Psicologia 26/05/2010
Parceiros com demência:
cuidadores correm o risco de desenvolverem a mesma condição
Maridos ou esposas que tomam conta de seus parceiros que desenvolveram demência são até seis vezes mais propensos a desenvolver a mesma condição do que outras pessoas. O resultado é de um estudo conjunto feito durante 12 anos.
A pesquisa foi feita pelas Universidade Johns Hopkins, Universidade Estadual de Utah e Universidade de Duke, todas nos EUA, e publicado no periódico Journal of the American Geriatrics Society.
Outros estudos menores sugeriam que os cuidadores, frequentemente, mostravam que o trabalho de cuidar de alguém com demência impactava a memória desses indivíduos. Entretanto, nenhuma dessas pesquisas anteriores havia focado a habilidade cognitiva dos cuidadores.
Para suprir essa falta de informação, os pesquisadores Peter Rabins, Maria Norton e suas equipes acompanharam mais de 1.200 casais com idades médias de 65 anos. Entre essas mais de 2 mil pessoas, 255 indivíduos foram diagnosticados para demência e seus parceiros eram até seis vezes mais propensos a desenvolver demência do que aqueles em que ambos eram saudáveis.
Esse nível de risco é comparável ao da doença de Alzheimer e os pesquisadores apontam que os resultados dessa pesquisa trazem novos fatores de risco que precisam ser observados, especialmente nas pessoas com pior status socioeconômico.
Rabins e os outros pesquisadores partem da hipótese de que o estresse causado pela necessidade de cuidados do companheiro pode ser o responsável por esse aumento de risco, mas ainda serão necessárias mais pesquisas para determinar exatamente os mecanismos que agem para o desenvolvimento desse problema.
“Ser um cuidador tem pontos positivos e negativos. Se os médicos conseguirem incrementar os aspectos positivos, talvez seja possível combater ou reverter esse risco que os cuidadores estão correndo”, diz Rabins.
- com informações da Johns Hopkins Medical Institutions.
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