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22 de jul. de 2011

Conselho Federal de Medicina rejeita aprovação de cirurgia contra diabetes



22/07/2011 11h17 - Atualizado em 22/07/2011 13h13

Conselho Federal de Medicina rejeita aprovação de cirurgia contra diabetes

Técnica polêmica promete controlar a doença.
Órgão afirma que aguarda mais estudos sobre procedimento.


 O Conselho Federal de Medicina (CFM) rejeitou o pedido de colocar a cirurgia de redução de estômago com interposição de íleo na lista de procedimentos recomendados pela entidade. A reunião foi realizada em 14 de julho. Nesta sexta-feira (22), CFM divulgou nota sobre o assunto.

“Na avaliação da entidade, técnicas recentes – como a gastrectomia vertical com interposição de íleo – ainda precisam de mais estudos e pesquisas que comprovem sua eficácia e sua segurança para os pacientes para serem autorizadas”, afirma a entidade. “A regra atual continua a valer e não sofreu alterações”.
A cirurgia de interposição de íleo é a mesma feita pelo apresentador Faustão, em julho de 2009. A técnica foi criada pelo médico Áureo Ludovico de Paula – segundo ele, para o controle da diabetes.
Na operação, além do grampeamento para redução do estômago, é feito um reposicionamento da parte final do intestino, chamada de íleo (daí o nome da técnica). Essa área controla a produção da insulina, o hormônio que controla a taxa de açúcar no sangue e, com isso, a diabetes.
Um pedaço de cerca de um metro e meio do final do intestino é retirado e colocado entre a parte inicial (o duodeno) e a do meio (o jejuno). A ideia é que, colocado mais para o começo do sistema digestivo, o íleo aumente a produção de insulina.






A cirurgia é polêmica, com médicos da área divididos sobre sua eficácia e sobre os riscos.
O CFM não proibiu, no entanto, que a cirurgia seja feita em casos experimentais. “A Câmara Técnica de Cirurgia Bariátrica, criada pelo CFM especialmente para analisar os trabalhos desenvolvidos na área, continuará ativa. O grupo avaliará estudos e pesquisas, sendo que se os resultados indicarem eficácia e segurança de técnicas analisadas, o debate poderá ser reaberto de forma a oferecer ao brasileiro novas opções terapêuticas”, diz a nota.


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