a fim de chegar ao diagnostico correto e posterior alivio dos sintomas.

O tremor é definido como um movimento involuntário rítmico que pode acometer qualquer articulação do corpo,pode variar de intensidade durante o dia, sendo geralmente pior em momentos de stress e desaparecendo geralmente com o sono. O diagnóstico correto surge da avaliação do perfil do paciente (sexo, idade, outras doenças, hábitos de vida, etc.) aliado a identificação do tipo de tremor (característica e distribuição do tremor).
Por ser um movimento rítmico em torno de determinada articulação o tremor apresenta AMPLITDE e FREQUÊNCIA, além de EIXO e situação em que é precipitado.

Com relação a essa última característica o tremor pode ser dividido em duas formas básicas:

1. Tremor de Repouso = é pior quando o paciente está parado e relaxado, melhora quando o paciente utiliza aquele membro (é o tremor característico da doença de Parkinson, lógico que aliado aos outros sintomas – veja adiante). Geralmente de baixa frequência, a amplitude pode ser alta.

2. Tremor de Ação = este é o tipo de tremor mais comum. Subdivide-se em tremor postural, aonde o paciente apresenta o tremor quando assume determinada postura (por exemplo, quando estende os braços). E tremor cinético, que ocorre durante determinado movimento (ao tentar alcançar um copo, por exemplo).

VAMOS FALAR UM POUCO SOBRE TREMOR ESSENCIAL

Esse tremor é de origem genética. Os pacientes geralmente não apresentam outros sintomas neurológicos, apenas o tremor. O tremor essencial clássico é bilateral e geralmente simétrico (alguns pacientes podem ter alguma assimetria – com um lado predominante de sintomas). Pode iniciar-se em qualquer idade, geralmente o paciente tem historia familiar de tremor (outros membros mais velhos da família tem um quadro semelhante). O tremor é distal (ou seja, mas proeminente nas mãos) e mais intenso quando o paciente estica os braços (diferente do Parkinson que treme mais com o membro em repouso).

Um fato curioso é que o paciente tem o tremor aliviado com o consumo de álcool (essa característica é clássica e bastante visível). É importante não confundir o tremor com o tremor da abstinência alcoólica (que é frequente em usuários crônicos e intensos de álcool). Isso é um critério diagnóstico, não uma dica de tratamento, uma vez que sabemos os riscos do consumo exagerado de bebida alcoólica.

Existem inúmeras possibilidades de tratamento para esse tipo de tremor, a maioria pautada em medicamentos de uso contínuo. A grande maioria desses pacientes leva uma vida normal e têm baixa taxa de progressão para doença de Parkinson. É importante seguimento clínico com médico Neurologista.

DOENÇA DE PARKINSON

A doença de Parkinson é uma patologia relativamente comum e de causa desconhecida. Pode iniciar em qualquer idade, mas é raríssima antes dos 65 anos. Ocorre perda de neurônios em regiões específicas do cérebro. É uma doença degenerativa e progressiva, que geralmente evolui lentamente durante muitos anos.

O quadro clínico clássico é de tremor, rigidez e lenhificação de movimentos. O tremor geralmente é o que chama atenção primeiro. No início é de um lado só do corpo (com a evolução atinge também o outro lado). Isso é um aspecto muito importante a ser ressaltado, a Doença de Parkinson geralmente começa ASSIMÉTRICA (diferente de outros tremores que são geralmente simétricos). O tremor é mais percebido quando o membro está relaxado (tremor de repouso), geralmente melhora com a ação do membro e desaparece durante o sono. É geralmente um tremor grosseiro, com alta amplitude e frequência baixa, como se o paciente estivesse “contando moedas” com as mãos.

Além do tremor o paciente apresenta rigidez muscular. Essa rigidez é percebida quando tenta-se movimentar a articulação do paciente com ele relaxado, nota-se que a articulação fica mais dura. Outro parâmetro é a lenhificação progressiva dos movimentos. O paciente com Parkinson faz movimentos mais lentos e dificultosos, por vezes hesita ao tentar iniciar uma ação.

Além dessa Tríade Clássica (tremor de repouso / rigidez e lenhificação dos movimentos) outras coisas podem ser notadas no paciente:

1- Alteração de marcha = o paciente passa a andar diferente. O tronco fica mais curvado para frente e os passos mais curtos. Os braços passam a balançar menos em relação ao corpo do paciente (perda do balanço passivo dos braços). O paciente pode ter dificuldade em iniciar a marcha. O tremor nas mãos (geralmente mais intenso de um lado) é bem visível quando o paciente anda com os braços relaxados.

2- Alteração no rosto do paciente = o paciente com Parkinson fica com o rosto menos expressivo, chamamos isso de “rosto em máscara” ou “rosto congelado”. Como o rosto expressa nosso estado emocional o paciente com Parkinson pode ter dificuldade em transmitir seu estado de espírito atual, parecendo por vezes mais triste e desinteressado do que realmente está.

3- Instabilidade Postural = o paciente com Parkinson pode ter maior tendência a quedas sem motivos aparentes. Ele se desestabiliza com maior facilidade, principalmente quando vira ou muda de direção durante a marcha. Quedas são frequentes, principalmente após 2 ou 3 anos do início da doença.

4- Alterações do sono. Com relativa frequência o paciente com Parkinson move-se durante o sono, como se estivesse vivenciando seus sonhos. Essa é geralmente uma queixa de quem dorme ao lado do paciente, uma vez que este geralmente nem percebe.
Como podemos ver a Doença de Parkinson é patologia complexa que envolve muitos sintomas além do tremor. É uma doença progressiva que exige avaliação e seguimento especializados. O paciente tem ser seguido por profissionais como: neurologista, Fisioterapeuta, fonoaudiólogo, entre outros…

O tratamento da Doença de Parkinson é também multifatorial. A reabilitação fisioterápica aliada ao uso de medicações geralmente mantém a capacidade funcional do paciente por muitos e muitos anos. Poucas doenças crônicas em neurologia respondem tão bem aos remédios como a Doença de Parkinson. No início do tratamento o paciente pode ficar completamente livre dos sintomas ou pelo menos muito bem compensado a ponto de ter uma vida independente e produtiva. Com a evolução da doença os medicamentos precisam ser constantemente ajustados e eventualmente aliados a outras drogas para terem o mesmo efeito. 

Por vezes surgem efeitos colaterais associados ao uso intenso dessas medicações, tais como movimentos involuntários. Nesta fase mais tardia o controle dos sintomas é parcial, mas ainda muito importante.

O paciente com Parkinson deve ser constantemente acompanhado pelo médico neurologista e em cada fase da doença o foco será sempre em prover a melhor qualidade de vida ao paciente.
Não existe cura definitiva para essa patologia, mas os excelentes resultados do tratamento dependem do reconhecimento precoce do problema e da busca pelo atendimento adequado.

Dr. Leandro Teles - Neurologista

Postado por Daisi Oliveira de Souza



13 de mai. de 2013

VOLUNTÁRIOS - VACINA CONTRA ALZHEIMER....

VACINA CONTRA ALZHEIMER: HOSPITAL QUER VOLUNTÁRIOS

Seg, 13 de Maio de 2013 


Pesquisa testa medicamento que pode evitar o Mal de Alzheimer
Hospital de Clínicas, em Curitiba, seleciona voluntários para uso da droga.
Estudo internacional vai selecionar 700 pessoas em diversos países.


O Hospital de Clínicas, vinculado a Universidade Federal do Paraná (UFPR), está selecionando voluntários para uma pesquisa internacional relacionada ao Mal de Alzheimer, doença atinge 6% dos brasileiros com mais de 60 anos.

A pesquisa testa a eficácia de uma nova droga para evitar o aparecimento da doença.
A pesquisa tem sede na Inglaterra e recruta 700 voluntários em diversos países
Atualmente, existem quatro medicamentos utilizados em pacientes diagnosticados com Alzheimer. Nenhum deles, entretanto, reverte o quadro clínico. 

São remédios que controlam a doença, fazendo com que ela evolua mais lentamente.
A nova pesquisa pretende encontrar uma saída para o problema, por isso, seleciona homens e mulheres entre 50 e 85 anos que apresentam alguma pré-disposição para o desenvolvimento do Alzheimer.

O alvo são pessoas que têm histórico positivo da doença na família e esquecimentos relativamente leves, que não prejudicam a produtividade no ambiente de trabalho, ou interferem no convívio social.

A medicação da pesquisa é subcutânea e dosada mensalmente.
A injeção será aplicada durante quadro anos nos voluntários, sempre com acompanhamento da equipe, formada por médicos, psicólogos, enfermeiros e estudantes de Medicina. O nome da substância ativa e como ela age no organismo são mantidos em sigilo.

Não há efeitos colaterais, segundo a coordenadora da pesquisa no HC, a médica neurologista Viviane Zetola.
Voluntários
Está difícil conseguir voluntários.
As inscrições foram abertas em janeiro e até a semana passada havia apenas três foram aprovados.

O baixo número não é consequência de desinteresse, foram 140 inscritos e mais 160 estão na fila para realizarem os exames iniciais.
“É o critério extremamente rigoroso que faz com que a gente tenha uma seleção de pacientes iguais, seja em Londres, seja no Canadá, nos Estados Unidos, no Brasil. Nós vamos ter o mesmo tipo de paciente para poder dizer, daqui cinco anos, que, com a medicação, realmente conseguimos retardar ou fazer com que não aparecesse o Alzheimer”, explicou a médica.

Requisitos
• O voluntário não pode:
• ter nenhuma doença neurológica,
• ter entrado em coma
• ter sofrido algum trauma cerebral
• estar usando medicação
• precisa ter lapsos de esquecimento e
• ter disponibilidade para o estudo.
Durante os quatro anos da pesquisa, ele deve comparecer pelo menos uma vez por semana e passar um período com a equipe no HC.
Caso o candidato, passe por esta fase inicial, a equipe verifica qual é grau da queixa de esquecimento.

É neste quesito que muitos candidatos são eliminados. “Chegam pessoas aqui para mim que acham que estão esquecidas, mas, na hora que a gente faz o teste, não aparece nada. São testes neuropsicométricos, nos quais os psicólogos passam diversos exercícios em números, em cálculos, em memória recente, memória pregressa, memória remota, diversas situações em que a gente consegue detectar se este esquecimento é maior do que a maioria das pessoas para aquela faixa etária”, explicou Zetola.
A pessoa que quiser participar da pesquisa pode entrar em contato pelo 0800-7621187.

Postado por Daisi Oliveira de Souza

Leia reportagem completa: 



11 de mai. de 2013

Gripe na gravidez pode aumentar risco de filho ser bipolar


Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos indica que gripes durante a gravidez podem aumentar o risco de a criança desenvolver transtornos bipolares ao longo da vida.

O estudo realizado com 814 mulheres grávidas e publicado na revista especializada JAMA Psychiatry afirma que infecções contraídas durante a gestação podem fazer com que a criança tenha quatro vezes mais chances de ser bipolar.

Pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Columbia identificaram uma ligação entre a condição, frequentemente diagnosticada até a faixa etária dos 20 anos, e experiências vividas ainda no útero.

Os cientistas envolvidos com a pesquisa alertam que os riscos permanecem baixos, mas o estudo, no entanto, se assemelha a descobertas semelhantes que ligam a gripe à uma maior incidência de esquizofrenia.

Bipolaridade

A bipolaridade leva a intensas mudanças no humor de uma pessoa, que podem durar meses, fazendo com que se vá da depressão e desespero a sensações de euforia, hiperatividade e perda de inibições.

A pesquisa realizada entre pessoas nascidas no início dos anos 1960 mostrou que transtornos bipolares são quatro vezes mais comuns entre pessoas cujas mães ficaram gripadas durante a gravidez.

A bipolaridade afeta uma em cada cem pessoas. O pesquisador-sênior envolvido com o experimento, Alan Brown, estima que as mães que ficam gripadas durante a gravidez têm uma chance de 3 a 4% de ter filhos que apresentarão transtornos bipolares.

No entanto, na maioria dos casos de pessoas com bipolaridade não houve um histórico de mães gripadas durante a gravidez.

Preocupação

Sendo assim, na lista de coisas com as quais mulheres grávidas devem se preocupar, quão alto figuraria a gripe?

"Eu diria que não muito alta", afirma o professor Alan Brown. "As chances ainda são pequenas. Não creio que isso deva ser um motivo de alarme para as mães.

Segundo o especialista, a vacina recomendada a mulheres grávidas em muitos países pode reduzir as chances de se contrair gripe.

Ainda não se sabe, no entanto, como a gripe afetaria o cérebro do feto, já que o vírus não incide diretamente sobre o bebê, mas sim sobre o sistema imunológico da mãe.



PODERIA SER ESTA A CAUSA ????



Seria uma inflamação no cérebro a causa do envelhecimento?



Com o passar dos anos, o corpo envelhece e tende a ficar mais frágil. O que há por trás disso? De acordo com estudo recente feito por pesquisadores da Albert Einstein College of Medicine, uma inflamação no cérebro (mais precisamente no hipotálamo) pode causar envelhecimento – e combater essa inflamação pode, teoricamente, desacelerar esse processo.

Os autores examinaram em ratos o efeito da proteína NF-κB (que, entre outras coisas, ativa genes que respondem a inflamações). Conforme os ratos envelheciam, a NF-κB naturalmente se tornava mais ativa em seus cérebros.

• Ansiedade pode causar envelhecimento precoce
Quando induziram um aumento na expressão da proteína, eles perceberam que os animais demonstravam sinais de envelhecimento precoce, como enfraquecimento dos músculos, diminuição das funções cognitivas, redução da espessura da pele e morte prematura.

Outro efeito foi a diminuição da expressão do hormônio GnRH, produzido no hipotálamo e normalmente relacionado ao ciclo reprodutivo. Injeções do GnRH, por outro lado, retardaram o envelhecimento dos animais e até mesmo promoveram neurogênese (geração de tecido nervoso) em adultos.

O mecanismo antienvelhecimento do GnRH continua um mistério, contudo, e deve levar algum tempo até os cientistas conseguirem aproveitar em humanos os resultados da pesquisa. Ainda assim, tanto a equipe responsável pelo estudo como outros grupos pretendem analisar mais a fundo essa relação entre GnRH, NF-κB, hipotálamo e envelhecimento – e, quem sabe, desenvolver medicamentos que desacelerem o processo.

Fonte: The Scientist, Nature





Postado por Daisi Oliveira de Souza



DOR CRÔNICA AFETA 30% DOS IDOSOS



Dor crônica afeta quase 30% dos idosos em São Paulo, aponta pesquisa da EE 


06.05.2013 

Aproximadamente 30% das pessoas com mais de 60 anos sente pelo menos uma dor contínua há mais de seis meses. Além disso, segundo a enfermeira Mara Solange Gomes Dellaroza, os locais de queixa mais frequentes são as costas e os membros inferiores. Sob orientação da professora Cibele Andruccioli de Mattos Pimenta, Mara realizou uma pesquisa na Escola de Enfermagem (EE) da USP onde avaliou e caracterizou os idosos que sofrem de dor crônica na cidade de São Paulo.

A enfermeira analisou os resultados do estudo Saúde, Bem Estar e Envelhecimento (SABE) relativos ao município de São Paulo, coletado no ano de 2006. O SABE é um estudo epidemiológico de base populacional, conduzido pela Faculdade de Saúde Pública (FSP), também da USP.

Na pesquisa, foram entrevistados 1.271 idosos, uma amostra representativa e aleatória correspondente aos 969.560 que viviam no município de São Paulo no ano de 2006 (dados do SABE), já que o estudo sorteou habitantes de todos os distritos da cidade. A porcentagem deles que apresentam dor crônica foi de 29,7%, o que representa em torno de 300 mil idosos em São Paulo. O estudo considerou idosos aqueles com mais de 60 anos e dor crônica aquela que persistia por mais de seis meses.

Outros resultados encontrados caracterizam esta população idosa com dor crônica. A maioria dos casos (66,5%) ocorre em mulheres e os afetados têm maior dependência nas atividades da vida diária e menos mobilidade. Isso também é explicado devido os lugares mais frequentes de dor serem a região lombar das costas e os membros inferiores ou as pernas. “Quem tem dor se movimenta menos, sai pouco de casa e consegue fazer o autocuidado com mais dificuldade”, ressalta Cibele. Isso mostra que há impacto financeiro na vida dos idosos com dor, já que, além da procura por serviços de saúde, recorrem mais à ajuda dos familiares.

Além disto, Mara percebeu que a renda do idoso relacionou-se com as dores que ele sente. Quase 43% dos pesquisados que apresentavam dor intensa há mais de 6 meses recebiam até 1 salário mínimo mensal. Entre os entrevistados querecebiam mais de três salários mínimos a dor intensa ocorreu em apenas 17%.

Não houve diferença estatística no uso dos serviços de saúde entre idosos com e sem dor. Isso é explicado devido à alta incidência de outras comorbidades em idosos, como hipertensão e diabetes, pois estes problemas já os levam a internações médicas. Os entrevistados com dor há mais de dois anos apresentaram chance 33% menor de recorrer ao serviço de saúde do que aqueles que sofrem com a dor crônica entre um e dois anos. Ou seja, quanto mais tempo o idoso sofre com a dor menos ele procura ajuda nos serviços de saúde. A pesquisa considerou usar os serviços de saúde ter tido mais de quatro consultas e/ou no mínimo uma internação no último ano.

QUEDAS

Aproximadamente um terço dos idosos com dor crônica (31,6%) havia sofrido queda no último ano, tendo, em sua maioria (58,9%), caído uma vez neste período. Uma parcela significativa (27,6%) caiu três vezes ou mais. O risco de queda se mostrou 50% maior naqueles que apresentavam dor associada à osteoporose e 48% maior nos que tinham também incontinência urinária. Cibele adverte que, “quando um idoso cai, o risco de fratura de cabeça de fêmur, de bacia, quadril, é muito alto e isto significa ficar acamado, passar por cirurgias como a colocação de pinos e isto muitas vezes acaba resultando a morte do idoso”.

A pesquisa confirma que o envelhecimento ainda não é um processo saudável, afirma a orientadora. Para mudar esta realidade, os dados analisados no estudo podem orientar o poder público na elaboração de programas de saúde para o município de São Paulo direcionado a população idosa com dores crônicas. A pesquisa resultou na tese de doutorado Idosos com dor crônica, relato de queda e utilização de serviços de saúde: estudo SABE, defendida em junho de 2012 na EE.

Fonte: portal universidade





Postado por Daisi Oliveira de Souza


6 de mai. de 2013

CÉLULA-TRONCO OBTÉM SUCESSO

Terapia com célula-tronco contra esclerose obtém sucesso

As conquistas do agrônomo Henrique Dias, de 68 anos, podem servir de esperança para portadores da esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma rara doença neurodegenerativa que atinge um em cada cem mil habitantes. Dias é o primeiro brasileiro a passar por um bem-sucedido tratamento que regrediu a enfermidade usando células-tronco.

A boa notícia, no entanto, deve ser vista com cautela, advertem os especialistas, uma vez que o procedimento ainda é experimental e demanda mais um ou dois anos de pesquisas antes que se comprove a eficácia e sejam cumpridos todos os requisitos para que o método seja autorizado.

"A melhora é lenta, mas o tratamento deu certo. É um negócio muito novo, mas para mim foi ótimo", diz Dias, que em 2006 foi diagnosticado com a síndrome e antes do procedimento não conseguia falar nem se locomover. Os resultados do estudo inédito conduzido pelos hematologistas Adelson Alves e Elíseo Joji Sekiya foram apresentados nesta semana durante o Congresso Internacional de Terapia Celular, realizado na Nova Zelândia.

Dois fatores principais contribuíram para o sucesso da nova técnica. O primeiro deles foi a escolha da matriz no organismo para a retirada celular. Ao invés de usar células hematopoéticas (extraídas da medula óssea), os pesquisadores escolheram as células mesenquimais (presentes no tecido adiposo e no cordão umbilical), que são a aposta para o tratamento de doenças autoimunes como diabetes, mal de Alzheimer e esclerose múltipla.

Assim, fizeram uma minilipoaspiração no abdome do paciente para coletar a gordura e cultivaram as células no laboratório da Cordcell, um centro de pesquisas de terapia celular que também possui banco de armazenamento de células do cordão umbilical. A segunda inovação foi o método de infusão das células-tronco no corpo do paciente. Em vez de injetá-las na veia, optaram pela via raquimedular, por meio do liquor (liquido do cérebro), diretamente no sistema nervoso. Os custos do estudo foram pagos pelo laboratório.

Para iniciar o tratamento, foram necessárias autorizações do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e da Justiça. A permissão ocorreu sob o argumento do "uso compassivo", quando não há tratamento convencional disponível para um paciente em estado terminal e se permite o acesso a remédio ou técnica que esteja em fase ainda experimental. A ELA é uma enfermidade progressiva e fatal, caracterizada pela degeneração dos neurônios motores, que são as células do sistema nervoso central controladoras dos movimentos voluntários dos músculos.

"Na época do diagnóstico foi um choque porque disseram que ele teria um ano de vida. Quando surgiu a chance de fazer o tratamento, ninguém teve dúvidas", disse um dos três filhos do agrônomo, o administrador Renato de Souza Dias. "Meu pai sempre se colocou à disposição, mesmo sabendo que era experimental e sem garantia de resultados."

A primeira infusão foi feita em janeirode 2012. Nos seis meses seguintes, a equipe avaliou a segurança do procedimento, monitorando se o paciente apresentava alguma reação ou efeito colateral indesejado. Passado esse período, foram realizadas outras duas infusões, num intervalo de 30 dias.

Pouco tempo depois do início do procedimento brasileiro, pesquisadores norte-americanos conseguiram aprovação da Food and Drug Administration (FDA, a agência reguladora de fármacos nos Estados Unidos), para selecionar 25 pacientes para iniciar os estudos da técnica na Clínica Mayo, em Rochester, Minnesota. Agora, os cientistas do Brasil e dos EUA estão em contato para compartilhar as experiências adquiridas.

Atualmente, Dias conversa, caminha com ajuda, atende o celular e consegue segurar pequenos objetos. "O principal resultado é que ele parou de piorar", diz o filho. Os resultados foram tão animadores que o hematologista deve pedir nova autorização ao Conep para realizar o procedimento em outros dez pacientes. "Houve melhoria significativa em relação ao quadro que ele estava, e isso foi muito animador para nós pesquisadores", disse Alves. "Esse foi um caso excepcional, mas existe essa luz no fim do túnel. É um indício de que estamos no caminho certo."

Fonte: Gazeta do Povo/ Saúde



Postado por Daisi Oliveira de Souza


DESVENDADO O SEGREDO DO ENVELHECIMENTO

Cérebro: Desvendado "segredo" do envelhecimento

Quinta-feira, 02 de Maio de 2013

Enquanto a Humanidade continua à procura da "fonte da juventude", um grupo de investigadores norte-americanos parece ter descoberto a "fonte do envelhecimento", uma região do cérebro que poderá ter um efeito semelhante, já que o seu controlo abre caminho a estratégias para combate a doenças associadas à idade e ao aumento da esperança de vida.

Os especialistas do Albert Einstein College of Medicine da Universidade de Yeshiva, nos EUA, constataram, através de testes em ratinhos, que a região do hipotálamo - que é responsável pela fome, a sede, a temperatura corporal e a fadiga - controla a forma como o organismo vai entrando em declínio e envelhecendo ao longo do tempo. 

"Há muito tempo que os cientistas têm tentado compreender se o envelhecimento ocorre independentemente nos vários órgãos e tecidos corporais ou se é ativamente regulado por um órgão específico", afirma Dongsheng Cai, professor de farmacologia molecular que coordenou o estudo publicado esta terça-feira na edição online da revista científica Nature.

"O nosso estudo tornou claro que muitos aspetos do envelhecimento são controlados pelo hipotálamo. O mais entusiasmante é que é possível - pelo menos em ratinhos - 'alterar' os sinais dentro desta região do cérebro para desacelerar o envelhecimento e aumentar a longevidade", explica o especialista em comunicado.

Descoberta abre caminho a novas estratégias

Para chegar a esta conclusão, os investigadores decidiram estudar a inflamação no hipotálamo, focando-se numa proteína complexa denominada NF-kB, que se encontra no núcleo dos processos inflamatórios (envolvidos em muitas doenças ligadas ao avanço da idade) em associação com várias centenas de outras moléculas. 

Através da ativação desta proteína no hipotálamo dos ratinhos, os cientistas observaram um envelhecimento mais acelerado, evidenciado por sinais como "a perda de força muscular, de rigidez cutânea e da capacidade de aprender", e uma consequente redução da esperança de vida.

A equipa da instituição norte-americana descobriu também que a ativação desta proteína causou a diminuição dos níveis de uma hormona sintetizada no hipotálamo - a GnRH -, que contribui igualmente para o envelhecimento corporal. Os cientistas administraram, então, injeções desta hormona por um período prolongado, conseguindo "desacelerar" o declínio cognitivo e físico e reverter o processo.

De acordo com Dongsheng Cai, estes resultados provam que a prevenção das inflamações no hipotálamo, bem como a administração de GnRH, poderão constituir-se como duas estratégias potenciais para tratar doenças associadas ao envelhecimento e para aumentar a esperança de vida em humanos.

Fonte: Boas notícias /ciência


Postado por Daisi Oliveira de Souza



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